Dr. Sampaio Marques, médico, escritor, professor e político
Manoel de Sampaio Marques nasceu em São Miguel dos Campos, na então Província das Alagoas, no dia 24 de maio de 1866. Era filho de Antônio Jerônimo Marques e de Jucunda Catharina de Sampaio Marques.
Iniciou o curso primário em 1872 e, ao concluir, submeteu-se aos exames preparatórios no Liceu Alagoano.
Há registros nos jornais, em setembro de 1883, de sua participação no Clube Literário José Bonifácio, em Maceió.
Em 1885 matriculou-se na Escola Máter de Medicina do Brasil, em Salvador. Recebeu o título de doutor no dia 23 de novembro de 1890.
Eram seus irmãos: Antônio Fileto de Sampaio Marques, Osano Amando de Sampaio Marques, José de Sampaio Marques, Maria Jocunda de Sampaio Marques e Maria Eulália Marques Moraes.
Em 1894, casou-se com sua prima Carolina de Sampaio Marques, nascida em São Miguel dos Campos no dia 21 de março de 1869. Faleceu em Maceió no dia 22 de novembro de 1921.
Ela era filha do coronel João Correia Sampaio. Foi o manto sagrado sobre seu túmulo no Cemitério de N. S. da Piedade que originou a lenda da Mulher da Capa Preta.
Em novembro de 1896 publicou anúncio em O Orbe informando que estava atendendo na Rua do Comércio, nº 4, de 8h às 9h e de 12h às 13h. Residia na Rua do Palácio, nº 15 (descida da Praça dos Palmares, continuação da Rua do Comércio). Era especialista em “febres e moléstias de crianças“. A partir de 1892, passou a atender em sua residência.
Além do exercício da clínica médica no Hospital de Caridade e no serviço de Higiene Municipal, ambos em Maceió, o dr. Sampaio Marques teve participação política em Alagoas.
Foi um dos membros da Junta Governativa em 16 de julho de 1894, que assumiu o Governo de Alagoas por apenas um dia, em consequência dos acontecimentos que levaram à deposição do então governador Gabino Besouro. A Junta teve ainda a participação do negociante José Tavares da Costa e do deputado Francisco Soares Palmeira.
Foi eleito deputado estadual para a 3ª Legislatura (1895-1896), Intendente do Município de Maceió no biênio de 7 de janeiro de 1905 a 7 de janeiro de 1907 e Deputado Federal por dois mandatos, de 1906 a 1908 e de 1909 a 1912. Ocupou ainda a Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas.
Foi ele, como intendente, que em 6 de março de 1905 baixou o Decreto nº 24 proibindo a abertura de casas comerciais nos dias de domingo e santificados.
Exerceu também o magistério, sendo lente da cadeira de Física e Química do Liceu Alagoano e, posteriormente, diretor desta Instituição, tendo assumido em junho de 1931.
Pertencendo à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, esteve à frente da provedoria de 25 de setembro de 1912, quando de sua restauração, até 1916.
Foi, ainda, presidente, por vários anos, da Caixa Comercial de Maceió, estabelecimento bancário fundado em 1º de junho de 1856, e da Sociedade Previdência Alagoana, fundada em 12 de outubro de 1900; membro-fundador, em 11 de março de 1926, do Conselho Penitenciário de Alagoas.
Pertenceu ao quadro social do Instituto Arqueológico e Geográfico de Alagoas, da Sociedade de Medicina de Alagoas, da qual foi um dos fundadores em 1917, e da Loja Maçônica Perfeita Amizade Alagoana (Grão-Mestre).
Era pai adotivo de Maria Anunciada (Ahia) de Botelho Marques, que foi casada com o dr. Ezechias da Rocha, médico e senador da República; de Antônio Marinho de Gusmão; de Elza Barros de Sampaio Marques e de Ema Marques Moraes.
Após longa enfermidade, faleceu em Maceió no dia 2 de julho de 1951, às 17h15, na residência de seu afilhado, dr. Antônio Marinho de Gusmão, com quem residia à rua Melo Moraes, 306.
Foi sepultado, no dia seguinte, no Cemitério Nossa Senhora da Piedade.
Ilustre figura alagoana, apesar de ter assumido os cargos mais importantes do estado. Ao contrario de hoje, morre honestamente com todas as honras
Pela data de nascimento. Essa Carolina é lendária mulher da capa preta ?
Josimar, é ela mesma. Completei a informação no texto.
Muito interessante ,a história mas eu gostaria de saber mas sobre a mulher da capa preta e ver uma foto dela acho a história muito legal e sempte ouvi meus pais contarem
QUE SAUDOSA HISTÓRIA DE VIDA, AS PESSOAS DEVERIAM PROCURAR AS VERDADEIRAS HISTÓRIAS.
Estive recentemente no túmulo do Dr. Sampaio e ao lado o túmulo da Carolina com o manto preto
Achei interessante, a gente pode tirar fotos dos lugares hoje para lembrar no futuro, porque tudo muda e breve estão contando nossa história como quiserem e contando história inventada para entreter gente desocupada. Não é melhor a verdade?
Minha mãe era filha natural de Murici que nesta época província de Pernambuco. E creio já se tornar República em 1822 e todos Títulos Monarquicos acabaram até os de parentes que minha casou-se com uma outra família Tenório e ela Gama de Sá (Militar+Herdeira Real) ? Enfim eles guardaram tamanho mistério só para eu ficar segura ou não ir atrás dos meus ou deles e de toda família mesmo pq sendo eu negro ou negra e + Índio ou Índia e está hj com um pedido Judicial para incluir sobrenomes ou voltar a me chamar: Jairo Emanoel Tenório Bezerra. Agora eu corro perigo e como sem nada pra comer e todo 🆎 é vermelho dizem eu e vários nobres de pai e mãe e Titularidades e com tamanho Cunho e Registrado na Serventia Notarial em Águas Belas que viram e contestaram no meu registro e eu vi e tenho a cópia ou será original feita