Orientações para o Banho de Mar das mulheres em 1916

No início do século XX, jornal da igreja católica ensina como as mulheres devem tomar banho de mar

Av da Paz em 1930

Publicado em O Semeador de 18 de novembro de 1916 com o título O Banho de Mar.

O banho de mar é para muita gente um exercício delicioso e refrigerante. Convirá, porém, abandoná-lo, sempre quando produza fortes arrepios de frio.

É bom costume não principiar os banhos antes de se estar habituado ao ar do mar. O primeiro banho deverá sempre ser curto e seguido de uma fricção por todo o corpo.

A mulher fraca, que não possa suportar os banhos de mar pode substituí-lo friccionando diariamente todo o corpo, depois de um banho quente, com uma flanela molhada em água bem impregnada de sal marinho.

Família alagoana na Praia da Avenida em 30 de outubro de 1929. Foto de João Azevedo Filho

Não está na mão da mulher o ser bela. Mas depende da sua vontade, o ser asseado e o ser agradável.

O asseio constitui para ela uma necessidade e um dever. A beleza da mulher pouco asseada deteriora-se depressa.

Não há excessos prejudiciais no asseio e toda mulher encontrar a tempo de cumprir os desejos de limpeza para com seu corpo sem sacrifício das suas obrigações domésticas e dos seus deveres sociais.

Como há de saber gostar dos outros quem não sabe sequer gostar de si própria? Como há de saber cuidar da sua casa a mulher que não sabe cuidar do seu corpo?

1 Comentário on Orientações para o Banho de Mar das mulheres em 1916

  1. Ronaldo Gonçalves // 23 de abril de 2021 em 20:28 //

    Muito apropriada a reportagem acima, para Maceió. Gostei de ler.

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