O tema da maconha no folclore
Maconha-Cannabis sativa. Var. indica. L. — Marácia sub-arbustiva, erecta e cosmopolita. (Dos dicionários).
Há mais de quarenta anos, os professores Pernambuco Filho e Adauto Botelho estudaram em “Vícios sociais elegantes” (1), ao lado de outras toxicomanias, o vício da Diamba. Obra aparecida em 1924, quando esse vício era “quase desconhecido”, segundo aqueles autores, mas já “invadia de modo assustador o interior do Brasil”, determinando as primeiras medidas policiais, dá-nos contudo a descrição perfeita dele e dos efeitos maléficos da diamba. (*1) Se reaparecesse hoje, em edição correta e aumentada, viria a obra naturalmente ampliada com as novas substâncias alucinogênicas, LSD, messalina, etc. e os novos conhecimentos que se tem, através de estudos experimentais, sobre a maconha, assim com as minúcias sobre o modo como é utilizada a planta pelos viciados. O Professor Ulisses Pernambuco e seus colaboradores realizaram, por exemplo, interessantes observações no Recife, que não podem ser esquecidas, no caso. E foram posteriormente retomadas e ampliadas por novos pesquisadores.
Entretanto, “não é um vício novo; ao contrário, é bem velho”. (2)
Até aquela época, era apenas um vício das camadas mais baixas do povo e ainda não se tornara realmente, como hoje, um vício elegante. Daí a expressão de que se serviram os dois ilustres psiquiatras. Atualmente, a toxicomania deixou os seus penetes plebeus e rurais e chegou aos arranha-céus de Copacabana e de Boa Viagem… e de muitos outros centros urbanos importantes do Brasil.
Herdado dos velhos escravos africanos, generalizou-se por estes brasis afora, onde o negro se fixou na obra da colonização, e sobrevive nos hábitos e costumes dos seus descendentes, passando a fazer parte, nos dias que correm, dos hábitos mundanos, na triste e deplorável corte das toxicomanias sociais. Planta exótica, trouxeram-na certamente os escravos negros e, em breve, florescia em solo brasileiro, ao que parece nas Alagoas. Ela aqui se aclimou bem: e as espécies se perpetuaram, apesar da tenaz campanha que as autoridades sanitárias e policiais movem, em boa hora, contra a toxicomania e, como parte dessa luta, do extermínio das suas plantações.
Assinala com acerto Alfredo Brandão (3) que “no domínio da botânica, poucas denominações vegetais encontramos que lembrem a origem bantu“. Escreve mesmo o saudoso médico e historiador alagoano: “Os negros, parece que sempre foram de uma ignorância crassa a respeito de nossa flora e empregavam sempre as designações indígenas”. Alguns africanismos dessa espécie, porém, ficaram. O vocábulo diamba, por exemplo. Vindo do quimbundo riamba, cânhamo, segundo Renato de Mendonça (4), conservou-se na língua popular, e designa esse vegetal utilizado pelos negros como fumo, o “fumo de Angola“. Como se sabe, o quimbundo era a língua geral da Angola e com a entrada dos negros dessa procedência herdamos alguns nomes quimbundos.
Jacques Raimundo registra Diamba, Liamba, Riamba, como nome angolês do pango, “de que os negros usavam à guisa de tabaco para caximbarem“. (5)
A diamba (cannabis sativa, var. indica L.) é, pois, a planta sinistra, cujas flores e folhas, secas, são fumadas pelos viciados. Afirma A. Inácio de Menezes (6) que “todas as suas partes são tóxicas e narcóticas“. Sua sinonímia vai em crescendo: diamba, liamba, riamba, maconha, fumo de Angola, fumo da Costa, marica, baseado (G. Alagoas), nicota (G. Alagoas), pango, macumba, marijuana, maria-joana.
Em torno do vício da diamba, da maconha, movimenta-se também a literatura popular. Já a poesia desse gênero a sagrou. E não é de agora. Registrou-se, de há muito, a existência de reuniões ou verdadeiras “sessões de fumeries“, as célebres fumagens ou na linguagem matuta as “fumagem“, ou a queima, como dizem os viciados da capital alagoana, durante as quais os viciados diziam versos ou loas alusivos ao tóxico. Nessas sessões, ditos versos faziam parte de uma espécie de ritual. São conhecidas algumas loas desse gênero em cidades alagoanas, principalmente no Penedo, Piaçabuçu. Viçosa e também, em Maceió.
Eis um exemplo, lembrando a sua origem afro-negra:
Ô diamba,
Ôcan min
Ôcan min, (côro)
O diamba
(Bis)
(Penedo, Alagoas)
Pelas expressões legítimas africanas nele contidas, parece ser esse um dos mais velhos cânticos ou refrões ou loas das sessões de maconha, entre nós, e absolutamente inédito. Em geral, a erva e chamada pelos viciados maconha, denotando o nome diamba uma origem mais remota, possivelmente dos tempos da escravidão. Foi colhido no Penedo, há muitos anos passados.
A loa seguinte vem registrada no livro de Pernambuco Filho e Adauto Botelho:
Ó diamba, sarabamba!
Quando eu fumo a diamba
Fico com a cabeça tonta
E com as minhas pernas zamba.
Fica zamba, mano? (pergunta um)
Dizô! Dizô! (respondem em coro) (6)
Moreno Brandão registrou a seguinte quadra na sua coletânea “Musa Anônima“, talvez recolhida no Penedo, Alagoas:
Lá detraz de minha casa
Existe um pé de maconha
P’ra te fumaçar o rosto
Descarado, sem-vergonha. (7)
Num dos contos de seu livro Canaviais, Alberto Deodato põe na boca dos seus personagens estas quadras populares, ao descrever cenas de embriaguez pela maconha:
Maricas, minha maricas,
Maricas de Neo cangonha;
Eu morro de boca torta
De tanto chupar maconha.
E de Congo
Saraminhongo…
— É de Congo
Saraminhongo…
Maconha é bicho danado,
Bicho danado é maconha;
De tanto bem à maricas
A gente perde a vergonha…
— E de Congo
Saraminhongo… (8)
Loas alusivas à maconha colhidas nas Alagoas:
O diamba, êi, óia o tômbo
Cadê meus companheiro
Ficaro no terreiro
Éi, ôia, o tombo
(Interior das Alagoas)
Ôu, ôu ôu,
Vamos queimar
Ôu, ôu ôu,
Vamos queimar
Começa logo
P’ra não demorar
ôu ôu ôu
Vamos queimar.
(Interior das Alagoas)
É de Congo, é de Congo,
Êi, congá
Êi, congá
Rê, rê, é de Congo.
(Interior das Alagoas)
Muitas são as quadras do populário alagoano alusivas à diamba; estas foram colhidas em Maceió e no Penedo:
Moco, moco, maco, maco
— O seu nome é maconha.
Moco, moco, maco, maco
Tira o juízo e a vergonha.
É um cabra perdido
O fumador de maconha
Fuma de noite e de dia
Até perder a vergonha
Maricas, minha Maricas,
Do cabelo pixaim.
Com as frô desta ervinha
Sonho até c’os querubim.
Há, na paremiologia das Alagoas, um provérbio que pode fazer parte do folclore da diamba: “Deus me livre de três coisas: sífilis do Penedo, cadeia de Água Branca e maconha de Viçosa“.
Nas Alagoas, a erva é mesmo mais conhecida por maconha, embora ultimamente também por marica, baseado e nicota. Segundo Manoel Querino, é chamado punho no Rio de Janeiro e macumba na Bahia. As “fumagem” ou “queima” realizam-se fazendo-se uso de cachimbos ou cigarros; geralmente, de cachimbos especiais, feitos de uma “cabaça” com água para lavagem e resfriamento da fumaça e dum fornilho de barro onde se deita a maconha com uma brasa; aspira-se a fumaça por um canudo de “taquari” (Tacuari) ligado ao tosco aparelho, de modo que esta chega lavada e resfriada à boca, permitindo fortes aspirações (“trago”). Também usam um vidro de boca larga, para substituir a cabaça.
Registra Gilberto Freyre que são atribuídas também à maconha “virtudes místicas”. Diz na nota 73, do capítulo IV de Casa Grande & Senzala: — “fuma-se ou queima-se a planta com certas intenções, boas ou más” (9).
Segundo o sociólogo-antropólogo pernambucano, “é grande ainda o uso de maconha” entre barcaceiros e pescadores das Alagoas e Pernambuco.
Alista-se entre os mais inveterados maconheiros, na cidade de Maceió, os jovens sem profissão chamados “maloqueiros” e muitos jornaleiros, marginais e frequentadores do bas fonds e meretrizes, segundo se depreende facilmente da crônica policial na qual figuram amiúde. Um dos mais célebres chamava-se Moleque Namorador, de nome próprio Armando Veríssimo. Era filho de Manoel Veríssimo Ribeiro e Maria Bela dos Santos, solteiro, 27 anos de idade, analfabeto, pesava 50 quilos, tinha 1,50 ms. de altura, dados colhidos na Tese do Des. Osório Calheiros Gatto, intitulada “Menores Infelizes” (10). Faleceu em Maceió, vitimado por tuberculose pulmonar. Foi o rei da Maconha, como viciado.
O vício leva a requintes. A colheita da erva deve obedecer a certos métodos e cuidados. A maconha preferida é a preta, que é de boa qualidade. A esverdeada não tem boa cotação.
Garcia Moreno (11), no seu excelente estudo, diz o seguinte a respeito da colheita da maconha em Sergipe: “Colhê-las assoviando, ou na presença de mulher menstruada, troca o sexo da planta, a planta fêmea macheia e perde as virtudes”.
Esse tabu entre os viciados procede do fato de que, havendo os pés machos e fêmeas, as verdadeiras “virtudes” ou propriedades alucinógenas e entorpecentes, e outras da maconha residem ou estão contidas, inteiramente, na planta fêmea. Os pés machos não servem, dizem eles, para a queima, na sua experiência.
Um daqueles pormenores referidos por Garcia Moreno também se observa nas Alagoas, onde não se faz a colheita da terrível morácia diante de mulher de paquete ou seja, menstruada. Para a planta não marchear:
Não se chegue nesta hora
Com seu paquete no porto
Não estrague minha sina
Sinão, muié, eu não vorto.
Diz-se também do milharal. E do fumo. Getúlio César no seu “Crendices do Nordeste” (12) assinala que “na colheita e na fabricação, as mulheres na época catamenial, não devem chegar nem ao menos perto de quem está lidando com as folhas, porque, se o fizer, o fumo ficará perdido”.
Por isso, diz a quadrinha popular que anda de boca em boca:
Marica pra ser boa,
Tem hora de ser colhida.
Doutro modo não entoa
Perde a graça na saída.
Os viciados comuns das cidades, os maconheiros malandros, fazem uso apenas de cigarros da erva que são chamados, na gíria, “dolar“:
— Vai, crioulo, passa um “dolar” para o papaizinho aqui”.
Os grã-finos que queimam para esnobar, os que dela fazem uso também nas esticadas, dão preferência ao cigarro da erva, igualmente. É mais prático e elegante, dizem eles, os viciados (no fundo igualados aos marginais). O nome Marica é muito aplicado, por extensão, ao cachimbo.
Marica, meu bem,
‘Stou sem vintém.
Me lembra agora
E chegada a hora
Da fumacinha
Olé sinhá Aninha.
Cadê Marica, ó Marica,
Que de pobre virou rica?
Francisco de Assis Iglésias, autor de um trabalho “Sobre o vício da diamba” (13), teve ocasião de visitar em Caroatá, no Piauí, os clubes dos diambistas, “queimantes” ou maconheiros, como são chamados nas Alagoas. Esses clubes são casas ou locais próprios em que se reúnem os viciados (como aconteceu no andar térreo do velho palacete do Barão de Jaraguá, em Maceió, fundo de uma antiga agência de jornais (*2); nas “malocas” das praias (daí o termo maloqueiros), sendo os maconheiros chefiados pelo célebre Moleque Namorador, já falecido para a fumagem ou “queima” em grupo. Chegaram a cultivar a erva maldita na praça fronteira, praça D. Pedro II, ao citado prédio, entre as plantas ornamentais, nos canteiros, em plena capital alagoana!
No livro “Caatingas e Chapadões” (14), Assis Iglésias transcreve os versos, “versos toscos”, que ouviu em Caroatá, além daqueles já citados na obra de Pernambuco Filho:
Diamba matô Jacinto
Por ser um bom fumadô
Sentença de mão cortada,
P’ra quem Jacinto matô.
— Matô, mano matô?
Dizô, dizô!
E dizô turututu
Bicho feio é caititu
Fui na mata de Recursos
E sai no Quiçandu.
Muié briga cum marido
mode um poco de biju.
— Brigô, mano, brigô?
Dizô, dizô!
Dizô, cabra ou cabrito
Na casa da tia Chica
Tem carne, não tem farinha,
Quando não é a tia Chica
Então é a tia Rosa.
Quanto mais véia mais seboza,
Quanto mais nova mais cherosa.
— Cherosa, mano, cherosa?
Dizô, dizô!
A propósito do termo dizô, pensa Iglésias que se trata de africanismo e traduz ideia de assentimento, aprovação.
Em Maceió, os viciados no uso da maconha dizem que vão “queimar”, quando se entregam ao torpe vicio da erva do Diabo. “Queimar” é mesmo que fumar maconha. E sinônimo, na gíria alagoana, quiçá do Nordeste. “Queimante” é o fumante da erva; também, na gíria, “queimante” é arma de fogo (revólver ou pistola).
Um antigo ritual dos fumadores alagoanos da erva do Diabo chegou a ser descrito por Leonardo Mota (15). E semelhante ao citado por Iglésias, no qual o refrão coral e “Dizô, dizô”.
No ritual dos maconheiros das Alagoas, o dito refrão colhido por Leonardo Mota é substituído por “Ajuê, Manca!”. Dá-se mais ou menos assim:
Na “saída”, ou ao tomar o seu primeiro trago, o “queimante” diz “Ajuê, Manca!” e improvisa uma quadra sem terminar o último verso para que o seu companheiro o faça, de modo a ser assim continuado por todos os do grupo, com o refrão seguindo-se a cada quadra:
“Marica, diz ajué
Ajuê, Marica!”
Já ao tempo do Moleque Namorador não se usava mais esse refrão.
Alceu Maynard (16) registrou nas suas pesquisas em Piaçabuçu, município alagoano, que “uma vez feita a roda de fumantes, quando vão passar a “Marica”, nome local do cachimbo de maconha, para seu companheiro, dizem: “Joéie Marica” e a seguir profere a sua loa. Este “Joéie“, isto é, ajoelhe, nos dá a impressão de que antigamente se fazia uma genuflexão em homenagem à diamba, ao recebê-la”.
Não teria havido uma deformação de “Ajué”, o velho refrão das loas, ouvido tanto tempo nas Alagoas? Quem sabe? Uma das loas recolhidas por Alceu Maynard Araújo, em Piaçabuçu:
Ajoie Marica,
gonga sapianga
não me meta em cipoá,
me bote em campo franco
onde eu possa me maniá.
Evoca Raul Bopp, (17) no seu poema de fundo folclórico — Diamba — com que enriqueceu a poesia negra erudita brasileira, o negro escravo entregue ao vício da erva:
DIAMBA
Raul Bopp
Negro velho fuma diamba
pra amassar a memória
O que e bom fica longe…
Os olhos vão se embora pra longe
O ouvido de repente parou.
Com mais uma pitada
O chão perdeu o fundo
Negro se sumiu
Ficou só uma fumacinha.
— Ai leva-me-leva
E a fumaça tossiu:
Apareceu então uma tropa de elegantes trotando
cinquenta elefantes
puxando uma lagoa.
— Pr’onde e que você tão levando essa lagoa?
Tá derramando água no caminho
A água do caminho juntou
correu correu
Fez o rio Congo.
— Ai leva-me-leva.
Aquele navio veio buscar o rio Congo
Então as florestas se reuniram
e emprestaram a sombra por rio Congo dormir.
Ao longo da poesia popular, da literatura de cordel, a poesia erudita enfileira-se assim, também, tratando o tema da Maconha. E o faz tão sugestivamente neste poema de Raul Bopp — Diamba, poema estruturado em mistério e subjetivamente, emocionalmente uma reação do negro escravo através do sonho, da fuga de Maconha —, essa Marica infernal e alucinógena, que o Negro trouxe para aliviar o seu martírio, vencer o banzo.
“RONDA DA CIDADE – Declarações do maconheiro “Peixe Cru”.
Ha dias, agentes da Delegacia de Ordem Política e Social Investigações e Capturas, prenderam o indivíduo Luiz Marcolino da Silva, mais conhecido pelo vulgo de “Peixe Cru”. Não tem residência. Uma vez pernoita na rua do Ouricuri, zona do baixo meretrício e outra vez, na praia. Não tem profissão. Diz-se filho de Marcolino Silva e de Regina Silva. Nada sabe mais a respeito dos pais. Sabe, porém, que nasceu em Serra Grande.
Foi preso porque estava fumando maconha. A polícia apreendeu em seu poder alguns pacotes daquela erva tóxica.
A reportagem desta folha ouviu-o quando se achava no xadrez se maldizendo.
— Onde encontrou aquela maconha? Indagamos.
— Comprei a um ajudante de caminhão da Paraíba, na Praça do Mercado.
O caso se deu assim: Passava eu pelo referido caminhão quando senti o cheiro daquela erva. E que não engana a ninguém…
Descobri quem fumava e me aproximei do ajudante, pedindo para me vender um pouco do “baseado”.
Se ele negasse, eu procurava logo a polícia para denunciá-lo. Mas, o ajudante de caminhão é sabido e me vendeu um pacotinho da liampa, por 50 cruzeiros.
— A maconha e de boa qualidade?
— Não tanto. Não e das pretas, das boas. É meio esverdeada. Mas dá para fumar.
— E onde você fuma a erva?
— Muitos a fumam nos fundos do Mercado no “lixo” da Levada, porém eu só fumo na praia. Ali a gente está seguro.
— Você gosta mesmo daquilo?
— É melhor do que cigarro de fumo… E não faz como a cachaça. A gente não tomba. Fica e leve, como se estivesse voando, voando.
Agora, dá vontade de comer. Comer muito, demasiado. E tem uma coisa: quando a gente come, desaparece a bebedeira. Fuma-se novamente para se ficar embriagado.
O repórter depois de ouvir o maconheiro, lembrou-lhe o mal que estava fazendo a si mesmo. Mais tarde vinha a doença incurável, a loucura, a desgraça.
O maconheiro ouvia tudo calado e depois de instantes, como que voltando a si, disse enfático:
— Não quero mais “queimar”.
Mas o repórter não acreditou na disposição de “Peixe Cru”. Ele falara daquele modo porque estava separado do Mercado e da praia, por meia dúzia de grades de ferro. — Gazeta de Alagoas. Maceió, 19/3/54.
(*1) Em torno dos efeitos — pelo menos a agressividade a violência, — provocados no homem pela maconha, variam as opiniões dos cientistas e pesquisadores. Todavia, a maioria dos autores se inclina para sua nocividade, atestada nos fenômenos clínicos apresentados; e no hábito, porta aberta à Toxicomania e à degradação social e ruína humana total, física e moral.
(*2) Com a restauração do referido prédio, funciona exatamente no local da antiga agencia de jornais o “Arquivo Público de Alagoas” (APA).
REFERÉNCIAS
(1)—Pernambuco Filho e Adauto Botelho — Vícios sociais elegantes — Liv. Fran. Alves, 1954, Rio.
(2)—Luiz Alípio de Barros e José Medeiros — Maconha — A planta do Diabo —O Cruzeiro, 22-2-47.
(3)—Alfredo Brandão — Os negros na história de Alagoas — in Estudos Afro-Brasileiros, 1° vol., Rio, 1935.
(4)—Renato Mendonça — A influência africana no português do Brasil — Col. Rio.
(5)—Jacques Raimundo — O elemento afro-negro na língua portuguesa — Rio, 1933.
(6)—A. Inácio de Menezes — Flora da Bahia — Col. Brasileira.
(7)—Moreno Brandão — Musa Anônima — Revista do Inst. Hist. de Alagoas, vol. XVII.
(8)—Alberto Deodato — Canaviais. — Contos.
(9)—Gilberto Freyre — Casa Grande & Senzala — 5° edição, Col. José Olympio. Rio.
(10)—Osório Calheiros Gano — Menores Infelizes — Tese de concurso. Maceió, 1946, p. 27.
(11)—Garcia Moreno — Aspectos do Maconhismo em Sergipe, Sergipe, Aracaju, 1946.
(12)—Getúlio César — Crendices do Nordeste — Rio de Janeiro, 1941, Irmãos Pongetti Edts.
(13)—Francisco de Assis Iglésias — Sobre o vicio da Diamba — An. Paul. Med. Cir. IX, 1918.
(14)—Francisco de Assis ‘giestas — Caatingas e Chapadés — Brasiliana, vol. 271.
(15)—Leonardo da Mota — Sertão Alegre — Imprensa Oficial de Minas Gerais, Belo Horizonte. 1928.
(16)—Alceu Maynard Araujo — Medicina Róstica — Brasiliana, Vol. 300, São Paulo.
(17)—Raul Bopp — Urucungo.
*Publicado originalmente na Revista da Academia Alagoana de Letras, nº 8, de dezembro de 1982.
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