Moacir Medeiros de Sant’Ana, professor, pesquisador e doutor em história de Alagoas

No dia 5 de janeiro de 1933, na Catedral de Maceió, o Cônego Antônio Valente batizou um menino com o nome de Moacyr e anotou que ele havia nascido, na capital, em 25 de setembro do ano anterior. Foram padrinhos Valdemar Loureiro Bernardes e Bárbara Jucá Bernardes.

Registrou ainda que a criança era filho de Manuel Zaluar de Santana e de Marina Medeiros de Santana. Zaluar era o artista plástico e músico Manuel Zaluar de Sant’Ana (Pão de Açúcar – AL 29/11/1904 – Maceió – AL 13/1/1998) e Marina também assinava como Marina Lobo Medeiros de Sant’Ana (Maceió – AL 25/9/1932).

Em poucos anos Moacyr passou a ser o menino Moacir Medeiros de Sant’Ana, aluno dedicado no Colégio Guido de Fontgalland, onde estudou o 1º e o 2º graus. Saiu deste educandário para cursar Ciências Jurídicas e Sociais na antiga Faculdade de Direito de Alagoas. Conquistou o bacharelado em 6 dezembro de 1963, aos 31 anos de idade, quando a Faculdade da Praça do Montepio já era uma das unidades da recém-criada Universidade Federal de Alagoas.

Ainda estudante foi assessor na Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar de Alagoas e, em 1961, tomou posse como o primeiro diretor do Arquivo Público de Alagoas, instituição criada oficialmente em 30 de dezembro de 1961 (Lei nº 2.428), no governo de Luiz Cavalcanti.

Arnoldo Jambo e o jovem Moacir Sant’Ana conversam com o secretário de Educação Deraldo Campos no porão do Palácio dos Martírios em 1961

Seu trabalho no Arquivo ganhou maior projeção a partir de dezembro de 1962, quando foi lançada a Revista do Arquivo Público de Alagoas, com 286 páginas. O n° 2 da Revista somente circulou em dezembro de 2012, quando o diretor da instituição era Marcos Antônio Rodrigues Vasconcelos Filho.

Moacir Sant’Ana permaneceu na direção do APA até os primeiros dias de 2007, no início do governo de Téo Vilela. Foi substituído pelo professor Geraldo da Silva Filho, indicado por um grupo de historiadores de Alagoas.

No início da década de 1970, o historiador e professor José Honório Rodrigues propôs à Ufal que criasse as disciplinas Introdução ao Estudo da História (Metodologia da Pesquisa Histórica), História de Alagoas e História da Cultura Alagoana.

Foi para professor dessas cadeiras que Moacir Sant’Ana conseguiu aprovação no concurso realizado em 1972. Como era formado em Direito, o primeiro mestre dessas disciplinas teve sua nomeação confirmada somente em 22 de novembro de 1972, após ser reconhecido seu notório saber pelo Ministério da Educação.

No ano seguinte foi nomeado Assessor para Assuntos Culturais, da Secretaria de Educação e Cultura, cargo que ocupou até 1975.

Moacir Sant’Ana foi o primeiro diretor do Arquivo Público de Alagoas

Reconhecido nacionalmente por suas pesquisas e escritos, o filho do Mestre Zaluar e de D. Marina foi premiado com a sua eleição para a Academia Alagoana de Letras (Cadeira 29) e para o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Cadeira 37). O Instituto Arqueológico e Histórico e Geográfico Pernambucano o nomeou sócio correspondente. Foi ainda, durante vários mandatos, membro do Conselho Estadual de Cultura de Alagoas.

Em 2002, quando ainda dirigia o APA, recebeu da Ufal o título de Doutor Honoris Causa. A indicação foi do professor e também doutor Sávio Almeida. A então diretora do CHLA, professora Maria Aparecida Batista, destacou que o reconhecimento premiava o “mérito desse incansável pesquisador da história local e nacional, que enfrenta desafios diários em seu trabalho, sobretudo pelas dificuldades enfrentadas. Ele é um incansável batalhador na luta pela manutenção e reconstituição do nosso Arquivo Público, contribuindo para salvaguardar o patrimônio histórico do Estado. Por isso considero bem-merecido esse prêmio acadêmico“.

Igual título lhe foi conferido, em 2014, pela Universidade Estadual de Alagoas, que também reconheceu do historiador e escritor alagoano “seu excelente trabalho na construção do Arquivo Público de Alagoas e da nossa memória histórica”.

Manuel Diegues Júnior, em julho de 1969, ao prefaciar sua obra Contribuição à história do açúcar em Alagoas, se referia a ele como sendo um pesquisador nato e sobretudo honesto: “E se tornou hoje — desculpem a franqueza os mestres — o maior conhecedor da história de Alagoas, não por ouvir dizer ou por repetir o que os antigos já disseram, mas por pesquisar, investigar, estudar, comparar”.

Palacete do Barão de Jaraguá, que a partir de 1962 sediou a Biblioteca e o Arquivo Público de Alagoas

Em 16 de junho de 2013, numa entrevista ao jornalista Lelo Macena, o professor Sávio de Almeida, que já o havia levado a receber o título de Doutor Honoris Causa na Ufal, reafirmou que Moacir Sant’Ana é “um autor fundamental dentro da bibliografia sobre o Estado”.

“O Moacir é uma espécie de virada em Alagoas. Ele tem textos fundamentais sem os quais não se entende isso aqui. O segundo capítulo do livro dele, chamado Uma Associação Centenária: História da Associação Comercial de Maceió, tem que ser lido”. Sávio Almeida, que está entre os maiores historiadores de Alagoas, destaca também outra obra, Contribuição à História do Açúcar em Alagoas, e reconhece: “Ele tem coisas importantíssimas. O Moacir é um brilhante historiador”.

Moacir Sant’Ana é posto por Sávio Almeida no mesmo patamar de outro destacado historiador, Dirceu Lindoso, a quem atribui contribuição importante: “São duas vertentes diferentes. O homem que vai em busca da documentação, que é o Moacir, e o homem que vai atrás da análise e da interpretação, que é o Dirceu Lindoso. Os dois são os mais importantes da nossa geração”, conclui.

Outro luminar da história alagoana, o professor doutor Douglas Apratto Tenório, também enaltece a trajetória do primeiro diretor do Arquivo Público de Alagoas: “é uma referência para todos nós. Viva Moacir, orgulho de Alagoas“.

A professora Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros, antropóloga com doutorado, mestrado e pós-doutorado, reconhece Moacir Sant’Ana como um dos maiores intelectuais alagoanos. Ressalta que era homem do povo, “que não frequentava as ‘altas rodas sociais’, desfrutando das delícias do Bar Graci, assíduo freguês do Mercado da Levada e comensal dos restaurantes do Pontal da Barra“.

Continua Luitgarde: “Inigualável pesquisador, era habituê da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, se hospedando em dois hotéis da Cinelândia, para estar na BN sempre, da hora da abertura até o fechamento, quando ia se deliciar com os galetos dos restaurantes”.

Visitava todos os intelectuais alagoanos ou seus descendentes em suas residências, recolhendo informações sobre vida e obra de cada um deles. Marcava horas extras para correr livrarias e sebos da cidade, para enriquecer a sua e a Biblioteca do Arquivo Público de Alagoas“.

“Respeitadíssimo pelos sucessivos diretores da BN, como o grande amigo e maior especialista em “direitos autorais”, Dr. Plínio Doyle, sendo presente, quando no Rio de Janeiro, da maior Reunião de Intelectuais da cidade, o SABADOYLE, para onde me levou e me fez efetiva dessa reunião frequentada pelos maiores escritores do Rio de Janeiro e de todo o Brasil, nos sábados em Ipanema, esquina entre a Avenida Epitácio Pessoa (na Lagoa), e a Rua Nascimento Silva. Para esses encontros, anos depois levei minha ex-professora de História no Moreira e Silva – a inesquecível mestra Heliônia Ceres, que embeveceu de tal forma os presentes com suas falas e distribuição de textos de sua autoria, que na mesma semana foi convidada e se tornou membro da Sociedade de Escritores, no prédio do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro“, conclui a renomada escritora alagoana.

Responsável por uma ampla e inestimável obra de valor histórico, Moacir Sant’Ana publicou, segundo o historiador Messias Caldeiras, mais de 60 obras, 430 artigos, vários trabalhos em revistas literárias. Tem ainda 9 obras inéditas, todas elas tendo como referência Alagoas.

Aposentado pela Ufal, Moacir Medeiros de Sant’Ana ficou impedido de produzir devido as limitações que a idade lhe trouxe, mas acompanhou à distância o desenrolar da contemporânea história de Alagoas até o seu falecimento em 13 de novembro de 2022.

Moacir Sant’Ana é autor de mais de 60 obras

Obras

Sua primeira publicação, Resumo histórico e antropogeográfico do Estado de Alagoas, ocorreu no Suplemento Literário do Jornal de Alagoas nas edições de 6 e 13 de março de 1955. Era uma revisão crítica sobre a obra do escritor Tancredo Moraes, editada no Rio de Janeiro pelos Irmãos Pongetti em 1954.

Estudo da Situação dos Operários de uma Empresa Têxtil, 1960;

Imprensa Maceioense no Século Passado, com o qual obteve, em 1959, o prêmio “Cidade de Maceió”, instituído pela Municipalidade de Maceió e pela Academia Alagoana de Letras. Ampliado, foi publicado como História da Imprensa em Alagoas;

Pequena História de Delmiro Gouveia, o “Rei do Sertão”, Maceió: Imprensa Oficial, 1961;

Os Estudos Históricos e os Arquivos em Alagoas, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, 1962;

A Imprensa Oficial em Alagoas, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, 1962;

A Nossa Biblioteca, folder, Maceió: SEC/Biblioteca Pública Estadual, 1962;

Hino de Alagoas (Letra e Música). Inclui dados biográficos de Luiz Mesquita e Benedito Silva, respectivamente autores da música e da letra do aludido hino. Publicação nº 12, da SEC, Maceió, 1964;

Pequena História da Biblioteca Pública Estadual, Maceió: SENEC/Arquivo Público de Alagoas, 1965;

O Historiador Melo Morais: Ensaio Biobibliográfico, Maceió: SENEC/APA, Imprensa Oficial, 1966;

Benedito Silva e sua Época: Biografia do Compositor do Hino de Alagoas, Maceió: SENEC/APA, 1966;

Uma Associação Centenária: História da Associação Comercial de Maceió, Maceió: SENEC/ Arquivo Público de Alagoas, 1966;

Contribuição à História do Açúcar em Alagoas, prefácio de Manuel Diegues Júnior, Recife: Museu do Açúcar – IAA, 1970 (prêmio FEMAC, Recife: IAA, 1970);

O Patrimônio Cultural de Uma Velha Cidade: Marechal Deodoro, Maceió: [Imprensa Oficial], 1970;

Graciliano Ramos – (Achegas Bibliográficas), Maceió: Arquivo Público de Alagoas-SENEC, 1973 (ensaio biográfico);

Cronologia de Graciliano Ramos, Maceió, 1973;

Tavares Bastos, Visto por Alagoanos, coordenação do Prof. Moacir Medeiros de Sant’Ana, Apresentação de 25 Trabalhos de Alagoanos. Maceió: Assembleia Legislativa Estadual, 1975;

Antecedentes do Poder Legislativo em Alagoas, in: Instituição do Poder Legislativo no Brasil e em Alagoas, Maceió, Assembleia Legislativa Estadual, 1976;

Marechal Deodoro da Fonseca: 1827-1892, folder, Maceió: DEC-SENEC, ago. 1977;

O “Guimarães Passos”: História de um Grêmio, Maceió: UFAL, 1977;

Documentário do Modernismo – (Alagoas 1922-31), Maceió: UFAL e Departamento de Assuntos Culturais – MEC, 1978;

Aspectos Históricos e Povoamento da Mata Alagoana, Maceió: Governo do Estado de Alagoas, FIPLAN/FIAM, 1978, da série Viabilidade Municipal, 7 [Participação de Moacir M. Santa’Ana no levantamento das fontes e na elaboração do texto];

História do Modernismo em Alagoas: 1922- 1932, Maceió: EDUFAL, Editora da Universidade Federal de Alagoas, 1980;

Brito: Um Teatrólogo Desconhecido, folder, Maceió: EDUFAL, 1980;

O Conto em Alagoas. Catálogo da Exposição Bibliográfica de Contistas Alagoanos, Organizada pelo Arquivo Público de Alagoas, Comemorativa dos 70 Anos de Aurélio Buarque de Holanda, em 21 de Agosto de 1980. (Edição Patrocinada pela Coordenadoria de Extensão Rural – UFAL) Maceió: UFAL, 1980;

Primórdios da Imprensa em Alagoas. Catálogo da Exposição de Jornais do Passado, promovida pelo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes – UFAL, em 3 ago. 1981, ano do Sesquicentenário da Imprensa Alagoana, dentro da Programação da III Semana Comemorativa dos XX Anos da UFAL, Maceió: Coordenadoria de Extensão Cultural, UFAL, 1981;

Elysio de Carvalho, um Militante do Anarquismo, Maceió: Arquivo Público de Alagoas – Rio de Janeiro: Secretaria de Cultura – MEC, 1982. (ensaio);

Tavares de Figueiredo. Dados biográficos, Maceió, Coordenação de Extensão Cultural – UFAL, Arquivo Público de Alagoas – SEC, 1983 (Coleção Cadernos de Compositores Alagoanos – 4);

Graciliano Ramos Antes de Caetés: Catálogo da Exposição Bibliográfica de Graciliano Ramos, Comemorativa dos 50 anos do Romance Caetés Realizada pelo Arquivo Público, em Novembro de 1983, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, Subsecretaria de Comunicação Social do Estado de Alagoas, 1983;

História do Romance Caetés, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, Subsecretaria de Comunicação Social do Estado de Alagoas, 1983;

Jorge de Lima (1893-1953) Catálogo da Exposição Bibliográfica Realizada Pelo Arquivo Público de Alagoas em 1963. Maceió: UFAL, 1983;

O Romance São Bernardo (Catálogo da Exposição Bibliográfica dos 50 Anos de São Bernardo), Maceió: Pró-Reitoria de Extensão- UFAL, 1984. A exposição foi realizada pelo APA, em dezembro de 1984;

Hildebrando de Lima e o Romance Policial Brasileiro: Catálogo da Exposição Biobibliográfica, realizada pelo Arquivo Público de Alagoas, de 5 a 9 de novembro de 1984, comemorativa dos 80 Anos de Hildebrando de Lima, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, 1984;

Apresentação; Catálogo da Exposição Biobibliográfica de Ledo Ivo, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, 1985;

História da Imprensa em Alagoas: 1831-1981, capa de Esdras Gomes, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, 1987;

Zaluar, um Homem de Muitas Artes, Biografia do Artista das Artes Plásticas e Música, Maceió: SERGASA, 1987;

A Queima de Documentos da Escravidão, Maceió: Secretaria de Comunicação Social, 1988;

Bibliografia sobre o Negro, Prefácio de Rosivan Vanderlei.  Maceió: Secretaria de Comunicação Social, 1989;

Mitos da Escravidão, Maceió: Secretaria da Comunicação Social, 1989;

Primórdios da Imprensa em Alagoas, Catálogo da Exposição de Jornais Alagoanos do Passado, Maceió: UFAL, 1981;

Catálogo da Exposição Documental “Mitos da Escravidão” – Comemorativa do Centenário da Abolição, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, 1988;

O Centenário da República. Catálogo da Exposição Bibliográfica “Cem Anos da República Brasileira”, promovida pelo Departamento de Filosofia e História – UFAL, em novembro de 1989, Maceió: UFAL, 1989;

Positivismo e Republicanismo em Alagoas, Maceió: UFAL/ Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, Fundação Teotônio Vilela 1989;

Positivismo e Republicanismo em Alagoas, Maceió: EDUFAL, 1989;

“A República em Alagoas” Catálogo de Exposição Comemorativa do Centenário da República, 1989-1999, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, 1990;

Manoel Diegues Júnior: Dados Bibliográficos, Maceió: Instituto Arnon de Mello, 1991;

As Leituras do Jovem Graciliano Ramos, Catálogo Anotado da Exposição “Graciliano Ramos: Vida e Obra”, Maceió: SECOM, 1992;

Graciliano Ramos. Vida e Obra, Maceió: SECOM, 1992;

A Face Oculta de Graciliano Ramos: Os 80 Anos de um Inquérito Literário, Maceió: Secretaria de Comunicação Social SECULTE/ Arquivo Público de Alagoas, 1992;

Efemérides Alagoanas, 1992, 1° volume, Maceió: Instituto Arnon de Mello, 1992;

Efemérides Alagoanas, 1993, 2° volume, Maceió: Instituto Arnon de Mello, 1993;

Bibliografia Anotada de Jorge de Lima: 1915-1993, precedida de ensaio biográfico, Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa –Ministério da Cultura, 1994;

Jorge de Lima: Entre o Real e o Imaginário, Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1994;

Bibliografia Anotada de Delmiro Gouveia, Precedida de Ensaio Biográfico “Delmiro Gouveia, o Precursor da CHESF, Recife: Companhia Hidrelétrica do São Francisco/CHESF, 1995;

Ledo Ivo de Corpo Inteiro, Exposição Biobibliográfica dos Seus Setenta Anos, Catálogo, Maceió: Secretaria de Cultura, 1995;

Jayme de Altavila: Evocação, Maceió: Secretaria de Cultura do Município de Maceió/ECOS Gráfica e Editora Ltda, 1996;

Alagoas Na Guerra de Canudos, Maceió: [SERGASA], 1998;

Vidas Secas: História do Romance, Recife: SUDENE/ DAD/ADM, Seção de Reprografia, 1999;

O Palácio do Governo de Alagoas: A História de Uma Praça, (Maceió: Secretaria de Estado da Educação), 2002, ilustrado;

Jorge de Lima: Poesias Esquecidas, Maceió: EDUFAL, 1983;

Pilarenses Ilustres, (Precedido de um Estudo Histórico Sobre o Pilar), Maceió, 2010, apresentação de Jayme de Altavila, e nota explicativa de Moacir Medeiros de Sant’Ana, ambos datados de 1958;

Posfácio de Antônio Sapucaia; Revisão Criminal do Processo Delmiro Gouveia, juntamente com Antônio Aleixo Paes de Albuquerque, Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2019.

Palacete do Barão de Jaraguá já sediando a Biblioteca e o Arquivo Público de Alagoas em meados dos anos 60

Artigos em periódicos

Reflexões em Torno da Historiografia dos Palmares, separata da Revista do IHGB, a 160, n. 402, p. 229-246;

Jorge de Lima – Tradição, Transição e Modernidade, União dos Palmares, 1997 (conferência);

Arnon de Mello, Maceió: FUNTED, FF-54;

Calabar, Revista do IHGAL, v.30, Ano de 1973, Maceió, 1973, p. 217-220;

Positivismo e Republicanismo em Alagoas, Revista do IHGAL, v. 34, 1978, Maceió, 1978, p. 65-84;

Agnelo Rodrigues de Melo (Judas Isgorogota), Revista IHGAL, v. 35, 1979, Maceió, 1979, p. 57-66;

Pedro Paulino da Fonseca, O Político, Revista IHGAL, v. 36, 1980, Maceió, 1980, p. 135-139;

Efemérides Culturais Alagoanas, Revista IHGAL, v.36, 1980, Maceió, 1980, p. 251-252;

Cronologia de Aurélio Buarque de Holanda, Revista IHGAL, v.37, 1979-81, Maceió, 1981, p. 225-231;

Hino de Alagoas, Revista IHGAL, v.37, 1979-81, Maceió, 1981, p. 255-263;

A Imprensa Alagoana: 150 Anos (Nota Prévia), Revista IHGAL, v.37, 1979-81, Maceió, 1981, p. 265-281;

Apontamentos Sobre o Piano em Alagoas, Revista IHGAL, v. 38, 1982-1983, (Maceió, 1984), p.85-87;

Dois Historiadores: Craveiro Costa e Dias Cabral, Revista IHGAL, v. 39, 1984, Maceió, 1985, p. 95-101;

Teotônio Vilela (1917-1983): Bibliografia, Revista IHGAL, v. 39, 1984, Maceió, 1985, p. 103-106;

Políticos Itinerantes no Sistema Monárquico, Revista IHGAL, v. XLIII, Anos 1991-1992, n. 43, Maceió, 1992, p. 124-131;

O Pontal da Barra Através de um Parecer, Revista IHGAL, v. 41, 1986-88, Maceió, 1989, p.123-139;

Movimento Abolicionista em Alagoas: Placa Comemorativa, Revista IHGAL, v. 41, 1986-88, Maceió, 1989, p. 309-311;

80 Anos de Humberto de Albuquerque Vilela, Revista IHGAL, Maceió, 2004, v. 46, p. 121-122;

Théo Brandão e o Modernismo em Viçosa, Revista da AAL, n. 13, p. 51-57;

Documentos para a História da Independência, Recife/Maceió: Comissão Executiva dos Festejos do Sesquicentenário da Independência do Brasil, Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, 1972;

Reflexão em Torno da Historiografia dos Palmares, Rio de Janeiro, 1999, separata da Revista do IHGAL;

Nise da Silveira, a Reinvenção da Psiquiatria: Rio de Janeiro, in Quaterni, Revista do Grupo de Estudos C. G. Jung, nº. 8, 2001;

Primeiros Movimentos Grevistas em Alagoas, in revista da UFAL;

Colaboração em obras coletivas

A Imprensa Oficial em Alagoas, Maceió, 1962, este juntamente com Wenceslau de Almeida;

Os Arquivos em Alagoas, in Anais do Congresso Comemorativo do Bicentenário da Transferência do Governo do Brasil, 1963, v. IV, Rio de Janeiro, 1967;

Os Estudos Históricos e os Arquivos em Alagoas in Revista do Arquivo Público de Alagoas, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, ano 2, n. 2,  2012, p. 361-377;

Introdução e Notas em CAROATÁ, Jeová, Crônica do Penedo, Maceió: Red. DEC, Série Estudos Alagoanos, 1962;

ALTAVILA, Jayme de, História da Civilização de Alagoas, notas a partir da 4ª edição;

O Romance e a Novela em Alagoas, 1976. (Gazeta, n.1).

Outros

Colaboração em diversos periódicos, entre eles o Jornal de Alagoas e Gazeta de Alagoas.

8 Comments on Moacir Medeiros de Sant’Ana, professor, pesquisador e doutor em história de Alagoas

  1. Linda homenagem Ticianeli! Obrigada por divulgar para as atuais gerações a rica produção de um dos maiores intelectuais alagoanos. Como homem do povo, não frequentava as “altas rodas sociais”, desfrutando das delícias do Bar Graci, assíduo freguês do Mercado da Levada e comensal dos restaurantes do Pontal da Barra. Inigualável pesquisador, era habituê da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, se hospedando em dois hotéis da Cinelândia, para estar na BN sempre, da hora da abertura até o fechamento, quando ia se deliciar com os galetos dos restaurantes. Visitava TODOS os intelectuais alagoanos ou seus descendentes em suas residências, recolhendo informações sobre vida e obra de cada um deles. Marcava horas extras para correr livrarias e sebos da cidade, para enriquecer a sua e a Biblioteca do Arquivo Público de Alagoas. Respeitadíssimo pelos sucessivos Diretores da BN, como o grande amigo e maior especialista em “direitos autorais”, Dr. Plínio DOYLE, sendo presente, quando no Rio de Janeiro, da maior Reunião de Intelectuais da cidade, o SABADOYLE, para onde me levou e me fez efetiva dessa reunião frequentada pelos maiores escritores do RJ e de todo o Brasil, nos sábados em Ipanema, esquina entre a Avenida Epitácio Pessoa (na Lagoa), e a Rua Nascimento Silva. Para esses encontros, anos depois levei minha ex – professora de História no Moreira e Silva – a inesquecível mestra Heliônia Ceres, que embeveceu de tal forma os presentes com suas falas e distribuição de textos de sua autoria, que na mesma semana foi convidada e se tornou membro da Sociedade de Escritores, no prédio do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro.

  2. Claudio de Mendonça Ribeiro // 22 de setembro de 2022 em 07:38 //

    Prezado Ticianelli, mais uma vez imensamente grato por ter me encaminhado mais esta página da História de Alagoas.
    Fraternal abraço, com os meus agradecimentos.

  3. Cara Luitgarde, ao tempo em que agradeço, informo que levei seu depoimento para enriquecer o texto sobre o Moacir.

  4. Coelho Júnior // 22 de setembro de 2022 em 14:20 //

    Mandaram esta página no grupo da família, é uma linda homenagem a este homem incrível que tenho o prazer de ser neto. Obrigado por proporcionarem a nós famílias algo indescritível.

  5. Ana Roberta Santana // 10 de outubro de 2022 em 08:59 //

    Sem palavras, obrigada pela levantamento histórico e bibliográfico da vida e obra de meu pai! Que as proximas gerações tenham acesso ao acervo, pois sei do seu prazer em compartilhar o conhecimento de diferentes temas .
    Grata , sempre!

  6. André José Soares Silva // 14 de outubro de 2022 em 14:20 //

    Que trabalho primoroso Ticianele. Tenho os volumes I e II das Efemérides Alagoanas e Alagoas na Guerra de Canudos, este ofertado por seu neto Moacir que foi meu aluno no Colégio Marista em 1998. Obra autografada.

  7. Mário Alberto Altenkirch de Santana // 13 de novembro de 2022 em 21:30 //

    Que orgulho de todos estes trabalhos feito pelo meu querido tio Moacir, que honra ser seu sobrinho, que saudade vamos ter…Com essa linda história de vida, tenho certeza que agora já tá na paz de Deus.
    Ficaremos na saudade tio. NÃO É ADEUS… É UM ATÉ BREVE !
    Beijos do seu sobrinho Mário Altenkirch Santana ( coronel médico do Exército).

  8. Cristiano Cezar // 14 de novembro de 2022 em 09:19 //

    Ticianeli, Parabéns pela belíssima homenagem, ainda em vida, ao grande historiador Moacy Sant’Ana, um dos maiores de nossa historiografia alagoana. A história de Alagoas tem uma dívida imensurável com esse grande historiador. Sua vasta obra é referência a todos que se dedicam aos estudos históricos e culturais sobre Alagoas.

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