História da implantação do abastecimento de água potável em Maceió III

Água potável em Maceió no século XX

Caixa d'água do Alto de Santa Terezinha

O primeiro grande fato envolvendo a Companhia das Águas de Maceió no novo século aconteceu na assembleia da empresa de 10 de março de 1906. Seus acionistas aceitaram a proposta de compra apresentada pelo engenheiro Harry von Skinner.

A transferência da Companhia deveria acontecer até maio daquele ano. Skinner percorreu a Europa, mas não conseguiu investidores. Em 21 de agosto, por unanimidade, a assembleia revogou a autorização.

Nesse mesmo período, um dos acionistas da Companhia das Águas de Maceió, o comendador Teixeira Basto, liderou o movimento de modernização da empresa. O projeto apresentado em 21 de agosto de 1906 foi formalizado na assembleia realizada no dia 5 de fevereiro de 1907, com a aprovação da reforma dos estatutos.

A diretoria anterior, com José Teixeira Machado, tesoureiro; Jacintho José Nunes Leite, técnico; e Manoel de Miranda, secretário, foi substituída por: Eduardo Augusto Ferreira Santos, Frederico Cox e Luiz de Vasconcellos.

A Companhia deixava de ser controlada por Jacintho José Nunes Leite e passava a ser dirigida pelo comendador Teixeira Basto.

Em carta de 20 de setembro de 1909, Jacintho José Nunes Leite, após 50 anos de atividades econômicas, anunciou que deixaria Alagoas e que estava vendendo seus estabelecimentos comerciais: a Loja de Ferragens na Rua do Comércio, nº 108, e a Fundição Alagoana, na Rua Conselheiro Saraiva, nº 23, em Jaraguá.

Logo após a mudança de diretoria em fevereiro de 1907, a empresa adquiriu o terreno e águas no Cardoso e iniciou a construção do açude, das novas caixas de recepção e distribuição. Foi assentada a Linha Decouville com 1.100 metros de extensão.

Foram encomendados na empresa Fry Miers & Cia, em Londres, 5.800 metros de canos de 14 e 15 polegadas, com os respectivos registros para a nova linha de canalização.

E ainda uma bomba com capacidade de fornecer 5 milhões de litros d’água em 14 horas de trabalho diário, o motor respectivo, chumbo e gaxeta para ligação dos canos.

A assembleia autorizou ainda que fosse contratado um profissional habilitado para assentar corretamente os canos e a construir os filtros de areia.

Sinal de que a empresa investia em melhorias nesse período foi a autorização, em 29 de maio de 1907, para a mudança do chafariz da Praça das Graças para oitenta metros abaixo de onde ele estava.

A diretoria eleita em 6 de agosto de 1907 tinha Eduardo Augusto Ferreira Santos, tesoureiro; Henrique C. Cox, técnico; e Luiz de Vasconcellos, secretário.

O relatório sobre o primeiro semestre de 1908 informou que funcionavam em Maceió 763 penas d’água com rendimento de 33:744$900. Os três chafarizes rendiam 2:221$880.

No final do segundo semestre de 1908, o capital da Companhia era de 470:000$000 distribuído em 2.350 ações de 200$000.

Funcionavam 735 penas d’água com rendimento, no segundo semestre de 1908, de 30:839$800. Estavam em operação somente três chafarizes: da Caixa d’Água dos Martírios, do Mercado e o da Graça na Levada. Estes renderam em seis meses 1:920$560.

A empresa estava em processo de “remonta” sob a direção do diretor-técnico Eduardo Whitehurst, eleito pela Assembleia Geral em 27 de agosto de 1908. Substituiu o engenheiro baiano Henrique C. Cox, que faleceu no dia 28 de julho. Eduardo A. Ferreira Santos era o diretor-tesoureiro e Luiz de Vasconcellos o diretor-secretário.

Ainda em 1908 entrou em funcionamento a captação no riacho do Cardoso e em fevereiro do ano seguinte foi testada a nova bomba a vapor no açude alimentado por aquele riacho.

Em 14 de abril de 1909, por meio do Decreto nº 462, a Assembleia Legislativa autorizou o Governo a adquirir 100:000$000 em debêntures da Companhia das Águas de Maceió.

A partir de 19 de maio de 1909, a Companhia das Águas voltou a oferecer a instalação de novas penas d’água para a capital.

Em 31 de maio de 1909, Eduardo A. Ferreira Santos deixou o cargo de diretor-tesoureiro. Assumiu esta função José Duque de Amorim, substituto legal.

Em junho de 1909 houve um desastre na poderosa bomba assentada à margem do riacho Cardoso. A quebra dos mancais da máquina foi entendida pela diretoria como uma ação proposital.

Novos encanamentos para abastecer Maceió estavam sendo instalados em agosto de 1909. Custaram à empresa 136:363$620. A diretoria nesse período era composta por José Duque de Amorim, Eduardo Whitehurst e Arsênio Fortes.

No mês seguinte, quando tinha somente 780 penas d’água, a Companhia passou a oferecer 600 litros d’água por unidade domiciliar no lugar dos 300 litros antes fornecidos.

Com a nova linha tubular de 15 polegadas instalada e com a oferta de 600 litros, os assinantes voltaram a procurar a empresa. A água passou então a ser fornecida pelo açude do Cardoso, que recebeu manutenção utilizando areia proveniente da Praça Santo Antônio em Bebedouro.

Açude do Cardoso em 1946

As novas instalações também permitiram a expansão do serviço de abastecimento. Assim, a partir de 16 de outubro de 1909, a Companhia passou a oferecer a instalação de penas d’água para os imóveis da Pajuçara.

Em 1911 já fornecia água para 1.104 penas d’água. Destas, 92 atendiam a contratos com estações federais e estaduais. Renderam nos seis últimos meses de 1910 45$868$000. Os oito chafarizes arrecadavam semestralmente 4:422$700. A empresa tinha então um capital de 470:000$000 distribuídos por 2.350 ações de Rs 200$000.

Ainda em 1911, a Companhia das Águas de Maceió cogitava levar água ao planalto do Jacutinga. Era dirigida por José Duque de Amorim (diretor-tesoureiro), engenheiro Eduardo Whitehurst (diretor técnico) e Luiz de Vasconcelos. Tinha sede na Rua do Comércio, nº 164.

Em 1919, o Governo do Estado voltou a investir na Companhia comprando 100 contos de réis em debêntures.

No primeiro semestre de 1921, novas linhas de abastecimentos foram implantadas beneficiando o Farol, antigo alto do Jacutinga, e a Levada. Neste ano a Companhia tinha 11 chafarizes e 2.431 penas d’água.

Em abril de 1926, Maceió tinha 45.315 metros de rede de canalização, 17 chafarizes, 3.090 penas. No final do segundo semestre de 1927, tinha 18 chafarizes e 3.407 penas.

No final de 1928, o capital da Companhia das Águas mantinha-se em 470:000$000. Explorava 18 chafarizes, que renderam no semestre 12:500$840. As 3.644 penas renderam 193:040$000.

No ano seguinte foram instalados dois motores elétricos, um no Farol e outro na caixa do depósito do açude do Cardoso. Outro estava sendo montado no açude do riacho Luiz Silva. Neste ano há o registro da ruptura de uma caixa d’água em Maceió.

Tubos para o saneamento

Em 1926 foram instalados 51 metros de tubos de cimento armado para vasão das águas servidas e pluviais da Av. Moreira e Silva e da antiga Ladeira de Santa Cruz, atual Ladeira dos Martírios.

Mais 875 metros dos mesmos tubos estavam reservados para a Rua 1º de Março e do Apolo. Mediam 0,5 metro de diâmetro por 0,96 de cumprimento úteis.

A partir de 1927 foram também instaladas manilhas de esgotamento residencial até à linha dos meios-fios sob os passeios. Os esgotos dos prédios foram conectados aos tubos centrais.

Após a Revolução de 1930

No dia 15 de fevereiro de 1933, uma comissão designada pelo interventor capitão Afonso de Carvalho para estudar o abastecimento d’água e saneamento de Maceió constatou que o contrato assinado em 28 de julho de 1883 com a Companhia das Águas de Maceió havia caducado.

A mesma comissão indicou que se fosse preciso, o Governo deveria lançar mão de empréstimo para melhorar o serviço. Afonso Camargo aceitou a proposta e arranjou 2.000 contos, mas encaminhou 1.773 para outros fins: 750 para vários municípios, 400 para uma penitenciária, 326 para o Asilo de Alienados, 150 para a Faculdade de Direito, 70 para a desapropriação da Fênix, 30 para um Dispensário, 10 para a Casa dos Pobres, 13 para a Saúde Pública e 25 contos para um engenheiro de São Paulo instalar uma fonte luminosa numa avenida.

Sobraram para os esgotos e reabastecimento d’água da capital apenas 227 contos.

No final de junho de 1937, a Assembleia Legislativa de Alagoas recebeu do governador Osman Loureiro um projeto de Lei que o autorizava a fazer qualquer concessão ou contrato para estabelecer o serviço de abastecimento d’água e esgoto na capital.

Mesmo sem qualquer contrato com o Estado, a Companhia das Águas continuou a explorar os serviços e em setembro de 1937, diante das reclamações dos usuários pela constante falta do líquido, explicou que o problema estava no “maquinismo” e no encanamento. A empresa prometia resolver o problema se o governador se dispusesse a auxiliá-la.

Novo projeto

Em novembro de 1937, o prefeito de Maceió, Eustáquio Gomes de Mello, divulgou o relatório elaborado pelo diretor do Departamento de Obras Públicas do município, A. da Rocha Agra, sobre o abastecimento d’água de Maceió (Jornal de Recife de 21 de novembro de 1937).

O serviço funcionava somente por algumas horas durante o dia e a falta de pressão no encanamento deixava “infiltrar água suja e infeccionada do solo por dentro dos canos” onde houvesse vazamento. Era para ele um sistema condenado.

Ladeira do Brito em 1949 durante a instalação da rede de água de Maceió

Outro problema identificado foi a presença de sais de ferro nas águas nascidas na proximidade de Maceió, que levava a decomposições internas nos canos dos reservatórios e o consequente depósito desse material, provocando na água “aspecto nojento e gosto desagradável”. A acidez da água atacava os encanamentos causando rupturas.

Recomendava também a substituição do sistema de medição da água por meio de penas por não funcionar corretamente com a variação da pressão da água ou entupimento dos finos orifícios. Indicava a adoção de hidrômetros.

Avaliava que o sistema de distribuição não atendia mais as necessidades por ter sua origem muito distante dos ramais de distribuição e dos centros de consumo: “Há uma sobrecarga da linha transmissora principal, resultando grandes perdas de pressão”.

Constatava que a única linha principal já estava bastante obstruída por impurezas e que não recomendava a limpeza por interromper por longo tempo o fornecimento d’água, “visto que esta linha na maior parte da sua extensão, coincide com o traçado da linha de bondes para Bebedouro”.

Criticou o antigo projeto por não intercalar reservatórios na linha transmissora principal, o que permitiria manter a pressão nos ramais. Não indicava a reforma deste sistema, mesmo que se tivesse muito capital para investir.

Identificava também que seria quase impossível esterilizar a água sem uma filtragem preliminar por requerer grande quantidade de “matéria estilizadora”.

Sem pressão normal e água limpa, não haveria como dosar ou medir o fornecimento para cada unidade de consumo. Nem as penas d’água e nem os hidrômetros conseguiriam funcionar sem as melhores condições da água.

No seu projeto para o futuro abastecimento da capital, o bairro do Farol seria o ponto central de distribuição por estar situado numa cota de 50 metros acima do nível do mar.

Um reservatório seria instalado na Praça São Gonçalo com capacidade aproximada para 20.000 metros cúbicos, munido com dispositivo de extração de ferro, decantação, filtração, desacidulação e esterilização da água.

Deste reservatório partiriam as linhas de distribuição com ramais para Mangabeiras-Poço, Jaraguá-Pajuçara, Maceió (Central da Rua do Comércio até a Rua do Macena), Maceió (Central da Rua do Macena até a Great Western), Levada Leste e Levada Oeste.

O Farol seria abastecido a partir do reservatório de concreto armado existente no Alto da Boa Vista, recebendo água já beneficiada, por uma estação de bombas colocada na estação central de distribuição, fornecendo água diretamente no encanamento mestre do bairro. O reservatório de concreto armado funcionaria como compensador e uniformizador de pressão.

Esta estação central de distribuição do Farol seria alimentada por uma nova linha de transmissão diretamente conectada as bombas do Cardoso. A tubulação seria de 18 polegadas de diâmetro.

Após iniciar o funcionamento desta nova linha, seria arrancada a antiga de 14 polegadas da Cambona. Depois de receber limpeza, voltaria a ser instalada ao lado da nova, servindo como linha de reserva.

As águas do riacho Luiz da Silva seriam conduzidas diretamente para a estação de bombas do Cardoso.

A reforma dos ramais seria realizada um a um, comprando-se tubos novos para substituir o primeiro reconstruído e nos seguintes serão utilizados os materiais recuperados do ramal anterior.

Todas as instalações reconectadas aos ramais recuperados deverão receber água medida por hidrômetro.

Este projeto foi abandonado e em 1938 a Prefeitura de Maceió contratou a elaboração de um novo projeto de água e esgoto com o escritório do engenheiro Saturnino Brito.

Em 2 de setembro de 1938, Eustáquio Gomes de Melo viajou para o Rio de Janeiro em busca de recursos para implementar esta proposta. Politicamente para ele seria um grande feito realizar as obras programadas.

Voltou a Maceió no dia 30 de setembro anunciando que havia conseguido com o governo Federal um empréstimo de 12.000 contos de réis para os serviços, que seriam executados sob a orientação do engenheiro Francisco Saturnino de Brito Filho, que administrava o escritório herdado de seu pai, um renomado engenheiro.

No dia 13 de julho de 1939, o escritório técnico Saturnino de Brito entregou à Prefeitura de Maceió “os estudos realizados para o abastecimento d’água e rede de esgoto desta capital, com interessantes sugestões”, publicou o Diário de Notícias (RJ) de 14 de julho de 1939.

Foi esse projeto que permitiu construir o reservatório de concreto armado ao lado do Parque Gonçalves Ledo.

Construção da Estação de Tratamento de Água do Cardoso em Bebedouro entre 1950 e 1952

Em 27 de março de 1940, o serviço continuava sendo explorado pela Companhia das Águas e naquela data o interventor assinou decreto concedendo empréstimo de 200:000$000 para a aquisição de material necessário para melhorar o abastecimento d’água da capital. Esse mesmo decretou autorizou o aumento para 2$000 o custo da pena d’água.

No ano seguinte, o interventor major Ismar de Góis Monteiro autorizou os estudos para sanear Maceió, que era então a única capital a não ter esse serviço. Foi aberta a concorrência.

Ainda em 1941, Ismar afirmava sobre o abastecimento d’água que a renda do sistema não ultrapassa os 600 contos por ano.

Estatização do serviço

Depois de anos de indefinições dos projetos e responsabilidades sobre o serviço de abastecimento d’água e saneamento de Maceió, no dia 3 de outubro de 1941 o interventor Ismar de Góis Monteiro decretou a desapropriação de vários imóveis e da Companhia das Águas de Maceió, declarando-a de utilidade pública.

Com esta medida, o Estado de Alagoas assumia a exploração dos serviços e preparava a “construção dos serviços de águas e esgotos, que vêm sendo objeto de apurados estudos por parte do governo do Estado”, informou o Diário de Notícias de 4 de outubro de 1941.

Em 14 de janeiro de 1942 soube-se pelo Diário de Notícias que a Companhia das Águas teve suas ações adquiridas pela Secretaria da Fazenda à razão de 66$666 réis cada uma.

Oito dias depois a empresa reuniu sua assembleia geral e aceitou por unanimidade a proposta de compra das ações. O liquidatário da empresa foi Damário Sousa e o Conselho Fiscal foi constituído por Luiz Calheiros, Tércio Wanderley e Manoel Oliveira Bastos.

Após assumir o serviço, o governo publicou, no Diário Oficial de 3 a 5 de julho de 1942, edital de concorrência pública para a adjudicação do serviço de água e esgoto da cidade de Maceió.

No dia 18 de abril de 1943, o engenheiro Henrique Novais chegou a Maceió, enviado pelo diretor do Departamento Nacional de Saúde, para iniciar o planejamento.

Caixa d’água do Alto de Santa Terezinha

Em janeiro de 1945, Ismar de Góis Monteiro esteve no Rio de Janeiro para negociar empréstimo de 20 milhões cruzeiros com o Banco do Brasil, após autorização do presidente da República, com o objetivo de iniciar as obras de melhora no abastecimento d’água e na montagem da rede de esgotos da capital alagoana.

“O projeto é do engenheiro sr. Saturnino de Brito, que no assunto é, como todos sabem, uma autoridade”, explicou o interventor ao repórter do Diário da Noite.

Ismar foi afastado do poder em 10 de novembro de 1945 e em seu lugar assumiu, por apenas um mês, seu irmão e adversário político Edgar de Góis Monteiro.

Em 19 de dezembro de 1945 a interventoria foi repassada para Antônio Guedes Nogueira, que foi o responsável pela assinatura do contrato com Saturnino de Brito.

Foi na gestão de Guedes Nogueira, quando Frederico Esperon era o Superintendente do Serviço de Águas e Esgotos de Maceió, que foi inaugurado o poço tubular da Pajuçara e os serviços de manutenção no Açude do Cardoso.

Material de propaganda divulgado em setembro de 1946 anunciava que estas melhorias elevariam a oferta d’água para três milhões de litros, o que era um incremento respeitável, considerando que dez anos antes se fornecia somente quinhentos mil litros diários.

Em janeiro de 1947, Guedes Nogueira publicou no Diário Oficial (nº 9.510, de 1º de janeiro, páginas 15 a 22) edital de concorrência pública para fornecimento de material destinado aos serviços de água e esgoto da cidade de Maceió.

O próprio escritório Saturnino de Brito, que elaborou o projeto, foi quem publicou no Rio de Janeiro essa informação, colocando à disposição dos interessados exemplares do órgão oficial do governo alagoano. A empresa tinha sede na Rua Araújo Porto Alegre, nº 64, 10º andar.

Somente em fevereiro de 1947 foi que governo contratou com Francisco Saturnino de Brito Filho a primeira etapa dos serviços para a melhoria do sistema.

Obedeciam ao plano elaborado pelo governo anterior, de Antônio Guedes Nogueira, que foi interventor de 19 de dezembro de 1945 a 29 de março de 1947.

O Plano previa três etapas.

A 1ª era: melhorar a captação dos mananciais Cardoso e Luiz da Silva, implantar poços para a captação de águas subterrâneas nesses mesmos locais, garantindo o abastecimento da capital por mais 12 anos.

2ª – captação do Catolé e ampliação dos filtros, decantadores, complemento da rede de distribuição e execução dos distritos nº 1 e 2 dos esgotos de depuração.

3ª – construções de futuro mais remoto.

A despesa prevista para a primeira etapa era de Cr$ 20.000.000,00. Esse recurso foi tomado emprestado ao Banco do Brasil pelo Estado.

Saneamento de Maceió em 1954

Silvestre Péricles faz história

Logo após 29 de março de 1947, data em que Silvestre Péricles assumiu o governo, o deputado estadual constituinte Aurélio Vianna passou a colocar dúvidas sobre o contrato assinado por Guedes Nogueira meses antes.

Américo Melo, representante da Companhia Metalúrgica Barbará, foi mais além: procurou o governador eleito e apresentou uma reclamação para anular o contrato com o escritório de Saturnino de Brito.

Silvestre consultou o dr. Afrânio Jorge, secretário da Fazenda, que deu parecer favorável à reclamação.

Desconfiado que poderia haver algum componente político interferindo na análise realizada pela Fazenda, solicitou estudo mais aprofundado do caso e chegou à conclusão de que as acusações não procediam.

Com base nestes mesmos estudos e com o parecer do engenheiro Jaime Fonseca, assistente do Estado na Comissão de Saneamento de Maceió, o governador orientou que o projeto inicial sofresse mudanças substanciais no programa das obras estabelecido no contrato de fevereiro de 1947.

Assim, em março de 1948, Silvestre fez constar um termo aditivo colocando como primeira etapa a solução Catolé.

Aproveitou para criticar seu antecessor, Guedes de Miranda. Tratando sua gestão como “desgoverno”, estranhou que tivessem aceitado uma obra de vulto para 12 anos apenas, “quando qualquer primário de administração não ignora que, pelo menos, deve ser antevista uma geração — 25 anos — para tal empreendimento”.

As obras do novo projeto somente foram possíveis porque o industrial Othon Lynch Bezerra de Mello doou as terras da bacia do ribeirão Catolé e riacho Aviação. A faixa de terreno do aqueduto, que se estendia por toda a extensão da propriedade de Othon Bezerra, foi vendida subvalorizada ao Estado por Cr$ 1.200.000,00.

A gratidão de Silvestre Péricles por este gesto foi tal que quando Othon Bezerra faleceu, ele mandou erguer um monumento na entrada de suas antigas terras.

Como a energia elétrica fornecida pela Companhia Força e Luz do Nordeste era insuficiente para manter o sistema em funcionamento, foi adquirido um Grupo Diesel Elétrico nos EUA. Tinha a capacidade de 600 hps e custou Cr$ 1.130.100,00.

O novo plano previa que com o Catolé, Maceió teria garantido o seu abastecimento por 55 anos. Se considerasse mais alguns ajustes nas obras e levasse em conta as águas do riacho Aviação, as reservas médias dos riachos Luiz da Silva e Cardoso, além das pequenas reservas dos riachos Braço Frio, Carrapato e Goiabeira, todos na linha da rede do aqueduto do Catolé, estimava-se que o abastecimento poderia funcionar por até 100 anos.

Nesse período foi erguida a Caixa d’Água da Rua Cap. Samuel Lins. Antiga Rua da Frente e atual Mirante de Santa Terezinha.

Em 1949, o governador Silvestre Péricles criou a autarquia Serviço de Água e Esgoto de Maceió (SAEM). Concluiu a primeira Estação de Tratamento de Água no bairro de Bebedouro e parte do sistema Catolé, que somente foi inaugurado no início de dezembro de 1950. Foi montado pelo engenheiro Francisco Saturnino de Brito Filho, auxiliado pelos também engenheiros Floro Dória e Jarbas Mesquita.

Sobre o SAEM, Silvestre explicou em entrevista concedida ao Diário de Pernambuco de 23 de março de 1949 que reconhecia a importância dos trabalhadores e que cumpria disposição constitucional estabelecendo em regulamento a participação deles nos lucros da empresa.

O pleno funcionamento do Serviço de Águas e Esgotos de Maceió, com o sistema Catolé/Cardoso, foi inaugurado no sábado, dia 2 de dezembro de 1950. Silvestre ainda era o governador, mas já tinha visto dias antes o seu candidato ser derrotado por Arnon de Melo. Seu discurso no evento foi de ressentimentos.

Nesse período também entrou em funcionamento a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cardoso, localizada no bairro Bebedouro.

Parte da vazão do riacho Catolé, utilizando a gravidade, é conduzida por um aqueduto com 13km de comprimento até a estação de tratamento do Cardoso.

Construção da caixa d’água do Reservatório R-4 do Sistema Pratagy em 1984

Em 4 de setembro de 1951, o Estado, já então governado por Arnon de Melo, contratou empréstimo de 5 milhões de cruzeiros para serem aplicados na instalação de mais 3.000 derivações do serviço de suprimento domiciliar de água em Maceió e para concluir a estação elevatória de esgotos.

Arnon de Melo, no ano seguinte, utilizou os jornais a seu serviço para criticar os investimentos de Silvestre, acusando-o de ter beneficiado somente a “alta burguesia”. “Chegando ao governo o sr. Arnon de Melo resolveu dar, efetivamente, o que antes apenas se alardeava: água pura e saneamento para a capital”, propagandeava um jornal.

No dia 24 de julho de 1952, o governo conseguiu mais um empréstimo no Banco do Brasil. Desta feita de Cr$ 35.000.000,00 e destinado a instalar o saneamento da capital e a estender o fornecimento de água para “os bairros pobres da cidade”. Arnon de Melo contratou para executar estes serviços o mesmo escritório de Saturnino de Brito.

Em agosto de 1953, o saneamento estava sendo instalado com a construção do coletor geral com três quilômetros. Naquela data 250 operários já tinham instalado 800 metros, parte no Prado e parte na Av. General Hermes.

Para receber os esgotos de Jaraguá, Pajuçara e Poço seria construída uma estação elevatória com bombas elétricas na Praça 13 de Maio. O emissário desta estação era em ferro fundido de 350 milímetros e com extensão de 1.100 metros.

O coletor geral teve sua instalação concluída em março de 1954, quando foi inaugurado. Havia então a expectativa de se concluir a rede secundária em outubro daquele ano.

A inauguração desta rede ocorreu somente às 9h30 de 29 de janeiro de 1956, quando o governador Arnon de Melo entregou também à população o tráfego em 153 quilômetros de estradas pavimentadas e o edifício da Escola Normal.

Arnon ampliou a rede de abastecimento d’água em mais 40 quilômetros, construiu dois reservatórios para 2,25 milhões de litros e instalou 57 chafarizes. Existiam somente 13. A água que era vendida por um cruzeiro a lata, passou a custar para o consumidor apenas 10 centavos por quatro latas. Isso elevou o consumo, que era de dois milhões de litros por ano, para cinco milhões.

A inauguração parcial das obras realizadas por Arnon de Melo não colocou em funcionamento o sistema de saneamento de Maceió e em outubro de 1957 ele acusava o governador Muniz Falcão, que o sucedeu dois dias após o ato inaugural, de não se dispor a “tomar providências que permitam fazer as ligações domiciliares”.

CASAL

No final da década de 1950, o SAEM passou a ser dirigido pelo Departamento de Água e Esgoto, órgão da Secretaria de Viação e Obras do Estado de Alagoas responsável pela coordenação das ações do governo voltadas para o abastecimento d’água no Estado.

Foi o DAE quem construiu, entre 1960 e 1961, vários sistemas de abastecimento d’água no interior.

Durante o governo do major Luiz Cavalcanti, em 1962, foi extinto e constituída a Companhia de Abastecimento D’Água e Saneamento Básico do Estado de Alagoas. Fazia parte da Administração pública estadual por determinação da Lei Estadual nº 2.491, de 1º de dezembro de 1962, e pela Lei nº 2.557, de 21 de junho de 1963.

Vinculada à Secretaria de Estado da Infraestrutura por disposição da Lei Delegada nº 43, de 28 de junho de 2007, assumiu os serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Alagoas.

O SAEM somente foi incorporado pela CASAL em abril de 1970, por imposição do Decreto nº 1.753.

Em 2006, a CASAL passou a se chamar Companhia de Saneamento de Alagoas e desde 2004 passou a ter a concessão para prestação do serviço público de água e esgoto com o município de Maceió por 30 anos.

Financiamentos

Como resultado do interesse do governo federal graças às articulações do governador Luiz Cavalcante, em julho de 1963 a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development), mais conhecida como USAID, entregou ao Estado de Alagoas 25 milhões de cruzeiros para melhorar o sistema de abastecimento de água de Maceió.

O investimento fazia parte do programa Aliança para o Progresso e foi anunciado como capaz de aumentar de 76 mil para 110 mil o número de habitantes beneficiados. O projeto que viabilizou esse recurso foi apresentado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID.

Maceió tinha uma população de 153.734 habitantes e o SAEM oferecia 26.000 metros cúbicos de água. O esgotamento sanitário atendia somente a 22.500 habitantes, principalmente nas zonas comerciais.

A USAID depositou mais 25 milhões de cruzeiros e o Serviço de Águas e Esgotos de Maceió investiu 230 milhões de cruzeiros nas obras.

Emissário Submarino de Maceió

Novos investimentos federais desembarcaram em Alagoas no mês de janeiro de 1969. O Estado foi incluído no programa para abastecimento d’água elaborado pelo Ministério da Saúde. No total, a União disponibilizou 100 bilhões de cruzeiros antigos para beneficiar 148 cidades de 15 estados do país.

Em Alagoas foram beneficiados os municípios de Delmiro Gouveia, Marechal Deodoro, Penedo e São José da Laje.

Ainda em setembro de 1969, Lamenha Filho conseguiu NCr$ 330.000,00 para Secretaria de Viação e Obras Públicas investir na melhoria do abastecimento d’água da capital.

No ano seguinte, novos projetos em busca de recursos para melhorar a rede de esgotos e ampliação do sistema de abastecimento d’água de Maceió chegaram à SUDENE.

Para captar investimentos foi criado o Fundo de Água e Esgoto de Alagoas em março de 1970. Nesse mesmo ano conseguiu junto ao Banco Nacional de Habitação Cr$ 38.383.120,00 para o Programa Estadual de Saneamento.

Para Maceió foram destinados Cr$ 9.048.000,00, o que permitiu o crescimento da rede de distribuição d’água em 110%. A rede de esgotos passou a ter 44.898 metros em 1970.

A partir de 1971, novos recursos vieram com a criação do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA), permitindo a ampliação das redes de abastecimento de água da cidade de Maceió.

A rede de abastecimento d’água Maceió tinha atingido, em 1970, 200 km e a rede de esgoto, 40 km.

Dois anos depois, a água de Maceió passou ser fluoretada como medida preventiva no combate à cárie dentária.

No início de abril de 1972, o sistema da CASAL foi ligado a nova adutora do Cardoso. Durante aquele ano foram perfurados quatro poços tubulares e quatro estratigráficos na área da estação de tratamento do Cardoso.

A rede de esgotos de Maceió foi ampliada em 45 km, atendendo a oito mil ligações residenciais.

Coube ao engenheiro Vinicius Maia Nobre, que era o secretário de Viação e Obras Públicas, entregar a mais importante obra do novo sistema: o trecho em sifão do aqueduto Catolé-Cardoso, com a recuperação da Estação de Tratamento.

Em março de 1976, o governador Divaldo Suruagy anunciou que dentro do programa de obras da CASAL merecia destaque a ampliação da rede esgotos e do sistema de águas de Maceió. “Os maiores reservatórios do Nordeste estão sendo construídos aqui. Noventa e oito milhões de cruzeiros estão sendo investidos. Dentro de alguns meses os trabalhos estarão concluídos e, desejamos, satisfeitos os maceioenses”. (Diário de Pernambuco de 28 de março de 1976).

Ainda fevereiro de 1977, a falta d’água continuava a incomodar a população, ao ponto do diretor de Planejamento e Obras da CASAL, Edler Lins, ter afirmado para o Diário de Pernambuco de 12 daquele mês: “nem Jesus Cristo pode dizer quando será solucionado em definitivo o problema do abastecimento de água em Maceió e outras cidades alagoanas”.

Criticou as gestões anteriores por garantir que se teria água até o ano 2.000. Explicou que o atraso no cronograma das obras devia-se a demora na entrega dos equipamentos por parte dos fabricantes de São Paulo.

Pelo depoimento do dr. Vinicius Maia Nobre em seu livro “Paixão Incalculável”, os obstáculos foram superados e ainda em 1977 foi concluída a ampliação, com Maceió passando a ter uma rede de distribuição duas vezes maior que a anterior. A capacidade de armazenamento em caixas d’água foi triplicada e a produção de água potável cresceu em duas vezes e meia após entrar em funcionamento a bateria de poços tubulares.

Nesse período, Maceió ganhou também seu emissário submarino e novos investimentos no esgotamento sanitário e no abastecimento d’água.

Século XXI

Com Maceió se consolidando como uma “cidade grande” e como houve uma interrupção dos planos nacionais para esta área, incluindo ainda o fim do Banco Nacional de Habitação (BNH), que foi extinto em 1986, não demorou a se agravarem os problemas por falta de investimentos nestes serviços.

Maceió entrou no século XXI utilizando quatro grandes sistemas de abastecimento d’água.

Três destes exploram os mananciais superficiais dos riachos Catolé, Aviação e Pratagy. O outro, formado por poços profundos, funciona isoladamente ou conectado aos três sistemas anteriores.

O sistema Fernão Velho, de manancial superficial, é isolado. Distrito Industrial, José Tenório Lins e Riacho Doce utilizam poços profundos para a captação de água.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) de 2017, o sistema de abastecimento de água potável de Maceió atendia a 91,6% da sua população, entretanto, apenas 30,9% da população da capital recebia atendimento de coleta de esgoto, e 31,5% dos esgotos de Maceió são tratados.

A retomada de investimentos passou a acontecer a partir de 2019, quando a CASAL anunciou que havia recebido aproximadamente R$ 500 milhões do Governo do Estado para ampliar a cobertura de esgotamento sanitário de Maceió, beneficiando 360 mil pessoas, elevando a cobertura para 70%.

As obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário do Tabuleiro do Martins/Benedito Bentes e do sistema do Farol e bairros adjacentes já foram iniciadas.

Privatização

Poucos dias antes de completar 150 anos de funcionamento, o sistema de abastecimento de d’água da capital voltou a ser explorado por uma empresa privada.

Esse processo teve início no leilão realizado no dia 30 de setembro de 2020, autorizado após a aprovação, em julho de 2020, do Marco Legal do Saneamento Básico.

Alagoas foi dividida em três blocos de municípios e a empresa BRK Ambiental, controlada pela canadense Brookfield, pagou R$ 2 bilhões pelas áreas urbanas de treze municípios da Região Metropolitana de Maceió: Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba, que eram operados pela CASAL e atendem a 1,5 milhão de habitantes.

Atalaia, Barra de Santo Antônio e Marechal Deodoro, que tinham o serviço controlado por autarquias municipais (SAAEs), também tiveram seus serviços entregues à BRK. As áreas rurais não entraram na concessão.

A CASAL continuará a existir e será responsável por fornecer a água tratada à BRK Ambiental, que a redistribuirá aos municípios que eram operados pela companhia alagoana.

Nas cidades de Atalaia, Barra de Santo Antônio e Marechal Deodoro, a BRK também assumirá a captação de água.

A empresa controlada por capital canadense ficará também responsável pela coleta e tratamento dos esgotos nos municípios do seu bloco.

O contrato de concessão da Casal foi assinado no dia 18 de dezembro de 2020. A partir de então teve início a transferência da exploração dos serviços de água e esgoto, por 35 anos, para a BRK. A empresa investirá R$ 2,6 bilhões em infraestrutura, sendo que R$ 2 bilhões já nos seis primeiros anos.

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Continuação de História da implantação do abastecimento de água potável em Maceió II. (AQUI)

E de História da implantação do abastecimento de água potável em Maceió I. (AQUI)

7 Comments on História da implantação do abastecimento de água potável em Maceió III

  1. Vinícius Maia Nobre // 8 de fevereiro de 2021 em 21:52 //

    Magnífico o relato histórico da implantação dos equipamentos básicos na montagem dos serviços de saneamento dê Maceió . Para todos nós ambientalistas só descansaremos quando o Vale do Reginaldo estiver saneado livrando-nos da poluição no Salgadinho e consequentemente na praia urbana mais linda do Nordeste !

  2. Trabalho perfeito!

  3. Amei saber da história das águas do meu Estado meu marido trabalhou nesta companhia por 30 anos.

  4. Vinícius Maia Nobre // 9 de fevereiro de 2021 em 11:03 //

    Acrescento ao relato da odisseia sobre a implantação dos serviços de abastecimento d’água para Maceió o nome de um engenheiro que era vivo na época Karl von Terzaghi, austríaco reconhecido como o pai da mecânica dos solos e da engenharia geotécnica. Desde o começo de sua carreira dedicou seus esforços visando buscar um método racional que resolvesse os problemas relacionados com a engenharia de solos e fundações. Sim, essa ciência estaria auxiliando na época da construção do aqueduto
    O solo para assente era de baixíssima resistência mas assim mesmo fizeram-no sobre estacas de concreto armado pré-moldadas com comprimento de 12m a qual uma simples sondagem geotécnica revelaria a inadmissibilidade da solução! As estacas metálicas do novo aqueduto chegaram atingir 55m sendo considerada uma das mais profundas do mundo !
    Dizem que Silvestre ao visitar a obra notou que o aqueduto se inclinava na direção da lagoa e que o empreiteiro fugiu com medo! Um novo aqueduto foi projetado e a água para 100 anos foi reduzida para 20, já no governo Afrânio Lages quando foi construído em 1972.

  5. NELIA HENRIQUES CALLADO // 17 de agosto de 2021 em 20:26 //

    EXCELENTE TRABALHO DE RESGATE DA HISTORIA DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE MACEIÓ. SENTI FALTA DAS REFERENCIAS, OU SEJA, DA FONTE DAS INFORMAÇÕES, ASSIM COMO TAMBÉM DA IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR DO TEXTO!

  6. O autor é o jornalista Edberto Ticianeli e as principais fontes foram jornais da época e os relatórios dos presidentes da Província e dos governadores.

  7. Manfred Boß // 13 de janeiro de 2023 em 07:15 //

    Alguém pode me falar algo sobre o engenheiro Harry SKINNER, que foi nomeado no início da História da implantação do abastecimento de água potável em Maceió III?
    Estou escrevendo uma biografia sobre ele

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