Félix Lima Júnior e o encontro com o diabo
Publicado no Diário de Pernambuco de 5 de março de 1950 com o título "Encontro com o diabo"
Félix Lima Júnior
*Publicado no Diário de Pernambuco de 5 de março de 1950 com o título “Encontro com o diabo”.
Maceió, fevereiro — Não sei bem porque jamais acreditei em fantasmas, visagens, coisas feitas, changô, candomblés, macumbas, baixo espiritismo. Nem em despachos, sonhos, promessas, pragas, histórias de dinheiro enterrado, aparições, almas do outro mundo, encontros com o diabo em sextas-feiras de agosto, nada disso! Eu era como São Tomé. Como São Tomé, não! São Tomé, afinal, acreditava no que via. E eu, muitas vezes, deixei de crer, no que estava vendo, fingindo que não via, aqui para nós, somente para não dar o braço a torcer.
Em muitas ocasiões, deparando certos casos e ouvindo rumores suspeitos, que não podia compreender, notando coincidências que abalavam a minha descrença, nada dizia aos parentes e aos amigos para que eles não me ridicularizassem ou cantassem vitória. Ficava, porém, a me lembrar das palavras de Hamleto a Horácio, citadas por Machado de Assis n’A Cartomante: “Há mais coisas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia”.
Ficava abalado apenas alguns dias. E voltava logo a pensar que tudo cessa desde o momento em que fechamos os olhos para sempre. E repeti muitas vezes a afirmativa do velho panfletário Coelho Cavalcanti: “os mortos, mortos são. Só o que renasce é pata de caranguejo”.
Passei, desacompanhado, em frente a cemitérios, alta madrugada; entrei em igrejas antigas, nas quais estavam enterradas muitas pessoas, isso sozinho, de noite, no escuro; percorri o convento dos Franciscanos em Penedo, à margem do rio São Francisco; tentei visitar um outro subterrâneo de convento antigo em Olinda, onde dizem, os frades enterravam riquezas, quando da invasão holandesa. Jamais encontrei joias, moedas ou almas penadas. O que eu vi foi morcego como o diabo; o que eu ouvi foi o barulho dos ratos correndo à minha aproximação…
Em 1920, em fins de setembro, eu estava numa situação muito difícil, que narro aqui, em confiança, pedindo absoluta reserva. Por favor não contem a pessoa alguma o que me aconteceu, pois o presidente da companhia da qual eu era caixa, naquele tempo, ainda está vivo e pode modificar, assim, o juízo que fazia de mim, julgando-me como me julgava, funcionário exemplar, inimigo do jogo, bebidas, mulheres e outras fontes de alegria deste mundo triste.
Em julho do referido ano fui convidado a tomar parte num poker, joguinho barato, coisa íntima, em casa de amigos, na Pajuçara. Recusei, pensando, de mim para mim, que cartas e baralhos nunca botaram ninguém para diante. Eu já tinha visto muita gente arruinada, desgraçada, por causa do jogo. O que eu nunca vira fora uma só criatura que tivesse prosperado com ele.
Tornei a receber novos convites, insistentes. Certa tarde de domingo em que não havia jogo de futebol e em que eu não ia ao cinema Floriano, pois já assistira, no Recife, dias antes, o filme que estava sendo exibido naquela casa de diversões, resolvi aceitar o convite do meu amigo e fui até a casa onde se realizava o jogo. Antes, porém, por precaução, avisei-o:
— Olhe, “seu” Aguinaldo, o regulamento da companhia proíbe terminantemente qualquer funcionário jogar. E quem for suspeitado será demitido sumariamente. Lembre-se de que estou noivo e não quero complicações.
Ele me tranquilizou:
— Quem joga lá na Pajuçara são quatro ou cinco amigos de toda a confiança, gente discreta, de responsabilidade. Mas, por segurança, eu avisarei particularmente a cada um deles para não tocar no seu nome, nem de leve. Pode ficar descansado.
A casa onde se jogava ficava na praia, olhando para o coqueiral da Ponta Verde. O jogo era realizado na sala de jantar ou no quintal, numa mesinha colocada embaixo de uma mangueira. Vez por outra um empregado trazia “whiskey” com água de coco ou cerveja, tudo bem gelado. Uma delícia!
Eu estava encantado. Os parceiros do jogo eram conhecidos: Carlos Rocha, com a esposa dona Ester, moça distinta, alegre, possuidora de completo repertório de anedotas, que sabia contar com muita graça; Mauro Alencar e dona Didi, casal feliz, ambos conhecedores profundos de todos os jogos inventados até agora, do bicho ao bacarat, do 7 e meio ao chemin du fer; Jorge Ramos, solteirão sempre acompanhado da irmã, dona Lourdes, uma viúva encantadora (eu não digo que era uma viúva para não brigar com a família…) que bebia “whiskey” com soda como eu tomo água gelada em tempo de calor; o dono da casa, dr. Pedrosa, fiscal de consumo, viúvo, com duas filhas moças, Olga e Maria Vitória, bonitonas, alegres, educadas, sabendo receber fidalgamente os amigos do pai.
Infelizmente só muito tarde, quando não havia mais remédio, foi que vim a saber que Maria Vitória, com sua carinha de santa e aquelas delicadezas raras, que prendiam a todo o mundo, era na realidade uma piratona tendo depenado uma porção de patos ao poker, em que era perita. Na semana anterior àquela em que eu tivera a triste ideia de ir à sua casa, ela, sorrindo como a primavera de Boticelli, tirara, calmamente, mais de 5 mil cruzeiros de um idiota como eu, que se deixara embrulhar, tal qual um tabaréu. Mas esse trouxa, o Paulinho Brandão, era filho de um usineiro de Camaragibe e podia perder os cobres. O pior é que o pai dele, quando soube da história, mandou buscá-lo e trancou-o na usina uma porção de meses…
Comecei a jogar. Jogo fraco, perdendo pouco, ganhando pouco também. Só para distrair, dizia o dr. Pedrosa, acendendo o charuto. Pretexto apenas para reunir o grupo de amigos inteligentes, para conversar — confirmava a Olguinha, cujos olhos verdes, tão verdes como as águas da enseada da Pajuçara, andavam dando dor de cabeça em muita gente.
No começo de outubro verifiquei que tinha estado sem sorte, pois perdera mais de 1.400$000. Mas é assim mesmo, pensei. Na próxima semana tirarei a desforra. Dentro de poucos dias, porém, perdi mais 2.000$000. Diabo! Eu estava caipora. E passados alguns dias, tentando reaver o prejuízo, meti-me em funduras e lá se foram, numa noite, 4.700$000, que fiquei devendo sob palavra.
Para pagar a dívida, no outro dia e poder jogar à noite, fui forçado a tirar 8.000$000 da caixa da companhia. Não era possível conseguir dinheiro emprestado, assim, de repente, e eu precisava reaver o que perdera.
Não é que eu estava mesmo sem sorte! Parecia urucubaca e da miúda. Maria Vitória, com aqueles olhos lânguidos e doces como os do Fiel, de Guerra Junqueiro; dona Didi, discutindo futebol, entusiasmada com o Clube de Regatas Brasil que vencera o Centro Esportivo Alagoano; dona Ester, contando anedotas, algumas bem apimentadas, iam me tirando o dinheiro… Quando, em meados de dezembro, ao aproximar-se o fim do exercício, dei um balanço no caixa, quase enlouqueci! Faltavam 37.585$000.
Eu estava desgraçado e somente um tiro na cabeça resolveria a situação! Perdi o controle. Resolvi suicidar-me. Alegando precisar matar formigas que estavam me cortando uma cajaraneira no quintal, comprei uma lata de Tatu; faltou-me coragem a última hora, para ingerir o formicida. Tentei enforcar-me mas não tive ânimo. Peguei no revólver e não pude detonar a arma.
Passei a trabalhar preocupado, aflito. Em poucos dias fiquei magro, pálido, nervoso, distraído, esquisito. No escritório tinham notado, a minha mãe, em casa também indagara o que é que havia comigo. Eu ficava parado, às vezes, olhando para o forro da casa, sem saber o que estava fazendo. E apesar de ter tentado mais de uma vez, não consegui obter, por empréstimo, no Banco de Alagoas ou na Caixa Comercial, nem a quarta parte do dinheiro que perdera e precisava repor, dentro de poucos dias, antes que a bomba estourasse.
Na casa da noiva, onde eu não aparecia há muito tempo, havia desconfiança e um reboliço dos diabos… Uma noite, afinal, acanhado, fui até lá desculpar-me, como das outras vezes, dizendo que aparecera mais por estar fazendo serão, no escritório, para acertar umas contas. Ela explodiu:
— Por Nossa Senhora do Livramento não me fale em serão! Já estou cansada de ouvir as histórias que você inventa ultimamente! Ainda ontem à noite a Calusinha, mulher do seu colega Heráclito, disse a mamãe que há mais de seis meses não se trabalha de noite na companhia…
Foi uma danada! Por essa não esperava eu… Fui pegado em flagrante e nessas ocasiões o melhor recurso é fazer barulho… Quando não se tem razão e nem se pode responder certas perguntas uma arrelia bem feita resolve a situação. Dona Maria Augusta, minha futura sogra, uma velha com cara de poucos amigos e que não simpatizava muito comigo, foi se aproximando, certamente para apoiar a filha. Aproveitei e antes que ela pedisse a palavra gritei, afobado, fingindo-me mais colérico do que estava:
— Não estou mais disposto a suportá-las, ouviram! Vou-me embora e nunca mais porei os pés nesta casa. Sirigaita, ciumenta! Velha cretina e mexeriqueira!
Saí apressado, pois ouvira, na sala de jantar, um corre-corre e bem poderiam surgir na arena os meus dois “futuros cunhados”, rapazes fortes e dispostos que certamente, não ficariam alegres e satisfeitos sabendo que a sua respeitável genitora fora classificada mexeriqueira e cretina…
Passei a noite em claro. No outro dia, mal tomei café, fui trabalhar. Estava completamente desorientado, sem poder raciocinar, mas compreendi que minha vida estava desmantelada. Eu tinha de resolver, arranjar o dinheiro ou dar um tiro na cabeça.
À tardinha, quando deixei o escritório, quem é que eu encontrei? O Aguinaldo, alegre, cheio de vida. Estava vestido numa roupa bem talhada, de casimira inglesa, cinza escura, gravata azul marinho, pérola, sapato de verniz, chapéu novo da cor da roupa, elegante como poucos. Notou logo o meu estado de espírito. Levei-o ao café do Rocha, na rua do Livramento, sentamo-nos junto a uma mesinha das mais afastadas, pedi Martini a uma garçonete e então contei tudo o que me ocorrera. Terminei colérico, roxo de raiva, com vontade de dar-lhe uma surra de pau:
— Você é o culpado de tudo! Foi quem me levou à casa do Pedrosa e arranjou esta enrascada.
Ciente de tudo e calmo, como de costume, ele pensou um pouco e depois de ter tirado mais uma fumaçada do Príncipe de Gales, disse:
— Bem. Só há uma solução para o seu caso! É você acertar num milhar.
Disse isso como se fosse a coisa mais natural do mundo! Acertar num milhar… Julguei que ele estava maluco ou pilheriando e repliquei:
— Você pensa, então, que é somente eu querer acertar no milhar e receber o dinheiro? Se fosse assim todo mundo estaria rico…
Ele olhou bem para mim e indagou:
— Você, de certo, ainda se recorda do Manoel Estevão?
— Lembro-me sim. Era um ricaço que morava no Farol, na rua de Santa Cruz, perto da Igreja dos Martírios. Foi ele quem montou aqui, pela primeira vez o serviço de automóveis de Aluguel.
— Pois o Manoel Estevão, que era pobre, enriqueceu depois que acertou num milhar, ganhando 80.000$000. Quem indicou a milhar foi o diabo. E você pode fazer o mesmo.
Orientou-me, então, quanto às providências que eu deveria tomar. Concordei e fui com ele, na mesma noite, ao Pescoço do Ganso, lá para os lados das Sete Facadas, à casa do Chico Foguinho, xangozeiro famoso, pai de santo mais conhecido em Maceió do que sururu de capote. Encontrei no terreiro iluminado por lampiões de querosene, muita gente fina que não convém citar… E alguns macumbeiros notáveis: o Manoel Inglês, da rua do Verde; “seu” Cosme, preto velho, africano legítimo, que morava na rua do Ceará, nos fundos do Cemitério de Nossa Senhora da Piedade; a Maria Baboré, que mantinha uma sessão de espírito de caboclo na cacimba do Braga, perto do Bomfim. E muitos outros.
Os trabalhos eram dirigidos por uma preta velha, nascida em Angola, a Zefinha Totó, mãe do Vidal, servente dos Correios, vinda da Bahia, a convite de certa família rica, resolver um caso atrapalhado de casamento, segundo me disseram. Possuía ela, na velha cidade de Salvador, dois terreiros concorridos: um perto do Forte de São Paulo, na Gamboa, outro em Itapagipe.
Era uma velha de mais de 90 anos, pequena, corcunda, boca murcha, e uma cicatriz horrenda, deformando a face. Um monstro. Lembrei-me, sem querer, Gaguia, a sinistra feiticeira das “Minas de Salomão”, de Rider Haggard. Era conhecida em todo o nordeste e até no norte, pois, ainda em 1941, fora chamada para fazer um despacho em Piracuruca, no Piauí, e tinha ido até lá. Era uma questão com o prefeito local. O que sei é que o pobre homem, meses depois, foi dar um passeio no Rio de Janeiro e ficou na cidade maravilhosa esmagado por um automóvel…
No fim da invocação a Ogum Taió resolvera meu caso. Custou 500$000. Eu devia ir, numa sexta-feira, à meia-noite, a uma encruzilhada, entre Mangabeiras e a Estrada Nova, levando duas velas de cera, de libra, uma galinha preta, três metros de fita roxa, duas moedas de cobre, um pacote de areia de cemitério novo, encontrar-me com o diabo em pessoa. Devia ir só ou acompanhado de outra pessoa. Mais de uma, não. Assim na encruzilhada o Tinhoso apareceria e diria o milhar. Era somente jogar e livrar-me da trapalhada.
Voltei radiante. Arranjei tudo o que era necessário e numa sexta-feira, às 11 e meia da noite, na companhia do Aguinaldo, saltei do último bonde das Mangabeiras e fomos para o ponto combinado. A noite estava um pouco escura, embora o céu estivesse estrelado. Fiquei rezando uma oração especial que o Foguinho me ensinara e aguardando que o Anjo Mau aparecesse. Eu perguntaria o milhar e estava tudo resolvido…
Quando o sino da Catedral bateu a primeira pancada da meia-noite o Aguinaldo acendeu as velas e ficamos em pé, meio alarmados, medrosos, aguardando o Príncipe das Trevas. Mas ele não apareceu. Passado um quarto de hora eu começara a desanimar quando ouvimos ruídos de patas de cavalo. Meu companheiro, virando-se em direção à cidade, disse radiante:
— Ele vem ali! Vem a cavalo com outro demônio.
Estava escuro é verdade, mas reparando bem vi dois homens a cavalo. Era Satanás e um dos seus ajudantes de ordens. Comecei a tremer. Um suor frio correu pela espinha dorsal! Mal podia me suster nas pernas. Quis abrir a boca, falar, pedir logo o milhar, como me fora recomendado, mas não pude. A língua parecia estar presa. O Aguinaldo esse estava ajoelhado, com uma das velas na mão, rezando não sei o que.
Passou um minuto que pareceu um século. Satanás já devia estar bem próximo. Quando eu ia me virando para pedir o milhar senti uma pancada na cabeça, outra nas costas, e mais outra, e outra mais. O Aguinaldo começou a gritar, creio que levando bordoadas, como eu. Enchi-me de coragem e pedi em voz alta:
— Eu quero a milhar de hoje!
Em lugar do milhar o que veio foi outra pancada terrível, na cabeça, de onde espirrou sangue. Pulei de lado, numa touceira de mussambê e jurubeba e ouvi uma voz conhecida:
— Milhar, heim descarado! Tome outro milhar…
E nova bordoada, dessa vez no ombro. Dei outro pulo e olhei espantado.
Era o Demônio. Era o tenente Ciridião Durval, comandante do esquadrão de cavalaria da Polícia do Estado, que acompanhado de um ordenança andava patrulhando o Poço, a Bomba, o Reginaldo, de espada em punho. Fora atraído na encruzilhada àquelas horas, pela luz das velas que acendêramos.
Eu desmaiei, com o susto ou com as pancadas, não sei bem. Conduziram-me ao Pronto Socorro, onde me oclusaram os ferimentos. Fui para casa, onde cheguei às 3 horas da manhã, e contei a minha mãe, que já estava aflita, com a demora, uma história qualquer, dizendo que tinha caído do bonde das Mangabeiras.
Deitei-me e só de madrugada, quase ao amanhecer, é que dormi. Sonhei que tinha encontrado o Diabo e ele me recomendara jogar no primeiro número que visse.
Acordei às 6 e meia da manhã, ainda meio atordoado, e a primeira coisa em que pus os olhos, ao me levantar, foi numa fatura da companhia, que eu levara para casa a fim de conferir. Era número 6.319, lembro-me bem. Joguei 10$000 e no outro dia estava com 50.000$000 no bolso, dinheiro que o Tavares, da Confeitaria “A Nacional”, o banqueiro de bicho mais forte de Maceió, na ocasião, pagou em notas de 500$000.
Repus o dinheiro, pedi três meses de licença, fui para Garanhuns onde passei esse tempo no Hotel Mota, descansando. Voltei forte, disposto, vendendo saúde.
Continuei a trabalhar e nunca joguei e nem jogarei. Estou cumprindo a promessa feita a Nossa Senhora da Conceição, minha madrinha, e a Bom Jesus dos Martírios. Promessa de não jogar e dar cinco tiros na boca da primeira pessoa que me falar em jogar, seja na casa de quem for…
Muito grato, Ticianeli.
texto sensacional, lembra os de Jô Soares entre os seus melhores publicados.
Gostei demais, me diverti. A gente chamava o seu Félix de ‘tio Baby’, pois ele era tio de minha mãe. Era casado com a irmã de Vovô Judite, mãe de minha mãe. Tio Baby e Vovô Braga Netto eram compadres. Moravam perto, ali no Farol. Eu era menino e gostava quando meu pai ia ouvir as histórias do tio Baby. Sua casa era uma festa, a melhor era a festa de São João, com os bolinhos que a tia Margá preparava. Eita tempo bom, tio Baby, tia Margá, Carlinhos (Cainé), Felix (Bebé, o filho), Luís Fernando (Nenê) e Claudio (Cao). Falar em apelido, o meu era Tagú, porque eu gostava de me esconder. Foi o Dr. Bebé que me apelidou. A maioria ali torcia pelo Fluminense.