Dr. Antônio Gouveia, o médico que deu nome a principal avenida da Pajuçara
Regata da Praia da Pajuçara Foto de Luiz Lavenère
Antonio Francisco de Gouvêa nasceu em Marechal Deodoro no dia 3 de abril de 1863 (ou 6 de abril de 1856), filho de Francisco Severo da Silva Gouvêa e Maria Paula de Gouvêa. Foi encontrado o registro de pelo menos um irmão de nome Manoel Gouveia, que foi comerciante em Marechal Deodoro e faleceu em 1918, aos 64 anos de idade, na Levada em Maceió.
Iniciou seus estudos no Colégio de Nossa Senhora do Carmo, que funcionava em sua terra natal sob a administração do professor Manoel Joaquim de Morais. Concluiu seus estudos em Maceió, incluindo o curso Normal que o habilitou a ensinar.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1881, diplomando-se médico em 1887.
Salgadinho no antigo curso com a Enfermaria Militar do 33º Batalhão de Caçadores, atual CSM, onde Antônio Gouveia trabalhou como médico
Em 1890, casou-se, ainda na Bahia, com Ana Calmon de Siqueira (nasceu em 1871 e faleceu em Maceió no dia 29 de março de 1930). Registro de filhos: Batônio Calmon de Gouveia (nasceu em 1890); Ignácio Calmon de Gouveia (nasceu em 26 de outubro de 1891); José Calmon de Gouveia (nasceu em 7 de abril de 1894); Maria Calmon de Gouveia (nasceu 1896 e faleceu em 26 de outubro de 1968 no Rio de Janeiro) e Antônio Calmon de Gouveia (casou-se com Heloísa Gouveia. São os pais do dr. Milton Hênio Netto Gouveia).
De volta a Alagoas, assumiu o cargo de bibliotecário da Biblioteca Pública e pouco tempo depois já era o Diretor Geral de Instrução Pública, cargo equivalente hoje ao de Secretário de Educação.
Tentou se estabelecer em São Paulo, onde chegou a assumir o cargo de Diretor de Higiene, mas problemas de saúde na família o fizeram retornar a Maceió.
Pajuçara fotografada por Stuckert nos anos 50
Foi professor da cadeira de Literatura Nacional e de Português do Liceu Alagoano. Sobre o tema literatura portuguesa, chegou a escrever um livro que não foi publicado.
Logo após ser admitido no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, em 11 de outubro de 1900, foi conduzido à 1ª vice-presidência da instituição.
Por um período, foi dirigente da Inspetoria de Saúde do Porto de Maceió e médico da Enfermaria Militar de Maceió.
Faleceu às 10h30 do dia 14 de agosto de 1915 em sua residência na Praça D. Pedro II. Em sua homenagem, recebeu seu nome a avenida onde residiu, na orla da Pajuçara em Maceió,.
Assim, a antiga Rua do Gameleiro, Rua da Conceição, da Praia, Avenida Pajuçara e Avenida Atlântica passou a ser denominada Avenida Dr. Antônio Gouveia.
Viveu pouco. Praticamente teve uma morte prematura. Será que a residência dele ainda existe nos dias de hoje? E os familiares, ainda existem um Maceió?
Dr.Milton Hênio de Gouvêa é o neto dele
Me chamo Marcos Antônio Gouveia ,sou filho de Antônio José de Gouveia , estive em Maceió na praia de pajussara e achei interessante a história da cidade e do Sr Antônio Gouveia .
Acredito que sua família veio de Portugal da ilha da madeira ,pois até hoje não vi um “Gouveia” que não tenha sua origem na ilha da madeira .
Estive em Maceió e encontrei também uma travessa com o nome dele, que aliás inicia na mesma avenida.