Manoel Duarte Ferreira Ferro, Barão de Jequiá

Titulado Barão em 11 de abril de 1859 e com grandeza em 14 de março de 1860. Manuel Duarte Ferreira Ferro nasceu no Engenho Sinimbu em São Miguel dos Campos, Alagoas, no dia 11 de abril de 1795.

Era filho de Manoel Vieira Dantas e Ana Maria José Lins, sendo seus irmãos: João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, o Visconde de Sinimbu; Francisco Frederico da Rocha Vieira; Franscisca Vieira Lins; Ignácio de Barros Vieira Cajueiro; e Ana Luísa Vieira de Sinimbu, a baronesa de Atalaia.

Manoel Duarte Ferreira Ferro, o Barão de Jequiá

Os apelidos Ferro, Cansanção de Sinimbu e Cajueiro foram incorporados aos seus nomes, segundo o jornal Correio Mercantil de 12 de setembro de 1867, em 1831 “Do civismo dessa família, de seu brasileirismo, nasceu a adoção dos apelidos — Ferro, Cajueiro e Sinimbu — com que pretenderam exibir pela simples enunciação de seus nomes os seus caracteres patrióticos, naquela época de luta com o partido Corcunda que pretendia a restauração do primeiro reinado, e preponderância de Portugal nos negócios políticos do novo império”.

O jornal destaca ainda que sempre foram Liberais e que mesmo assim o Barão de Jequiá quando “muito moço“, “foi um dos principais auxiliares da administração daquela província no tempo da regência”. Como se verá mais adiante, o jornal se referia a campanha contra os “Cabanos”.

Casou-se pela primeira vez com Ana Rita Angélica Couto e foi pai de Maria Vieira Dantas, Francisca Ubelina Ferro, Manoel Ferreira Ferro, Julieta Júlia Palmeira, Ana Carolina Ferro e Guilherme Duarte Ferreira Ferro.

Já viúvo e Barão, voltou a casar no dia 30 de agosto de 1859. Desta feita com Maria Carolina de Araújo Barros (filha de Mathias da Costa Barros e Francisca Maria de Araújo). Desta relação vieram ao mundo: Manoel Duarte Ferreira Filho, Ana Ferreira e João Vieira Duarte.

Líder político

A nobreza buscava distinção com louça personalizada. Essa porcelana francesa tem no verso a seguinte inscrição: Ch. Pilliyuyt (1867)

Com atuação destacada durante a Revolução Pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador (1824), Manuel Duarte Ferreira Ferro era um militar com vasta experiência em combates.

Foi ele quem comandou entre 1832 e 1835, o cerco ao movimento conhecido como Cabanada, em Jacuípe, como registrou o comunicado militar de 11 de setembro de 1832 publicado no Diário do Governo do Império do Brasil (CE), informando os primeiros movimentos de tropas contra a rebelião “cabana” iniciada meses antes.

Entre os deslocamentos de tropa, consta a seguinte ordem do comando militar: “Hoje mandei o digno Capitão de Guardas Permanente Manoel Duarte Ferreira Ferro à Aldeia de Jacuípe, sete léguas daqui distante, com todas as ordens e instruções precisas; amanhã aqui o espero…”.

Em janeiro de 1833, o Diário de Pernambuco também registrou a sua participação nos combates aos Cabanos. Foi citado como o militar que substituiu o coronel Aleixo José de Oliveira, que guarnecia o Arraial de Jacuípe com 340 praças.

Em 1843 era o comandante superior da Guarda Nacional em São Miguel dos Campos.

Reassumiu o cargo de coronel da guarda nacional em 27 de fevereiro de 1857, quando também voltou a ser comandante superior nos municípios de Alagoas (Marechal Deodoro), São Miguel dos Campos e Atalaia. Havia perdido estes poderes em 1852.

Foi Deputado Provincial, suplente na legislatura de 1838-39 e titular em 1842-43 e 1844-45.

Foi condecorado como Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e Grande do Império.

Faleceu no Engenho Ilha, em São Miguel dos Campos, Alagoas, no dia 5 de maio de 1870, às 10h20.

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