Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Maranhão, o Barão de Atalaia

Primeiro e único Barão de Atalaia, título conferido por decreto imperial em 19 de fevereiro de 1858 e grandezas em 14 de março de 1860. Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Maranhão nasceu em Águas Belas, Pernambuco, no dia 10 de outubro de 1804, e morreu em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, em 13 de fevereiro de 1867.

Era filho de Lourenço Bezerra Cavalcanti de Albuquerque e de Josefa Florentina de Albuquerque Maranhão.

Fachada do Palacete do Camocho, residência do Barão de Atalaia, modificada pelo engenheiro José Diniz Silva durante sua utilização pelos Correios e Telégrafos

Também foi agraciados com as Comendas da Imperial Ordem de Cristo e da Imperial Ordem da Rosa.

Em 1849, quando governava a Província das Alagoas José Bento da Cunha Figueiredo, Lourenço Cavalcanti foi contratado para construir três brigues, uma corveta e uma fragata.

Casou-se com Ana Luísa Vieira de Sinimbu Albuquerque Maranhão, irmã do visconde de Sinimbu, nascida em 1809. Do casamento nasceram Adelaide (casou-se com o seu primo Dr. Benjamim Franklin da Rocha Vieira, irmão de Epaminondas da Rocha Vieira, o Barão de São Miguel) e Francisca. A baronesa Ana Luísa faleceu no Rio de Janeiro em 3 de maio de 1876.

Quando da presença em Maceió da comitiva real entre o final de dezembro de 1859 e janeiro de 1860, a baronesa de Atalaia promoveu um jantar para a imperatriz Tereza Cristina, com a participação de outras senhoras. Ao final da refeição, se divertiram num sarau musical que contou com a performance da anfitriã ao piano.

Prato de sobremesa do serviço do Barão de Atalaia, Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Maranhão

Em março de 1864, o Barão de Atalaia foi promovido a coronel comandante superior da Guarda Nacional em Maceió e Santa Luzia do Norte.

Doente, procurou tratamento no Rio de Janeiro para onde embarcou no vapor Cruzeiro do Sul em novembro de 1865

O palacete do Barão de Atalaia, antigo Sobrado do Camocho, no Centro de Maceió, ficou conhecido por ser motivo da contenda entre o seu proprietário e o futuro Barão de Jaraguá, que havia construído entre 1844 e 1849, um palacete (hoje Biblioteca Pública) impedindo a visão que o primeiro teria do mar.

Foi tombado pelo Decreto nº 15.529, de 31 de agosto de 2011, passando a fazer parte do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Estado de Alagoas.

O outro Lourenço Cavalcanti de Albuquerque

Lourenço Cavalcanti de Albuquerque, casou-se com Francisca, filha do Barão de Atalaia e de Ana Luísa

A filha do Barão de Atalaia, Francisca Vieira de Sinimbu de Albuquerque Maranhão, casou-se com seu primo Lourenço Cavalcanti de Albuquerque, que nasceu em 10 de outubro de 1842, em Águas Belas, Pernambuco, e era filho de Nicolau Florentino de Albuquerque Maranhão (irmão do Barão de Atalaia) e de Manoela Florentino Cavalcanti de Albuquerque.

Foi este Lourenço Cavalcanti de Albuquerque, genro do Barão de Atalaia, que se bacharelou em Direito pela Faculdade de Direito de Recife em 1863 e representou Alagoas e o Partido Liberal na Câmara Geral (atual Câmara dos Deputados) em 1867.

Já como deputado federal, foi auditor de Guerra no quartel do General Osório durante a Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864-1870.

Foi ainda ministro dos Estrangeiros do Gabinete de Marquês de Paranaguá em 1883 e da Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Gabinete de Ouro Preto, de 16 de dezembro de 1882 a 7 de janeiro de 1883 e entre 7 de junho e 15 de novembro de 1889.

Coube a ele, em 22 de junho de 1889, assinar o decreto nº 10.256 autorizando a construção de um ramal ferroviário interligando o engenho Riachão (Rio Largo) e Atalaia. O projeto desta ferrovia previa que este ramal deveria passar pela cidade do Pilar antes de atingir a então vila de Atalaia.

Baronesa de Atalaia Ana Luísa Vieira Albuquerque Maranhão

Lourenço Cavalcanti de Albuquerque, o genro, presidiu também a Província de Santa Catarina de 7 de maio a 11 de dezembro de 1878 e a de Pernambuco de 29 de dezembro de 1879 a 9 de abril de 1880.

Voltou a ter mandato de deputado na Câmara Geral, pela Província de Alagoas, de 1878 a 1889.

Foi homenageado com a medalha de Guerra do Paraguai, medalha Grão Cruz da Ordem de Leopoldo da Bélgica e Coroa da Áustria.

Faleceu em 31 de agosto de 1918, no Rio de Janeiro/RJ.

3 Comments on Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Maranhão, o Barão de Atalaia

  1. Fernando A. Goncalves de Lima | Maceio-AL. // 11 de abril de 2016 em 09:10 //

    Adorei saber + sobre o Barao de Atalaia.

  2. Vinicius Maia Nobre // 6 de novembro de 2016 em 16:57 //

    Ticianeli : li na edição de outubro da revista Época, que a escultura equestre de Pedro I ( Pracça Tiradentes – Rio) foi a primeira no Brasil a ser implantada em homenagem a um cidadão público. Escrevi àquela revista contestando pois sabia que o busto de Pedro II foi inaugurado em 31 de dezembro de 1861 , exatamente dois anos após o segundo Imperador do país ter vindo à Maceió inaugurar a nova igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres. Buscando nesse site mais informações , constatei com riqueza de detalhes sobre a evolução da nossa mais famosa praça . Lamentavelmente não apareceu o surgimento do palacete do Chamorro como era conhecida a residência do Barão de Atalaia e afirmo agora que leio em outro local do site um pouco da história daquela edificação. Parabéns . ATS Vinicius Maia Nobre

  3. Dúvida?
    Sou de Águas Belaa – Pernambuco. Hoje luto para volta a ter na minha certidão por ter eu mudado não a parte genitalia pois solicitude e exigência católica de criação daninha mãe não deixou fazer a Resignação cirúrgica e hj sei que posso pela lei de 1979 ter e ser nada certidão M/F ou 2 em Um eexo já que fui expulsa do estado e nunca doeu lar e até há 6 meses está República não me deixa por na minha certidão todos ele sobrenomes: Cavalcanti da Silva de Sá isto que sei é visível só na minha certidão ou 2 como filho ou filha de Lyiz Tenório Cavalcabte o selereirobde Águas Belas Pernambuco e nunca o matador como falaram os aubirajaras na entrevistas pois nunca quis meu pai ele Nair Bezerra da Gama filha de Joaquim Bezerra de asa e a Mariquinha abezeera da Gama que nos exigissem nadaaiw Tb não me matem por ser ou nascer com estes sangue misturados nobre ou não.

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