Baixe gratuitamente o livro “A Filha do Barão” de Pedro Nolasco Maciel
Catalogado por Moacir Santana como o primeiro romance de costumes alagoano, A Filha do Barão, antes de se tornar um livro, foi publicado fragmentadamente entre 1882 e 1884, como esclareceu o próprio autor. Em 1885, a primeira parte do livro (Perseguição) circulou no “Folhetim” do Diário das Alagoas entre 20 de novembro e 24 de dezembro. A segunda parte, também foi parcialmente para o jornal entre 30 de janeiro e 5 de fevereiro de 1886.
Seu lançamento, em setembro de 1886 pela Tipografia Mercantil, pouco acrescentou à projeção de Pedro Nolasco Maciel no espaço cultural alagoano, onde já era conhecido e se destacava no Clube Literário José Bonifácio e na Sociedade Libertadora Alagoana.
Pedro Nolasco nasceu em Maceió em 1861 e aos 17 anos de idade começou a trabalhar como tipógrafo do Diário de Alagoas sob a orientação de José Antônio Moura e Silva. Ainda nesse jornal passou a assinar a seção “Ecos Maceioenses”.
Filho de Raimundo José de Sant’Ana e de Silvina Ferreira Guimarães, o autor casou-se com Ana de Leyde Maciel em 10 de janeiro de 1886. Ana de Leyde faleceu em 24 de junho de 1902.
Foi um dos fundadores do jornal Gutenberg em 8 de janeiro de 1881. Criado para ser o órgão da Associação Tipográfica Alagoana de Socorros Mútuos, se transformou num dos principais veículos de informação de Alagoas por muitos anos.
A partir de 23 de abril de 1884 passou a ser administrador e também redator da Gazeta de Notícias, criada em 12 de maio de 1879. Redigiu ainda para a Tribuna do Povo, Jornal de Notícias, Constelação, O Popular e O Viçosense. Colaborou em A Lâmpada, O Momento, Paulo Afonso e A Tribuna.
Em 3 de janeiro de 1889 foi admitido como carteiro interino no Departamento de Correios e Telégrafos, em Alagoas. Em 3 de abril do mesmo ano foi efetivado. Chegou a ser oficial, mas foi exonerado em 1903.
Destacava-se também na campanha abolicionista. Fez parte da histórica Sociedade Libertadora Alagoana, onde foi orador, e da Sociedade Libertadora Artística. Elogiado por sua boa oratória, ocupou essa função por muitos anos no Montepio dos Artistas Alagoanos.
Faleceu em Maceió no dia 6 de dezembro de 1909.
Foi autor também de Traços e Troças – Crônica Vermelha, Leitura Quente, publicado em 1899; Estilhaços (Produções Literárias e Sobre Política), em 1887; Conferência Pública, em 1888; Galeria de Alagoanos Ilustres ou Subsídio à História das Alagoas (Precedido de uma Exposição Sucinta Sobre a Guerra do Paraguai), em 1891; Indicador Postal (Nomenclatura Cronológica do Estado das Alagoas, Acompanhado de Disposições Regulamentares em Vigor nos Serviços dos Correios).
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Para ter uma cópia em PDF do livro A Filha do Barão, reeditado pelo História de Alagoas. basta clicar na capa abaixo e depois baixar o arquivo.
Parabéns, prezado Ticianeli.
Fraternal abraço,
Claudio Ribeiro
Com essa sua iniciativa o público mais jovem tem acesso a nossa literatura, tão necessária para compreender a cultura alagoana. Parabéns “gigante” Ticianeli.