Aurélio Vianna e o socialismo em Alagoas
Aurélio Vianna da Cunha Lima nasceu no Engenho Novo Oriente, município do Pilar, Alagoas, no dia 9 de junho de 1914. Era filho de José Viana da Cunha Lima e Maria Wanderley Pinheiro da Cunha Lima, e neto de Pedro Vianna da Cunha Lima.
Estudou o curso primário no Grupo Escolar Diegues Júnior, na Pajuçara, em Maceió. Após ser convertido ao protestantismo e ingressar na Igreja Batista, foi estudar no Colégio Batista do Rio de Janeiro.
O curso secundário foi concluído no Colégio Salesiano, em Recife. Na capital pernambucana também concluiu o curso de Contabilidade e o de Filosofia, na Faculdade de Filosofia Manuel da Nóbrega, e ainda, de Geografia e História, na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Universidade Católica de Pernambuco. Iniciou em Recife o de Direito, mas só o concluiu na Faculdade de Direito de Alagoas, tendo sido orador da turma.
Casou-se com Ruth Botelho Vianna, com quem teve quatro filhos: Veleda, Lídice, Múcio e Aurélio Júnior.
Entrou para o serviço público como procurador do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários – IAPI, mas logo estava envolvido na política, participando da Esquerda Democrática e sendo eleito deputado estadual pela Coligação UDN-PSB nas legislaturas 1947-50 e 51-54.
No final do último mandato de deputado estadual, deixa a UDN e se filia ao PSB e é eleito Deputado Federal pela PSD-PTB-PDC-PSB-PSP-PR para legislaturas 1955-59. De 1956 a 1957 assume como 4º Secretário da Mesa. Destaca-se como membro da Frente Parlamentar Nacionalista.
Na eleição seguinte, é reconduzido pela Coligação PDC-PSP-PST-PSB para a legislatura 1959-63. Neste mandato, é indicado vice-líder e líder do PSB na Câmara dos Deputados.
Em outubro de 1962 é eleito senador pelo Estado da Guanabara na coligação PSB-PTB. No início dos trabalhos legislativos em 1963, foi escolhido como líder do PSB. No Senado, atuou por duas legislaturas, até 1971. Em 1965, candidata-se ao governo da Guanabara, pelo PSB, porém sem êxito. Com a extinção dos partidos pela ditadura militar, filia-se ao MDB, e é eleito novamente senador pela Guanabara em 1966, assumindo a liderança do partido em Brasília.
Nas eleições de 1970, após tentar a reeleição pela Guanabara, foi impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral por ter título de eleitor registrado em Alagoas. Volta para Maceió e tenta permanecer no Senado, mas é derrotado.
Como senador Integrou as comissões de Assuntos da Associação Latino-Americana de Livre Comércio e do Mercado Comum Europeu, do Distrito Federal, dos Projetos do Executivo, Relações Exteriores, entre outras.
Ao fim do seu mandato, passa a representar a UFAL e a UFPE, em Brasília. Aurélio Vianna ainda foi professor em Maceió. Ensinou no Colégio Batista Alagoano e na UFAL, como professor titular da cadeira de História da Antiguidade e Idade Média.
Faleceu em Brasília no dia 21 de março de 2003.
Obras:
– Aposentadoria Ordinária e Previdência Social, Rio de Janeiro, Departamento de Imprensa Nacional, 1958.
– Discursos Parlamentares, Rio de Janeiro, Departamento de Imprensa Nacional, 1959.
– Integração Nacional. Discurso Proferido na Tribuna da Câmara na Sessão de dia 25 de Janeiro de 1960, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1960.
– Discurso Sobre Diretrizes e Bases da Educação, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1960
– A Reforma Constitucional de 1966. Brasília, Senado Federal, 1967 (Discurso proferido na sessão do Congresso Nacional de 21/12/1966).
A Presidência do Congresso na Constituição de 1967, Brasília, Senado Federal, 1967 (Discurso na sessão do Senado Federal em 25/4/1967).
– Atividades Parlamentares do Senador Aurélio Viana – PSB – PTB- MDB – Guanabara – 6ª Legislatura 1963/70, Brasília, Serviço Gráfico do Senado Federal, 1970.
Fonte: Pesquisa de João Azevedo para o fascículo nº 25 de Memórias Legislativas, publicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, 1998.
Sou Luiz Costa Nolasco Filho
meu pai Luiz Costa Nolasco me falou semana passada sobre tal político que era o que
meu q avô Heitor Nolasco era seguidor Não o conhecia e achei interessante