Arnoldo Jambo e a cultura caeté no jornalismo
João Arnoldo Paranhos Jambo nasceu em Maceió no dia 7 de janeiro de 1922. Era filho do despachante Alfredo da Silva Jambo e de Elita Paranhos Jambo, com quem aprendeu a gostar de ler e escrever.
São seus irmãos: Hélio Jambo, Rubens Jambo, Alberto Jambo, Hermano Sosthenes Jambo e Lúcia Jambo.
Sua educação ocorreu em Maceió, onde concluiu o curso de Direito pela Faculdade de Direito de Alagoas em 1961. Advogou por curto tempo, entre 1965 e 1966, no Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, em 1968, cursou Especialização em Relações Públicas e Meios de Comunicação pela Fundação Vieira Fazenda, responsável pelo Museu de Imagem e do Som daquele Estado.
Casou-se com Leonor de Magalhães Jambo, com quem teve os filhos Arnoldo Virgílio Jambo, médico em São Paulo; Alfredo Sérgio Magalhães Jambo, desembargador do TJ/PE; e Barbara Heliodora Jambo, renomada professora e artista plástica.
Saiu de Maceió aos 17 anos de idade para servir até 1941 na Marinha de Guerra. Foi funcionário público federal lotado na Inspetoria de Portos, Rios e Canais.
Após o serviço militar, voltou a Alagoas e começou a trabalhar como revisor na Gazeta de Alagoas, passando em seguida a colaborador do Suplemento Literário do Jornal de Alagoas, onde chegou a diretor a partir de setembro de 1956.
Foi de sua iniciativa e reforma gráfica e a reorientação editorial do suplemento a partir de 17 de junho de 1951, quando circulou em formato tabloide o primeiro número do novo suplemento literário dominical.
Outra ação foi a ampliação dos colaboradores, o que ajudou formar novos escritores em Alagoas, dinamizando a atividade cultural no Estado.
Com Francisco Valois de Andrade Costa e Edson Zambrano, fundou e foi diretor da revista literária Caeté, que circulou entre 1950 e 1953.
Em 1951, Arnon de Mello sondou Arnoldo para assumir um cargo no governo. “Desejava-me diretor de uma repartição que antes se denominava DEIP, primitivamente, portanto, órgão de propaganda e controle da imprensa durante a ditadura derrubada fazia um lustro. Nos meus vinte e tantos anos temidos de provinciana conduta — anos marcados por certos repelões de uma mocidade mal contida em seus impulsos de contestação política — aquele insinuado convite confesso que me comoveu, me abalou, até de forma envaidecedora”.
E continuou: “Contive-me, no entanto: tinha outros objetivos, aleguei, entre eles o de mudar-me para o Sul. Iria tentar reformular meus planos. Depois procuraria o governador”. (Diário de Pernambuco de 9 de outubro de 1983, na crônica “Arnon de Mello”).
Também tomou parte da fundação do jornal A Voz do Povo, o que lhe trouxe perseguição política, forçando-o a ir trabalhar em Recife, onde destacou-se como editorialista do Diário de Pernambuco e um dos seus editores na área de pesquisa histórica e cultural.
De volta à Maceió, foi secretário de redação do Jornal de Alagoas, ao mesmo tempo em que continuava a escrever suas críticas literárias.
Aclamado como cronista no mesmo jornal, escrevia as colunas A Província por Dentro, Com Licença da Palavra e Do Áspero e o Ameno, utilizando o pseudônimo de Aspilcueta.
Em 1967 foi o diretor-geral da Rádio Progresso de Alagoas.
Assumiu a direção do Departamento Estadual de Cultura (DEC) em 8 de fevereiro de 1958, no governo de Muniz Falcão, e lá permaneceu com Luís Cavalcante, até o final de agosto de 1964, quando foi exonerado e substituído por Carlos Moliterno.
No cargo, promoveu a publicação dos famosos CADERNOS seriados, distribuídos pelos “Estudos Alagoanos”, “Reedições DEC”, “Vidas e Memórias”, “Folguedos de Alagoas”, “Estante Alagoana de Monografia”, “Cultura Didática”, “Poesia de Sempre” e “Arquivos Acadêmicos”.
Organizou de forma pioneira as Feiras de Livros e as exposições bibliográficas e de antigos jornais alagoanos.
Foi eleito membro da Academia Alagoana de Letras em 7 de agosto de 1957, tendo ocupado a cadeira 38. Foi também membro honorário da Academia Maceioense de Letras.
Em Pernambuco, recebeu a Medalha de Mérito Tamandaré e foi membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico daquele estado.
Assumiu a superintendência da Fundação Teatro Deodoro em 23 de março de 1982, quando deixar Recife pela última vez.
Faleceu em Maceió no dia 26 de março de 1999. Por iniciativa do vereador Antônio Arnaldo Camelo, a Câmara de Maceió aprovou a Lei nº 5.025, de 10 de maio de 2000, denominando como Rua Jornalista Arnoldo Jambo uma das vias do Loteamento Aldebaran Beta, no Farol.
Obras
Navios, Relógios e Coisas, 1958 (crônicas).
Diário de Pernambuco, – História e Jornal de Quinze Décadas – Edição Comemorativa do Sesquicentenário, Recife: Diário de Pernambuco, 1975.
Um Tempo de Maceió, Maceió: SEC, 1998, Literatura Brasileira, Crônicas 2, Literatura Alagoana.
Sururu, Maceió: Boletim FUNTED n. 3.
Aurélio Buarque de Holanda aos 70 Anos, Revista IHGAL, v. 37, 1979-81, Maceió, 1981, p. 205-216.
O Historiador Félix Lima, Revista do IHGAL, v. 41, Anos 1986-1988, Maceió, 1989, p. 293-294.
Poemas de Arnoldo Jambo, Revista da AAL, n. 11, p. 21-24.
Viagem Curta em Torno do Automóvel, Revista da AAL, n. 13, p. 37- 50.
Chateaubriand: O Lúdico e o Contraditório, Revista da AAL, n. 17, p. 55-57.
O Realista Tavares Bastos, in Tavares Bastos Visto por Alagoanos, coordenação de Moacir Medeiros de Sant’Ana, Maceió: Assembleia Legislativa Estadual, [IGASA], 1975, p. 25-27.
Sururu – O Mytilus Mundahuenis, in Arte Popular de Alagoas, de Tânia Pedrosa, p. 160-162.
O Negro e Uma Sociologia da Maldade, Arte Popular de Alagoas, de Tânia Pedrosa, p. 209-210 (texto escrito em 13.02.1976).
Com Acalanto e Doze Horas Sem Sol de Maio, participou de Notas Sobre a Poesia Moderna em Alagoas. Antologia, de Carlos Moliterno, p.231-234.
Fui amigo de infância e colégio de Arnoldo jambo Jr. Ele morava no início da avenida Fernandes Lima no farol. Bons tempos que não voltam mais.
Pascoal Carlos Magno era ministro da educação que trouxe um show para Pça dos Martírios com artistas de Porto Alegre, São Paulo e outros estados.
Fui vizinho do irmão do Arnoldo, o Rubens Jambo. Saudades do seu Rubens.
Trabalhei com dr.jambo
No.diario de.pernambuco.fui.o datilografo.do livro historia de.jornal de.quinze. decadas.eu.era um bom datilografo.ele gostava de.mim .gostaria.de.nuticia dele
Ou.algunho.parente