Álvaro Otacílio e o início da ocupação urbana da Ponta Verde
Álvaro Otacílio de Araújo Vasconcelos nasceu em 1894, no povoado Taperaguá, em Marechal Deodoro.
Ainda jovem, veio trabalhar em Maceió como balconista em uma loja de Jaraguá. Depois foi admitido no serviço público como fiscal de renda.
Com muito esforço, reuniu suas economias e comprou a loja onde trabalhou. Seu empreendimento cresceu e com mais recursos adquiriu alguns imóveis na cidade e principalmente sítios na Ponta Verde. Na época, o bairro era desabitado e suas terras não tinham muito valor comercial.
Casou-se com a coruripense Laura Ramalho de Castro, que passou a ser a sra. Laura Ramalho de Castro Vasconcelos. Tiveram os seguintes filhos: Mauro, Álvaro, Hélio, Medda, Santusa, Hígia e Lenira.
Em 1928, já era um proprietário de imóveis bem-sucedido, como registra o relatório do governador Costa Rego, informado ter desapropriado várias propriedades imobiliárias em Maceió para a ampliação da malha urbana, e que entre estas, duas de Álvaro Octacílio, uma na Rua Theophilo Ottoni, na Pajuçara, e outra, um terreno, na Ponta Verde.
Foi o seu filho Hélio de Castro Vasconcelos, mais conhecido como “Hélio China” (faleceu em 1989), um dos pioneiros na ocupação imobiliária da Ponta Verde. Herdou do pai o Sítio Ponta Verde e soube administrar o seu uso.
Casado com D. Ana Lídia do Monte Vasconcelos, tiveram os seguintes filhos: Mauro José do Monte Vasconcelos, Hélio José, Álvaro José, Laura, Heliana Lydia e Luiz José.
O primeiro grande empreendimento deste setor na Ponta Verde foi o Loteamento Álvaro Otacílio, que começou a ser comercializado em 1953, após ser registrado no dia 17 de outubro daquele mesmo ano. Eram 649 lotes de 15×30 metros distribuídos em 40 quadras.
Antes, na década de 1940, vários lotes com testada para o mar foram vendidos para serem sítios no Carrapato da Ponta Verde, hoje Jatiúca.
Com a reurbanização do bairro no início dos anos 70, durante o mandato do prefeito João Sampaio, uma das suas principais vias homenageou Álvaro Otacílio, que havia falecido em 20 de março de 1956, aos 72 anos.
Outra importante rua do bairro foi agraciada com o nome de sua filha, a professora Hygia Ramalho de Castro Vasconcelos, também lembrada em Satuba ao denominar uma escola daquele município.
hélio vasconcelos teve mais duas filhas: laura vasconcelos Vasco e heliana lydia vasconcelos