Catálogo da imprensa alagoana entre 1831 e 1908

Baixe gratuitamente o arquivo com esse trabalho do dr. Joaquim Joaquim Thomaz Pereira Diégues

Esse catálogo foi publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro de 1908 e faz parte dos Anais da Imprensa Periódica Brasileira. A pesquisa foi do professor Joaquim Thomaz Pereira Diégues.

Joaquim Diégues nasceu em Maceió no dia 7 de março de 1871. Era filho do português Manoel Balthazar Pereira Diégues e Maria Joaquina da Fonseca Diégues. Casaram-se em Recife em 1851 e no ano seguinte se estabeleceram em Maceió, onde passaram a explorar o comércio.

Entre seus filhos, Joaquim Diégues era o mais novo e estudou o curso primário e preparatórios no Colégio Bom Jesus, dirigido por seu irmão mais velho, Manoel Balthazar Pereira Diegues Junior, e por Francisco Domingues.

Iniciou seu curso superior em 1889 na Faculdade de Direito do Recife, de onde saiu diplomado em dezembro de 1893. No ano seguinte, em 25 de novembro, foi admitido como sócio do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Participou de várias diretorias, sempre ocupando a função de orador daquela instituição. É o patrono da cadeira 53 do atual IHGAL.

De volta a Maceió, não advogou, mas em março de 1896 era Juiz Substituto do Juiz de Direito da segunda vara em Maceió. Em outubro de 1898 foi nomeado 1ºsuplente substituto do juiz federal na secção de Alagoas.

A partir de 1904 foi admitido como secretário do Tribunal Superior no Estado, o Tribunal de Justiça da época, cargo em que permaneceu pelo menos até 1909.

Em fevereiro de 1909, quando um grupo de escritores alagoanos realizou as primeiras iniciativas para constituir uma Academia de Letras no Estado, Joaquim Thomaz Pereira Diegues era um dos jovens entusiastas da ideia. Não foi à frente. Quando se constituiu a Academia Alagoana de Letras, em 1º de novembro de 1919, lá estava novamente Joaquim Diégues, ao lado do seu sobrinho Diégues Júnior. Ocupou a Cadeira 26, cujo patrono é Mello Moraes.

Foi membro da Sociedade Alagoana de Folclore e da Sociedade Cysne Maceioense.

Casou-se com Maria Angélica Ramires Diégues (1º de setembro de 1875 – 10 de abril de 1951) e, entre os filhos, foi possível anoitar os seguintes:

Pereira Diégues – nasceu em 1900.

Armênia Ramires Diégues – nasceu em 28 de novembro de 1900 e faleceu em 13 de abril de 1971.

Padre Manoel Balthazar Pereira Diégues Neto – nasceu em 26 de novembro de 1901 e faleceu em 19 de julho de 1964.

Olga Ramires Diégues – nasceu em 15 de outubro de 1902.

Hilda Ramires Diégues – nasceu em 3 de julho de 1904 e faleceu em 11 de fevereiro de 1938.

Joaquim Thomaz Pereira Diégues Júnior – nasceu em 10 de setembro de 1905 e faleceu em 5 de dezembro de 1965 Recife. Engenheiro casado com Anaide.

Diégues – nasceu em 1907 e faleceu nesse mesmo ano.

Angélica Ramires Diégues.

Amélia Ramires Diégues.

Alice Ramires Diegues.

Joaquim Diégues foi professor do Liceu Alagoano, diretor da Companhia de Águas de Maceió e guarda-livros da Caixa Comercial.

Em junho de 1932 foi nomeado suplente de juiz do Tribunal Eleitoral, criada em 1932 pelo Código Eleitoral, o Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932. Estabelecia seis juízes efetivos e seis substitutos. Em 1937 foi juiz efetivo desse Tribunal.

Em 3 de junho de 1936, a Corte de Apelação o nomeou juiz efetivo. Era substituto da classe dos nomeados.

Quando faleceu, às 23h55 de 27 de dezembro de 1943, vítima de síncope cardíaca, era diretor da Companhia das Águas e guarda-livros da Caixa Comercial de Maceió. Herdou este último cargo do irmão mais velho, que já o tinha recebido do pai.

Foi historiador, poeta e musicista, além de crítico de textos literários e analista da poesia popular. Era um grande conhecedor do folclore brasileiro.

Obras:

Recepção ao Exmo. Sr.  Conselheiro Afonso Augusto Moreira Pena, por ocasião de sua visita em 31 de maio de 1906, Discurso Proferido pelo Bacharel Joaquim Thomaz Pereira Diegues – Orador do Instituto, Maceió: Oficina Fonseca, 1907 (discurso);

Estado de Alagoas. Jornais, Revistas e Outras Publicações Periódicas de 1831 a 1908, in Anais da Imprensa Periódica Brasileira, Parte II V. 01, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, p. 697 a 773;

Rio de Janeiro: Imprensa Nacional,1908;

Colaborações na imprensa, destacando-se:  A Literatura e a Arte, série de artigos divulgados em O Momento, de Maceió: publicada entre 12 de março e 28 de maio de 1894, sob a assinatura de J. Diégues;

A Alma do Povo na História Pátria, publicada em O Gutenberg, entre 30 de maio a 02 de junho de 1908;

Discurso do Orador Oficial, Dr. Joaquim Thomaz Pereira Diegues, Comemorativo do Centenário do Descobrimento do Brasil, Revista do IAGA, v. III, nº 1901, p. 128-136;

Discurso do Orador Oficial de Saudade e Homenagem ao Professor Adriano Jorge, Revista do IHGAL, v. 3, n. 01, 1901, p.175-178, respectivamente;

Discurso do Orador, Saudando a Visita do Conselheiro Afonso Pena, Revista do IAGA, v. IV, n. 02, junho 1907, p. 103-109;

O Primeiro Diário em Alagoas (01/03/1858), Revista do IAGA, n. 12, ano 55, 1927, Maceió: p. 202-209 e no Jornal de Alagoas, em 31/05/1924.

Trabalhos sobre folclore:

Padecer Morte Natural, Não Pôr a Mão no Fogo, Desmanchando a Igrejinha, O Passado e o Futuro, Dever os Cabelos da Cabeça, publicados no jornal O Momento, respectivamente, nos números 56, de 27 de agosto, 57, de 3 de setembro, 58, de 10 de setembro, 59, de 16 de setembro e 60, de 01/10/1894.

Poesias:

Campesina Lira Alagoana, em O Momento, de 11/09/1893, e Dante, no mesmo jornal, em 22/01/1894.

Obras como musico:

De Natal e Ano Bom, valsa para piano, Litografia J. Marinho, Maceió: 1895.

Com o Catálogo dos Periódicos Alagoanos. Jornais e Revistas, é um dos colaboradores no trabalho sobre Exposição Comemorativa do 1º Centenário da Imprensa Periódica no Brasil, publicado em tomo especial da Revista do IHGB, 1908, p. 683-773.

Colaboração em O Orbe e O Gutenberg.

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O Catálogo relaciona 471 publicações em Alagoas no período de 1831 e 1908. Maceió imprimia 326, o interior mais 143 e 2 delas eram impressas em Recife.

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