Cláudio Burle Dubeux e suas fotografias de Alagoas no século XIX

Rua Boa Vista em Maceió no final do século XIX, fotografada por Cláudio Dubeux

Cláudio Burle Dubeux, de preto ao lado de um dos jarros, e o pai, de branco no centro da foto, na casa da família em Apipucos, Recife

Pernambucano, nasceu em Apipucos, Recife, no dia 14 de junho de 1845. Era filho de Cláudio Candido Dubeux, natural de Lisboa mas com nacionalidade francesa, e de Josephina Libânia Burle, segunda esposa do seu pai.

Seu pai era comerciante de explosivos, livros e fundador de uma das primeiras companhias de transportes urbanos de Recife, ainda no tempo da tração animal. Foi um dos pioneiros das carruagens e diligências. Sua mãe, Josephina Burle, atuou na luta pela abolição.

Influenciado pela cultura francesa e dominando a arte dos negócios desenvolvida pelos ingleses da época, Cláudio Burle Dubeux também teve investimentos em Alagoas, onde foi um dos fundadores da Companhia Alagoana de Trilhos Urbanos e sócio da empresa Leão & Irmãos.

A relação com a família Leão vinha de Recife, onde também era sócio da firma Leão & Cia, exportadora e importadora de Açúcar. Vários casamentos ocorreram entre membros da família Dubeux e família Leão.

Casa da família Leão em Piranhas, sertão alagoano.

Cláudio foi um destes. Casou-se, em 19 de janeiro de 1884, com a alagoana Amália d’Amorim Leão (1861 – 8 de janeiro de 1906). Foram pais de um único filho, Cláudio Leão Dubeux (1884 – 1962).

Amália era filha do comendador português Manoel Joaquim da Silva Leão, negociante de secos e molhados em Maceió, e de Maria Josephina d’Amorim Leão.

Com a morte do comendador em 1881, seus filhos, Manoel, Luiz, José, Gertrudes (Iaiá), Francisco e Amália, herdaram, entre outros bens, o engenho Utinga, o engenho Oficcinas e o engenho Boa Paz.

Em 1893, os filhos do comendador e Cláudio Burle Dubeux, que administrava os bens da esposa, transformaram o engenho Utinga na então pequena Usina Leão, que permaneceu com a família até 2007.

Cláudio Leão Dubeux, casado com Carmem Lemos, assumiu os negócios do pai em 1919, após o seu falecimento no dia 12 de março.

Além de industrial, Cláudio Burle Dubeaux foi fotógrafo amador e responsável por um excelente acervo que foi repassado ao Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco por sua neta, Maria Cristina de Lemos Leão.

O alvo de suas lentes eram paisagens, familiares e grandes obras de engenharia, principalmente construções de estradas de ferro.

Em Alagoas, fotografou Piranhas, Usina Utinga e algumas ruas do Centro de Maceió.

As fotos aqui reproduzidas fazem parte do álbum O Fotógrafo Cláudio Dubeux, lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) e pelo Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco em 2011. Uma obra que deve ser adquirida por quem valoriza a arte da fotografia.

Vista Parcial de Piranhas em Alagoas

Piranhas fotografada de Sergipe por Cláudio Dubeux

Rua do Comércio em Maceió

Rua 1º de Março, atual Av. Moreira Lima em Maceió

Banda de Música na Rua da Alegria em Maceió

6 Comments on Cláudio Burle Dubeux e suas fotografias de Alagoas no século XIX

  1. Alagoas é um estado que quero visitar. A minha mãe, Guiomar Lopes Ferreira, era uma das principais jogadoras de basquete da Usina Utinga Keao em meados dadecada de 1930. Será que tem algum arquivo com fotos?

  2. Gostaria de saber se existem arwuivos do time de badquete na Usina Utinga Leão nos meados de 1930. Pois minha mãe, Guiomar Lopes Ferreira, trabalhava e fazia parte do time. Reconhecida como umadas mrlhores jogadoras

  3. Bruna Soares dos Santos Magalhães // 24 de janeiro de 2020 em 22:13 //

    Meu pai nasceu na usina leão Utinga. Viveu nela até a adolescência, quando meu avô, que era um administrador da usina faleceu. Quero tanto saber.mais sobre a história da usina.

  4. Carlos Alves // 22 de abril de 2020 em 23:40 //

    Nossa Utinga com tantas histórias, há poucos vi arquivos de time esportivo em meados aos anos 60.

    Sempre vou em Utinga, pois ainda trabalhei com D.Margarida Leão. (Hoje falecida)

    E sempre que posso vou em Utinga lugar onde descrevo como de belas paisagens e povo humilde.

  5. Eu tambem gostaria o meu avo americo leao e de major izidorio al. Tento saber ir mais adiante na geologia mas nao consigo quando vejo no caso dessa d.margarida leao se quem sabe e parente distante meu nome e paulo se puder ajudar e.poliveira500@yahoo.com.br

  6. Carlos tudo bem! Se caso volte a ler faça um contato. Me chamo Paulo e. poliveira500@yahoo.com.br

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