José Miguel de Vasconcelos, o Barão de Parangaba

Residência do Barão de Parangaba em Atalaia, no Povoado Santo Antônio

Titulado como Barão de Parangaba em 25 de setembro de 1889, foi um dos três últimos titulares do Império escolhidos pelo Gabinete Liberal de junho de 1889.

O rio Parangaba nasce no alto da serra em Pindoba e deságua no rio Paraíba (do Meio), em Atalaia, já perto do Pilar (contribuição do professor Alexandre Toledo).

José Miguel de Vasconcelos não chegou a receber o título. Os outros titulares desse período foram: Miguel Soares Palmeira (Barão de Coruripe) e Paulo Jacinto Tenório (Barão de Palmeira dos Índios).

José Miguel de Vasconcelos, o Barão de Porangaba

José Miguel de Vasconcelos, o Barão de Parangaba

Logo em seguida à proclamação da República, a Constituição Republicana de 1891, no seu Art.72 § 2º, estabeleceu que não admitiria privilégios de nascimento, desconheceria foros de nobreza e extinguiria as ordens honoríficas existentes e todas as suas prerrogativas e regalias, bem como os títulos nobiliárquicos e de Conselho.

José Miguel nasceu em Atalaia, Alagoas, em 12 de outubro de 1829. Filho de Antônio Toledo Machado e de Maria Toledo de Vasconcelos.

Em 1854 foi nomeado Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional. Participou da Guerra do Paraguai.

Contraiu núpcias com Joana Saraiva de Albuquerque, também de tradicional família da Zona da Mata alagoana, ligada à cultura canavieira. Tiveram um filho de nome João Carlos de Albuquerque.

Em 1890 foi eleito senador estadual de Alagoas, reelegendo-se sucessivamente por diversas legislaturas, de 1891 a 1906 (renunciou ao mandato em 14 de março para ser o candidato a vice-governador na chapa de Euclides Malta – 1906/1909) e de 1909 a 1912.

Durante sua gestão exerceu o cargo de presidente do Senado Estadual por 16 anos, ocupando, quando presidente do Senado, o cargo de governador de Alagoas entre 3 de junho a 12 de junho de 1909. Também foi prefeito de seu município de origem, Atalaia.

Por seus merecimentos, foi agraciado por D. Pedro II com o título de comendador da Imperial Ordem da Rosa em 1882.

Faleceu em 12 abril de 1916 seu corpo está sepultado no cemitério de Atalaia, segundo informações do dr. Cláudio Lúcio de Medeiros Albuquerque, seu tataraneto.

Sua propriedade rural em Atalaia continua nas mãos de um dos seus descendentes, Stelio Albuquerque.

14 Comments on José Miguel de Vasconcelos, o Barão de Parangaba

  1. ERIVALDO MARQUES // 13 de abril de 2016 em 18:12 //

    Eu conheço esta mansão hoje pertence ao grupo Toledo, mas conheci quando era da família João Carlos, é a fazenda Jardim das Lajes atualmente reformada está linda.
    Há se eu pudesse comprar uma casa dessa!

  2. Alexandre Toledo // 26 de outubro de 2016 em 16:40 //

    Mas a casa não pertence ao Grupo Toledo e sim ao casal Stelio Cerqueira de Albuquerque e Geny Toledo de Aluquerque.

  3. pertencia aos Filhos de Dr:João Carlos Filho que ele mesmo comprou a parte de seu Irmão Stelio Cerqueira de Albuquerque o Atual Proprietário

  4. Que São Descendente do Barão

  5. José EIias Félix Moreira // 1 de setembro de 2018 em 15:28 //

    Sou Alagoano de raízes paternos e maternos,nos meus estudos de história,em Jequiá da Praia os professores comentavam que em Atalaia havia alguns Senhores Feudais,que no período da escravidão arrancavam as genitálias das escravas,além de se relacionarem sexualmente e proliferar filhos mulatos bastardos,sem direitos e sem reconhecimentos.Hoje como nós vemos,ni fato mencionado,ainda existem para esses barões canavieiros,tantos elogios históricos.

  6. José Elias Félix Moreira // 1 de setembro de 2018 em 16:07 //

    Quem é mais nobre?O Buda,ou o burguês? O consumidor ou o Economista?Quem na verdade é o pobre ou o rico?O Senhor Feudal ou o Escravo?Segundo os estudiosos da área sociológica,arqueologia e história aproximadamente 200.mil anos,as secas na África atingiram cem anos,obrigando-os a migração para a Europa e Ásia havia passagem pelo estreito de Gibraltar,aonde enfrentariam ao invés do sol escaldante,frio,neve e inverno, sofrendo modificações físicas e psicológica,modificando a carapuça e a péle.Os europeus sabiam porém não deu a mínima para o lado do sentimentalismo ou seja,sem humildade de sentimentos,o que eles mais queriam era enriquecer com a mão de obra escrava.destratando no pelourinho na chibata,e estuprando as escrevinhas e proliferando filhos bastardos que não podiam admitir, nem ter o nome do feudo!Que digam que são brancos,se orgulham se quiseres…todavia não são!Não existem se quer um branco de péle!pois toda cor humana são amarelas,em tonalidades distintas ou preta!a cor primordial como sobrevivência para suportar o nosso Deus!o Sol.Os brasileiros mestiços não sabem que seus sobrenomes são fantasias de batismos de padres,ou ganharam de padrinhos,ou os pais acharam bonito o nome e deram ao filho,dos Santos,porque este é filho de Deus!Silva,etc…era obrigatório ter um nome português. Observe o meu nome;José Elias Félix Moreira dos Santos, Porém,entretanto tenho certeza que não sou!Não tenho o meu nome índio,de minha avó materna Antônia Rosa,filha de Maria Tereza,que é filha de uma Índia presa nos matos por cavaleiros e seus cães!Não tenho o meu nome negro de alguma tribo angolana,muito menos o nome desses brancos Senhores de Engenhos.

  7. José Elias Félix Moreira // 1 de setembro de 2018 em 16:19 //

    Meu avô João Moreira dos Santos, dizia para o meu pai;Manoel Moreira dos Santos, ser filho e Neto de Senhor de Engenho, na região de Parangaba Atalaia,ele ainda era um menino quando o pai morreu, que os irmãos mais velhos ficaram com toda a terra,e um quarto com muito ouro e prata.Que o avô feudal cortou a genitália da escrava por flagrar com um negro.Eu não desacredito!Também não conheço família nenhuma do meu avô,que também mencionava para o meu pai que ainda existia engenho deles em São Miguel dos Campos.A nobreza não está relacionado as riquezas que alguém possa possuir!Mas sim, nas qualidades psicológicas das faculdades da Europa já enraizadas na genética, e que ninguém pode mudar,pois os conhecimentos não é dado! Porém adquiridos por dom,de querer saber.

  8. Ola. Tenho muita curiosidade sobre meus antepassados. Sei que alguns eram natural de Paulo Jacinto. Meu vô Paulino Porangaba. Meu bisavo se nao me engano Miguel Porangaba.

  9. Alexandre Toledo // 7 de julho de 2020 em 14:21 //

    Que bela história do barão de Parangaba. O rio atualmente se chama Parangaba, nasce no alto da Serra, em Pindoba, e deságua no rio Paraíba (do Meio), em Atalaia, já perto do Pilar.
    Bom saber que o título de barão foi outorgado por bravura, pela participação na Guerra do Paraguai.

  10. UILSON DA SILVA PARANGABA // 12 de dezembro de 2020 em 10:44 //

    Sou morador de Dourados MS
    Li está matéria e fiquei muito feliz por saber que depois de tanto tempo hj tenho 52 anos e tenho um sobrenome que tanto honro em todas minhas atitudes como homem digno e honesto que sou e saber que tenho um descendente tão digno … USP

  11. Dâmaris Matias Porangaba // 2 de dezembro de 2021 em 22:43 //

    Meu pai e mãe são natural de Alagoas.
    Moramos em MT.
    A família Porangaba e Parangaba são as mesmas.
    Minha dúvida
    Meu pai sempre contou que o nome Porangaba foi por causa de um riacho.
    Aí mudou o sobrenome da família.
    No caso esse homem é antepassado Meu se for.
    Toda essa família é de origem de Paulo Jacinto e Atalaia.
    Sempre me falaram.
    Meu avô foi Paulino Porangaba.

  12. Quais são os outros filhos do barão de parangaba além do João Carlos ?

  13. Claudio Albuquerque // 27 de janeiro de 2023 em 00:35 //

    Sou tataraneto do barão de Parangaba , seu corpo foi sepultado no cemitério de Atalaia e não na fazenda onde morava como fala o artigo . Ele o Barão dava muito valor a educação e cultura e foi assim que educou meu bisavô João Carlos de Albuquerque no qual fez parte da 1ª turma de medicina a se formar na Bahia. Hoje essa propriedade pertence a Stelio Albuquerque meu tio avô e neto do Barão de Parangaba também conhecido como Barão José Miguel .

  14. Interessante como se criou estórias sobre os escravos. Ninguém informou a estas pessoas que nos inventários da época o maior preço era dos escravos, ninguém andava a maltratar sua fonte de renda como os fizeram acreditar. E bem a propósito os ditos “senhores” são homens e mulheres que trabalharam duramente para conseguir sua riqueza. Aqui é uma vida duríssima e só os fortes e trabalhadores venciam.

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