Hugo Santana, o galã de novela e cantor do rádio que passou fome antes do sucesso
Pesquisa inicial de Claudevan Melo, ampliada pela editoria do História de Alagoas
Hugo Santana nasceu em Palmeira dos Índios, Alagoas, em 5 de dezembro de 1936. Com seus 1,90m de altura, foi literalmente um galã do rádio e da TV nos seus primórdios no Brasil.
Com três anos de idade, após perder o pai, mudou-se com a mãe para João Pessoa, Paraíba. Aos treze anos, quando cursava o segundo ano ginasial, foi expulso do colégio e abandonou os estudos.
Era considerado um jovem “terrível”, que passava o seu tempo na “Sinuca do Salú” e por isso foi recolhido a uma escola correcional, em Pindobal onde fez contato com a música e aprendeu a cantar.
Considerado recuperado, passou a trabalhar com os tios num armazém em Recife. Era o caixeiro-ciclista da empresa.
Aos 16 anos, pegou um “pau-de-arara” e foi tentar a vida no Rio de Janeiro, morando com outro tio que o empregou numa companhia de seguros. Não demorou e largou o emprego e a casa do tio para tentar a vida sozinho.
Em uma entrevista de 1960, revelou que um dia se surpreendeu em Copacabana sem ter onde dormir e o que comer. Trabalhou em carvoaria e foi entregador de pão, lavador de carros, porteiro de cinema, tintureiro e auxiliar de escritório.
Nesse período, conheceu um boêmio que o acompanhava ao violão nas horas de folga. Com o incentivo desse amigo, fez teste para cantar na Rádio Vera Cruz, mas foi “gongado”. Não desistiu e continuou a participar de outros programas de calouros. O melhor resultado conseguiu no “Aí vem o pato“, onde classificou-se em 2º lugar.
Em um destes programas conheceu Sadi Cabral, que o levou para cantar no coral do Teatro João Caetano. Estreou numa peça de autoria do próprio Sadi Cabral, “Não vou no Golpe”, que tinha como atores principais Zeloni, Costinha, Berta Loran e Noelia Noel.
Com viagem marcada para São Paulo, a peça fez sua última apresentação no Rio de Janeiro tendo uma espectadora especial sentada na primeira fila: a mãe de Hugo, que chorava sem parar diante do filho ator e cantor.
Em São Paulo, ao final da temporada, Hugo abandonou a companhia e, para sobreviver, trabalhou numa fábrica de sorvetes.
Voltou ao mundo artístico cantando no restaurante de um português, que lhe pagava cem cruzeiros por noite com direito a uma janta. “Desisti daquilo [teatro] e preferi cantar em boates. Do ‘Chicote’ para as Associadas foi um pequeno pulo”, revela em entrevista para a Revista do Rádio em 1960.
Após peregrinar por várias boates, foi apresentado a Cassiano Gabus Mendes pelo cantor Agnaldo Rayol. Convidado por Cassiano para fazer um teste nas Emissoras Associadas de São Paulo, causou tão boa impressão que ganhou imediatamente um contrato de dois anos.
Ao mesmo tempo, foi convidado por Geraldo Vieira para ser destaque na premiada peça “Os gatos pingados”, atuando como ator-cantor ao lado de Pery Ribeiro, Lolita Rodrigues, Dorinha Durval, Carmem Marinho e outros.
Em 1960, participou como animador do programa “Depois da Meia-noite”, na Rádio Tupi, que era transmitido diretamente da boate “Golden Ball”.
No final de 1960, a Revista do Rádio entrevistou a cantora Denise Dumont, oficialmente batizada como Maria José Avelar, e ouviu dela que estava namorando Hugo Santana. Informada pelo repórter que o casal era conhecido como “a bela e a fera”, respondeu: “ — Ah! Não fale isso. Hugo pode ser feio. Mas, é bonzinho para mim. Homem não precisa ser bonito para impressionar as moças. Eu gosto do Hugo, e está pronto!”.
A Revista do Rádio o escolheu como a revelação masculina entre “Os Melhores do Rádio” em São Paulo no ano de 1960. No ano seguinte faz sucesso na boate “Michel” e assinou contrato com a gravadora Mocambo.
Na Mocambo, convidado por Izio Goss, gravou “Na rocha da siribeira” e “Seu sorriso”, este último um samba de Lupecy Fiorine e Oscar Castro Neves.
Em 1961, a coluna Mexericos da Candinha, da Revista do Rádio, revelou uma das facetas do artista alagoano. Entre as diversas notas dos Mexericos de São Paulo, surgiu o seguinte comentário: “Contaram-me que o Hugo Santana está perdendo muitos amigos dentro e fora do rádio. A razão disso é que ele ‘picha’ demais os colegas…”.
Gravou seu primeiro disco pela Chantecler em 1962, ainda em 78 rpm (anterior ao LP). As músicas foram a guarânia “O passado não importa”, seu primeiro sucesso, e o samba “Procuro alguém”.
Recebeu o troféu Chico Viola (Francisco Alves) e tornou-se o cantor revelação de 1962. Neste mesmo ano atuou também como ator e cantor na novela “A canção que a noite levou”, de Alves Teixeira, apresentada na TV Tupi e que teve a participação de Edith Veiga e Celly Campello. A música tema da novela foi “Acho graça”, um sucesso de Celly Campello.
Na Rádio e Televisão Tupi participou ainda das novelas “A vida tem dois caminhos” e o “Mistério da Casa Grande“. Como animador do programa de rádio “Clube de Fãs”, levou a audiência a atingir altos níveis em São Paulo.
Deixou a Chantecler em junho de 1963 e assinou contrato com a Continental, onde estreou gravando o bolero “Calma, Coração”, de Kátia Rochane, e o samba bossa-nova “Adeus à Solidão”, de Dalton Vogeler. Depois gravou também pela Odeon e Copacabana.
Em agosto de 1963, após voltar de uma excursão pelo Uruguai e Argentina onde se apresentou nas boates “Gong”, em Buenos Aires, e “Cassino“, em Bariloche, anunciou que romperia com a Tupi para seguir a carreira artística como “free-lancer”. No dia seguinte surpreendeu o mundo musical ao aparecer cantando na TV Record.
Anunciado como uma das atrações da Telenovela Colgate “Corações em Conflito”, fez o papel de um bom filho pelo qual sua madrasta se apaixonava perdidamente. A telenovela ficou no ar entre 10 de dezembro de 1963 a 5 de fevereiro de 1964 pela TV Excelsior, sendo exibida para o Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
Em julho de 1964, a Continental anunciou que lançaria em breve o primeiro LP de Hugo Santana. O título era “Chegou minha vez de amar” e a orquestra foi regida por Élcio Alvarez. São onze músicas e entre elas uma versão de um sucesso de Sammy Davis Jr.
O disco chegou ao mercado somente no início de outubro daquele ano e tinha faixas como: Berimbau, Caminhos do Amor, Samba sem Porquê e O Amor Chegou, do próprio Hugo Santana.
Ainda na TV Excelsior, em agosto de 1964, atuou na novela “A Cidadela”, uma adaptação de Ciro Bassini em que os principais intérpretes eram Carlos Zara, Neide Pavani, Fernando Baleroni e Hugo Santana. No mesmo período também participou da Telenovela Colgate “A outra face de Anita”.
Também atuou, em 1965, como animador do programa “Show do Meio Dia” na TV Excelsior. Já trabalhava para esta emissora desde 1963, quando saiu da Tupi.
Em novembro de 1965, participou da novela “A Deusa Vencida” ao lado de Édson França, Tarciso Meira, Glória Menezes, Ruth de Souza, Raquel Martins, Altair Lima, David Neto e Maria Aparecida Alves. No final da desta novela, no início de 1966, uma nota da Revista do Rádio destacou que ele criou problemas nos últimos capítulos, “recusando-se a participar da gravação, o final do seriado teve de ser alterado”.
O motivo do desentendimento foi a necessidade de tempo para gravar o disco com os mesmos motivos da novela, como “Balada para uma deusa menina” e “Pequena Paisagem de Amor”.
Rompeu o contrato com a TV Tupi e voltou ao Rio de Janeiro onde, em 1966, participou do Festival da Canção defendendo a música “Canção Brasileira“, de Heckel Tavares e Luís Peixoto. Ficou entre as 14 melhores músicas da fase nacional.
Em outubro do mesmo ano, também participou do Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, interpretando “Fim de Sonho“, de Sílvio Mazzuca, classificada entre as 12 finalistas.
Ao lado do também cantor Orlan Divo, participou como convidado de várias edições do programa, Chico Anísio Show, em 1967. No mesmo ano, entre 28 de junho e 16 de dezembro, atuou na novela “Anastácia, a mulher sem destino”, na Globo. Nesta produção estão Henrique Martins, Leila Diniz, Neuza Amaral e Aracy Cardoso.
Ainda em 1967, lançou pela Odeon o LP “Momento a Momento”, que o recolocou nas paradas de sucesso.
No final de 1969, uma nota da revista InTerValo informou que “o talentoso cantor, apresentador e comediante Hugo Santana reapareceu na TV Jornal do Comércio, do Recife, com um show semanal (aos sábados). Dizem os fofoqueiros que os fãs de Wilson Simonal não estão gostando de seu show, porque Hugo Santana procura imitar o embalo e a onda do Simona. O que é perfeitamente possível desde que se tenha as qualidades de Simonal: o próprio Simona diz isso”.
A mesma revista que anunciou a volta de Chico Buarque ao Brasil em março de 1970, informou, na coluna do Chacrinha, que Hugo Santana estava em Buenos Aires estreando no teatro de revistas, “amando as portenitas e outros babados complicados… Quando voltar, o Hugo estará mais rico, mais doido e mais perturbador, sim senhor!”.
Ainda em 1970, outra nota na mesma revista InTerValo revelou que ele tinha sido contratado para o programa Super Sábado da TV Piratini, Canal 5 de Porto Alegre, a pedido de José de Maria, um argentino produtor da emissora.
Não deve ter durado muito por lá. Pelo menos é o que deixa escapar o próprio contratante. “Pensei nele, que é brasileiro e artista conhecido todo o país, mas Hugo me decepcionou inteiramente. É metido a vedete e não cumpre suas obrigações. Além disso, brigou com todo mundo da emissora, e comete gafes, quando resolve improvisar, ao invés de seguir o roteiro. Improvisa tão mal, que até o público chega a reclamar”.
Em 1972, mudou-se para Porto Rico como cantor e produtor musical. Lá, em agosto, cantou no concurso Miss Universo. Foi a primeira transmissão mundial via satélite.
A revista O Cruzeiro de 9 de agosto de 1972, se refere a Hugo Santana como o único brasileiro que vivia em Porto Rico. “É um artista muito popular para os porto-riquenhos. Sua apresentação no espetáculo de Miss Universo, na transmissão semifinal, foi um sucesso. Hugo é um alagoano com toda a bossa do carioca e transformou o auditório do Ceromar num autêntico carnaval”.
Segundo seu amigo Mateus Damata, Hugo lhe confessou que se arrependeu de ter voltado para o Brasil depois deste período em Porto Rico, onde tinha se casado com uma bela americana. “Ele me disse que estava muito bem por lá, mas encheu o saco e resolveu abandonar tudo e voltar”, testemunhou Mateus.
Após seu retorno ao Brasil, sua primeira aparição foi noticiada pelo Diário de Pernambuco de 18 de agosto de 1973 ao anunciar que “Hugo Santana – O cantor brasileiro mais aplaudido no Caribe” participaria das Grandes Noitadas da Mouraria, em Recife. No show, também estariam Galo Preto e seu Trio de Ouro, além de repentistas e “um movimentado show de música regional”.
Nos anos 70, participou como convidado de alguns programas de televisão, principalmente do Almoço com as Estrelas ou Clube dos Artistas, ambos comandados por Airton e Lolita Rodrigues.
Uma nota publicada na coluna Noite, de Gilmar Torres, no jornal Diário de Notícias, de 16 de julho de 1976, revelou que Hugo Santana estava naquela data economicamente bem em Porto Rico, mas afastado do mundo artístico. “Hoje, retirado do mundo artístico local, é o líder de audiência em rádio quando o público ouvinte sintoniza seu aparelho para ouvir a voz do Pastor Hugo Santana. Juro por Deus!”.
Não foi possível recolher mais detalhe sobre essa volta ao Caribe como líder religioso, mas em 1978 já estava no Brasil e divulgado nos jornais como o apresentador do humorístico “Os Pankekas”, em São Paulo. O programa teve a participação de Ronnie Cócegas (Maloneze), Mário Alimari (Fereguete) e Sandrini (Michilin). A direção era de Tittus de Miglio e a redação de José Sampaio e Emanuel Rodrigues, outro alagoano.
Tratado como um bom cantor, Hugo Santana foi anunciado pelo Diário de Pernambuco de 1º de maio de 1980, como um artista que “vai aparecer na televisão como ator. Ele será gerente de um Motel no episódio ‘Quem Matou Sandra?’, da série Plantão de Polícia”.
O mesmo jornal, meses depois, em 14 de julho de 1980, volta a se referir a ele como alguém que está “se defendendo”. “Além de uma participação no seriado ‘O Bem Amado’, vai aparecer como dono de uma gravadora em ‘Chega Mais’”.
Edécio Lopes, ao contar a história da sua passagem pela Rádio Palmares nos anos 80, lembrou que a chegada de Hugo Santana para apresentar o programa Viva o Rádio, em 1982, tirou a emissora do último para o primeiro lugar na pesquisa do Ibope. Foi o próprio Edécio quem o trouxe de Recife.
Alguns profissionais daquela época lembram dele como uma pessoa problemática e de difícil convivência. Um dos operadores da Rádio Palmares que trabalhou com ele, disse que Hugo foi afastado da Rádio depois de ter se desentendido com todos os operadores. “Ninguém queria trabalhar com ele“, revela esse profissional. Depois da Rádio Palmares foi trabalhar na Rádio Difusora de Alagoas.
O radialista sergipano Mateus Damata, que conviveu com Hugo Santana no Sistema Atalaia de Comunicação em Aracaju, lembra que certa vez o artista alagoano pediu para também ter espaço na Atalaia FM (já atuava na Atalaia AM). “Eu disse a ele que, apesar de gostar do trabalho dele, sabia das confusões que ele causava e, por isso não dava o espaço para ele”.
Segundo Mateus, ele recebeu muito bem a negativa: “temperamento ninguém muda, tenho que conviver com o meu”, justificou.
Após deixar a Rádio Atalaia, Hugo foi para a TV Jornal de Aracaju, onde apresentava um programa de auditório e, segundo Mateus, “ficava irritado toda vez que ocorria um erro, como a falta de enquadramento da câmera, falta de atenção do controle mestre etc e corrigia os caras com o programa no ar. Percebi que isso era, na verdade, uma preocupação com a qualidade daquilo que ele fazia. Um hábito de quem trabalhou em grandes emissoras”.
Mateus Damata revelou ainda que Hugo não criava problemas gratuitamente, mas reagia violentamente quando eles apareciam: “As vezes resolvia a questão no tapa“.
Foi nesse período que Mateus recebeu um telefonema do colega de profissão, convidando-o a ir até a sua casa. “Fiquei surpreso, mas fui. Ele queria conversar, desabafar um pouco e preferiu falar com um cara que foi franco com ele. Ficamos amigos. Ele me disse que estava com uma doença muito grave e, que não tinha muito tempo de vida“, recordou Mateus.
Chocado com a informação, Mateus perguntou se não tinha como tratar: “ele me disse que não adiantava, era esperar o fim. Me disse isso sem amargura nenhuma. Até pensei que ele estivesse brincando. Mas depois percebi que era sério. Nesse período aparência dele ainda estava muito boa. Ele era um cara meio galã“.
Mateus lembrou ainda que Hugo nunca revelou qual era sua doença grave. “A última vez que o vi, foi num evento evangélico, já com a aparência bem doentia. Penso que ele foi lá para receber oração. Ele me cumprimentou rapidamente. Depois tomei conhecimento que ele havia ido embora para a Paraíba. Um tempo depois soube que havia morrido. Ele foi um cara bacana comigo, mas sei que aguentar o Hugo, segundo a galera, não era mole não”, admitiu.
Hugo procurou mesmo a família na Paraíba para viver seus últimos momentos, como confirmou seu primo Sérgio Santos, no blog Histórias do Serjão. Ele revelou que em conversa com uma prima descobriu que ele faleceu em João Pessoa, para onde foi já doente. “Dirigiu o próprio carro até João Pessoa, mas já estava com a doença ruim. Ficou internado no hospital por quatro meses. Um dia ele pediu à nossa prima uma refeição com carne-seca desfiada, temperada com azeite Gallo, batida no liquidificador e coada. Foi atendido. Recebeu a refeição através da sonda”.
Não há informação precisa sobre a data em que faleceu e como viveu seus últimos dias.
Gostei de saber da vida desse artista!
E a vida conjugal do Hugo Santana?
Foi casado com mulher ou vivia castamente??? Não vi nenhuma referência a esse respeito.
Aguardo resposta, por favor.
Trabalhei com Hugo Santana em 1986 em Aracaju. Eu era cinegrafista é ele um dos locutores no pgm político que gravamos para a N. Menezes produções. Ele chegou a fazer um pgm na TV Atalaia/Aracaju nos mesmos moldes do Show do meio dia.
Conheci Hugo Santana na Rádio Palmares aqui em Maceió. Sempre fazia visitas a ele, escutava seu programa na rádio e gostava da brincadeiras. Ainda o vi na tv no programa dos trapalhões, onde ele fazia algumas participaçoes. Ainda hoje tenho guardado uma foto dele com um autógrafo e achava muito interessante as músicas dele. Coceira, milhões e milhões e outras. Fiquei triste com a forma da sua morte. Foi um amigo.
Era um grande locutor e cantor de rádio!!
HUgo Santana morreu onde e quando?
Fui contemporâneo do Hugo Santana no Sistema Atalaia de Comunicação em Aracaju. Ele trabalhava na Atalaia AM e eu era coordenador e locutor da Atalaia FM. Durante muito tempo a gente não ia com a cara um do outro. Certa vez ele me pediu um espaço na FM , mas eu disse a ele que, apesar de gostar do seu trabalho , sabia das confusões que ele causava e, por isso não dava. Ele encarou muito bem e me respondeu “temperamento ninguém muda, tenho que conviver com o meu”. Um tempo depois de minha saída da radio, ele conseguiu meu telefone e me ligou, pedindo que eu fosse na casa dele, que depois descobri que não ficava longe da minha. Fiquei surpreso, mas fui. Ele queria conversar, desabafar um pouco e preferiu falar com um cara que foi franco com ele. Ficamos amigos, ele me disse que estava com uma doença muito grave e, que não tinha muito tempo de vida. Perguntei se não tinha como se tratar ? ele me disse que não adiantava, era esperar o fim.Me disse isso sem amargura nenhuma. Até pensei que ele estivesse
brincando. Mas depois percebi que era sério. Nesse período aparência dele ainda estava muito boa. Ele era um cara meio galã. Ele me contou dos trabalhos que ele fez na TV e no radio, do seu tempo nos Estados Unidos e Porto Rico, do Concurso Miss Universo na primeira transmissão via satélite mundial. Ele nunca me disse qual doença grave era essa, eu também não perguntei. Rimos muito, ele era cara engraçado cheio de piadas, um contador de histórias. O visitei várias vezes. A última vez que o vi, foi num evento evangélico, já com a aparência bem doentia. Penso que ele foi lá para receber oração. Ele me cumprimentou rapidamente. Depois soube que ele havia ido embora para a Paraíba. Um tempo depois soube que ele havia morrido. Ele foi um cara bacana comigo, mas sei que aguentar o Hugo, segundo a galera, não era mole não.
Caro Mateus, pela importância do seu depoimento, tomei a liberdade de incorporar parte dele ao texto.
Ok. Pode utilizar a vontade.
Amigo, me lembrei de outros detalhes e, resolvi editar o que escrevi. Caso você ache que ficou grande demais, mantenha o antigo. fique a vontade. Mateus
Fui contemporâneo do Hugo Santana no Sistema Atalaia de Comunicação em Aracaju. Ele trabalhava na Atalaia AM e eu era coordenador e locutor da Atalaia FM. Durante muito tempo a gente não ia com a cara um do outro. Certa vez ele me pediu um espaço na FM , mas eu disse a ele que, apesar de gostar do seu trabalho , sabia das confusões que ele causava e, por isso não dava. Ele encarou muito bem e me respondeu “temperamento ninguém muda, tenho que conviver com o meu”. Um tempo depois de minha saída da radio, ele conseguiu meu telefone e me ligou, pedindo que eu fosse na casa dele, que depois descobri que não ficava longe da minha. Fiquei surpreso, mas fui. Ele queria conversar, desabafar um pouco e preferiu falar com um cara que foi franco com ele. Ficamos amigos, ele me disse que estava com uma doença muito grave e, que não tinha muito tempo de vida. Perguntei se não tinha como se tratar ? ele me disse que não adiantava, era esperar o fim. Me disse isso sem amargura nenhuma. Até pensei que ele estivesse
brincando. Mas depois percebi que era sério. Nesse período aparência dele ainda estava muito boa. Ele era um cara meio galã. Ele me contou dos trabalhos que ele fez na TV e no radio, do seu tempo nos Estados Unidos e Porto Rico, do Concurso Miss Universo na primeira transmissão via satélite mundial.
Certa vez ele me disse que a única coisa que se arrependia, era ter voltado para o Brasil depois de ter se firmado nos Estados Unidos (ou Porto Rico) com aquele evento de Miss Universo que teve repercussão mundial. Tinha se casado com uma americana gata e ganhava em dólar. Estava muito bem mas, encheu o saco e, resolveu abandonar isso tudo e voltar.
Um tempo depois que eu saí da Atalaia FM, consegui entender as confusões do Hugo. Ele havia saído da Radio Atalaia e estava na TV Jornal de Aracaju, hoje TV Canção Nova, apresentando um programa de auditório. Ele ficava irado no ar, toda vez que ocorria um erro, como a falta de enquadramento da câmera, falta de atenção do controle mestre etc. e corrigia os caras no ar. Era semelhante ao que o Marcelo Rezende fazia ao vivo. Percebi que isso era na verdade, uma preocupação com a qualidade daquilo que ele fazia. Um hábito de quem trabalhou em grandes emissoras. E desse mal, eu também padeço. Sempre cobrei profissionalismo nas emissoras que dirigi e, poucos foram os colegas que me entenderam. Um outro cara que também veio de grandes emissoras e não tolerava falhas, era o Luciano Alves da Radio Globo do Rio, que voltou para Aracaju depois de ter feito um enorme sucesso fora. Ele trabalhou também na Atalaia AM. Ficamos grandes amigos. Mas toda vez que eu gravava um comercial de qualquer maneira, ele me cobrava.
O Hugo não criava problemas gratuitamente, mas reagia violentamente quando ele apareciam. As vezes resolvia a questão no tapa.
Ele nunca me disse qual doença grave era essa, eu também não perguntei. Rimos muito, ele era cara engraçado cheio de piadas, um contador de histórias. O visitei várias vezes. A última vez que o vi, foi num evento evangélico, já com a aparência bem doentia. Penso que ele foi lá para receber oração. Ele me cumprimentou rapidamente. Depois soube que ele havia ido embora para a Paraíba. Um tempo depois soube que ele havia morrido. Ele foi um cara bacana comigo, mas sei que aguentar o Hugo, segundo a galera, não era mole não.
Fui espectador do Show do Meio Dia na TV Excelsior era um programa sensacional ,oHugo Santana fazia a apresentacao ,vestia smokings e gravata borboleta .Era um verdadeiro show com os na elhomelhorrd cantores da época ,inclusive a cantora Márcia ,o diretor do programa era Silvio Luís .Márcia e Silvio Luís começaram a namorar e se casaram .O Hugo foi o cupido . Memória inesquecivel.Grande Hugo Santana
Hugo Santana foi um muito bom apresentador, um showman , entretia a plateia , cantava .
O programa era diario e ao vivo, tinha que saber levar…O auditório ficava lotado na hora do almoço, tinha de tudo office boys, gente na hora do almoço, tinha uma cantora q participava sempre Cidinha Santos se não engano…bons tempos!
O
No início dos anos 1990 e junto com meus amigos de infância fomos calouros no programa Hugo Santana. Ele foi muito legal com os convidados, ficamos em segundo lugar e saímos felizes com uma cesta de chocolates rsrs
Conheci o Hugo Santana, era muito amigo do meu pai, ele morava na Praia de Cruz das Almas (Maceió), sempre ia na casa que ficava de frente ao mar. Era criança, mas lembro muito dele. Ainda tenho 2 compactos autografados. O cara foi um grande artista!!!
Na época do Show do Meio Dia, TV Excelsior, eu era office boy e corria até o auditório para assistir o show. Hugo Santana era ótimo apresentador e animador e foi lá que conheci pessoalmente a Cidinha Santos, que depois passou a usar o nome de Cíntia, casada com Eli Correia, e conheci também Roberto Carlos, que lá se apresentou algumas vezes cantando Parei na Contramão. Meu companheiro de trabalho na empresa, também como office boy, era o sensacional Angelo Franzão Neto, que se tornou o grande publicitário, professor, palestrante, consultor e etc., com o qual tenho grande orgulho de ter iniciado minha vida profissional.Que saudades!
Complementando meu comentário, Angelo Franzão e eu fomos fãs incondionais de Hugo Santana e do show do meio dia.