Vereador e prefeito Abelardo Pontes Lima
Filho de João Norberto de Lima e de Joana Gualberto Pontes Lima, Abelardo Pontes Lima nasceu em São José da Laje, no dia 4 de agosto de 1900. Não há informações sobre onde deu os primeiros passos nos estudos, mas há registros sobre ter iniciado o curso de Farmácia em Recife.
Nesta época, em Recife, trabalhava como auxiliar no The London & River Plate Bank e casou-se, no dia 8 de maio de 1921, com Maria Dolores de Pontes Lima. Moravam na Avenida João de Barros quando, em 28 de janeiro de 1922, nasceu sua primeira filha, Maria do Socorro. Maria Dolores era filha de Caetano Guilherme de Pontes e Francisca de Pontes, também ligados a Usina Serra Grande em São José da Lage.
Em Maceió, conquistou o bacharelado na Faculdade de Direito de Alagoas e passou a advogar nas áreas de Direito do Trabalho e Previdenciário. Sua clientela abrangia grandes empresas alagoanas. Na política, seus primeiros passos foram em sua terra natal, São José da Lage, onde atuou como Conselheiro Municipal.
Teve cinco irmãos: Luiz Pontes Lima, engenheiro em São Paulo; Hildebrando Pontes Lima, corretor no Rio de Janeiro; Mercês Tavares Correia, esposa do clínico dr. Tavares Correia; Inês Costa Pinto, esposa do engenheiro Antônio Costa Pinto e Noêmia Fernandes, esposa do comerciante Lourival Fernandes.
Sua mãe, Joanna de Pontes Lima, faleceu no dia 23 de fevereiro de 1932. Viúvo, João Norberto de Lima, voltou a casar e teve mais três filhas com Lívia Dias Lima. Faleceu em 7 de março de 1947.
Carreira política
O seu primeiro mandato em Maceió foi o de vereador pela UDN, função que assumiu no dia 14 de dezembro de 1950, quando foi diplomado ao lado dos seguintes colegas: Hermes Bezerra, Demerval Fernandes, Togo Falcão, Domício Cavalcanti, José Caldas, José Sebastião Bastos, Pedro Moura, Vladimir Pedroza, Cleto Marques, José Quintela, e José Viana Filho.
Em 11 de fevereiro de 1952, Abelardo Pontes Lima é leito presidente da Câmara Municipal de Maceió. A disputa foi renhida e houve empate entre ele e o vereador Togo Falcão. Foi escolhido por ter mais idade no critério de desempate.
Ocupando a presidência do poder legislativo municipal, assume interinamente a Prefeitura da capital no dia 3 de junho de 1952 e fica no cargo por alguns meses cumprindo preceito constitucional. O afastamento do prefeito Joaquim Leão se deu como desdobramento da aprovação da autonomia de Maceió, resultado da reforma da Constituição Estadual.
Depois do início das suas atividades políticas, são poucos os registros encontrados sobre sua atuação como advogado. Entretanto, no dia 8 de dezembro de 1953, é noticiado que ele foi empossado no Conselho Fiscal da Caixa de Assistência dos Advogados de Alagoas, dia que se instalava a entidade, cujo primeiro presidente foi Caio de Aguiar Porto.
No início de 1954, o prefeito Lucena Maranhão adoece e Abelardo Pontes Lima, vereador e presidente da Câmara, volta ao governo novamente de forma interina, onde permanece até o dia 21 de junho de 1954.
Nas eleições de 1954, quando Muniz Falcão foi eleito governador de Alagoas, Abelardo Pontes Lima é candidato a deputado estadual, mas não consegue os votos suficientes. Sem mandato, assume o cargo de Consultor Jurídico da Câmara de Maceió no início de 1955. Esse cargo tinha sido criado em março daquele ano.
Ainda em março de 1955, morre o prefeito Lucena Maranhão e assume interinamente Cleto Marques Luz. Novas eleições são convocadas para outubro daquele ano. Abelardo Pontes Lima (PSD) disputa como candidato da coligação PSP/PSD/PTB/PR e derrota Oséas Cardoso e Sebastião da Hora. Foi diplomado no dia 26 de outubro e tomou posse em 3 de novembro.
Prefeito Abelardo Pontes Lima
Ainda em 1952, quando assumiu interinamente, estabeleceu como prioridade a assistência aos bairros menos favorecidos. A sua primeira grande obra foi a construção de uma lavanderia pública em Ponta da Terra, com o objetivo de diminuir o trabalho de centenas de lavadeiras que tinham que se deslocar diariamente até o Riacho do Reginaldo. A sugestão da obra foi do deputado federal Rui Palmeira.
A recomposição do calçamento da Av. da Paz e da Rua Sá e Albuquerque em Jaraguá, e a instalação do serviço de energia elétrica em Riacho Doce e Ipioca também foram obras reconhecidas pela população durante o governo interino de 1952/1953.
Outra obra que marcou a gestão interina de Abelardo Pontes Lima foi a entrega, em janeiro de 1953, da reurbanização do Parque Bom Conselho, que passou a se chamar Parque Rodolfo Lins e que hoje é a nossa Praça do Pirulito.
Em seu primeiro mandato como prefeito eleito, Abelardo Pontes nomeia uma comissão para organizar as festas natalinas de 1956 no município. Ele queria que os folguedos — Pastoris, Fandangos, Cheganças, Guerreiros, Baianas, Reisados e Quilombos — fossem apresentados em instalações adequadas. Presidiu a comissão o diretor da Educação Evilásio Tores. Téo Brandão, da Comissão Alagoano do Folclore, foi o assessor técnico.
Ainda em 1956, foi concluída a obra do panteão erguido na Praça da Faculdade, uma homenagem a Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e Tavares Bastos. Em 1957, calçou o trecho da Rua Santo Antônio entre o antigo Cine Lux e a Casa dos Pobres.
Foi durante sua gestão que jorrou petróleo pela primeira vez em Maceió. O poço ficava no Tabuleiro dos Martins e a descoberta se deu no dia 17 de outubro de 1957. Como a vazão era pequena, a Petrobras avaliou que do ponto de vista comercial os resultados não eram animadores.
Em janeiro de 1958, a prefeitura contrata a Cruzeiro do Sul para realizar o levantamento aerofotogramétrico da capital. Serviria de base para o plano de desenvolvimento da cidade, que segundo o prefeito Abelardo Pontes seria “a maior obra de sua administração”.
O tal plano parecia mesmo necessário, pelo menos é o que indica a nota publicada no Jornal do Brasil de 2 de fevereiro de 1958, que cobra providências ao prefeito para retirar vacas e cavalos que pastavam na Praia da Pajuçara “onde a grama está cobrindo a areia”.
Outra crítica ao prefeito veio de Fernão Velho, onde a Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, CNEG, fundou o Ginásio Santa Luzia para aulas noturnas em um grupo escolar da Prefeitura. Segundo a denúncia em jornais, o prefeito não quis instalar energia elétrica no prédio. Os exames de admissão forma feitos à luz de velas e lampiões.
Entre as obras de importantes da sua gestão destacam-se a pavimentação da estrada Maceió-Trapiche e Maceió-Bebedouro, das ruas Miguel Omena e Xavier de Brito, no Prado, e, na Educação, construiu os grupos escolares Antídio Vieira, no Trapiche da Barra, e Silvestre Péricles, no Pontal da Barra.
No dia 1º de agosto de 1959, Abelardo Pontes Lima recebeu em Maceió a visita do líder comunista Luiz Carlos Prestes. Em campanha para eleger o Marechal Lott, Prestes também esteve na Câmara Municipal e em um encontro com o governador Muniz Falcão no Palácio dos Martírios.
Abelardo Potes Lima concluiu seu mandato de prefeito no dia 2 de dezembro de 1960, não havendo após esta data nenhum registro público encontrado por esta pesquisa de qualquer intervenção política em Alagoas. Faleceu no sábado, dia no dia 26 de junho de 1971.
Em sua homenagem, Maceió tem duas vias com o seu nome. A Rua Dr. Abelardo Pontes Lima, na Gruta de Lourdes, e a Travessa Dr. Abelardo Pontes Lima, no Vergel do Lago.
Isso de cavalo e boi pastando na Pajuçara, é intriga da oposição! Em 1958, nem tinha movimento na pajuçara! Isso foi plantado pela oposição. Pois, o JORNAL DO BRASIL noticiando isso. Ainda mais naquela época, na qual ninguém queria saber de Maceió! Quanto a esse negócio de não querer puxar energia para um um colégio??!!! Isso é estória de quem não achou corrupção nas administrações de Dr Abelardo à frente da Prefeitura de Maceió!
Tem muitos outros pontos da história de doutor Abelardo que não é citado aí, como a filha adotiva, a mulher que morava com ele, que cuidou dele até o último dia de vida dela, antes dele se casar com a sua última esposa. Minha avó foi filha de criação de Dr. Abelardo… Hj ela tem quase 90 anos.
Como era o nome de sua vó? Filha adotiva de Dr Abelardo pontes lima, pois fui casada com o neto dele e nunca ouvi falar de sua vó, por favor fale o nome dela pra ver se a família reativa a memória.
Nome da minha avó era Maria de Nazaré, foi criada por uma mulher de dr. Abelardo que se chamava diolinda, irmã de uma senhora por apelido matone. Minha avó faleceu em 2021, mas sempre teve muito carinho e recordava com saudades dos pais adotivos