Descoberta de sal-gema em Alagoas foi por acaso
Quando as sondas começaram a perfurar o solo nas áreas de mangue da Lagoa Mundaú em 1941, o objetivo do Conselho Nacional do Petróleo era o de ali prospectar petróleo. A firma contratada não teve sucesso com o petróleo, mas encontrou um “leito” de sal-gema sob Maceió.
Segundo relatório apresentado à Codeal pelo professor Abel Tenório Cavalcante em junho de 1970, os poços eram os Al-2 e o Al-3 e a empresa constatou “a existência de 80m de sal-gema, de alta pureza, na região de Maceió, a uma profundidade de 1.000 metros”.
Em 1941, nem a empresa contratada e nem o CNP deram importância à descoberta. Quem achou que a sal-gema tinha valor foi o empresário baiano Euvaldo Freire de Carvalho Luz, que era o proprietário da oficina que recebia as sondas para reparo e percebeu nelas os fragmentos do mineral.
Interessado em explorar a descoberta, Euvaldo Luz procurou o governo Federal em 1944 para obter a concessão, mas descobriu que tal benefício já tinha sido outorgado a um grupo internacional com validade de 22 anos.
Antes, em Palmeira dos Índios, no agreste alagoano e a 139 km da capital, pesquisas autorizadas pelo Decreto nº 8.597 de 21 de janeiro de 1942 descobriram ali uma gigantesca jazida de salgema. José Maria Mendes, que fez os estudos em suas terras, foi favorecido e a sua Sociedade Salgema e Derivados Limitada conquistou o direto de lavra pelo Decreto nº 19.090, de 4 de julho de 1945. Não conseguiu realizar nada e essa permissão caducou em 2 de julho de 1952.
Obteve outra pelo Decreto nº 36.050, de 12 de agosto de 1954, assinado pelo presidente Getúlio Vargas. Recebeu a autorização para “lavrar salgema nos lugares denominados Lagoa do Canto Nova e Lagoa dos Porcos, no distrito e município de Palmeira dos Índios, Estado de Alagoas numa área de quatrocentos e cinquenta hectares (450 ha), delimitada por um retângulo que tem um vértice a cinquenta metros (50m), no rumo verdadeiro sessenta e três graus sudoeste (63º SW), do entroncamento das estradas Palmeira dos Índios-Lageiro-Bom Conselho e os lados, divergentes desse vértice, os seguintes comprimentos e rumos verdadeiros: dois mil novecentos e dois metros (2.902m), trinta e dois graus e vinte minutos sudeste (32º 20′ SW); mil quinhentos e cinquenta metros e cinquenta centímetros (1.550,50m), cinquenta e sete graus e quarenta minutos sudeste (57º 40′ SE)”. Estas terras pertenciam a José Maria Mendes. Em entrevista, ele revelou que tentava explorá-las há mais de 20 anos.
No Jornal do Brasil de 22 de fevereiro de 1959, José Maria Mendes tentava atrair investidores para as Indústrias Químicas de Palmeira dos Índios (IQUIPA) divulgando que a jazida ali encontrada era considerada “por especialistas japoneses como uma das maiores do mundo” e estava à flor da terra, além de se situar próxima ao porto de Maceió.
Destacava também, comparando com as jazidas de Sergipe, situadas a 1.200 metros de profundidade, que a de Palmeira dos Índios ficava somente a 280 metros acima do nível do mar. Teor de cloreto de sódio era de 95,7%. “É só catar o minério”, disse ao jornal.
Anunciou que estava enfrentando dificuldades para captar recursos e adquirir os equipamentos, que eram muito caros e somente eram vendidos à vista, e que apresentaria um relatório ao governador Muniz Falcão e ao Conselho de Desenvolvimento da Sudene para conseguir viabilizar essa estrutura e assim “tornar realidade a obra de redenção econômica do Nordeste”.
Sua expectativa era a de que a planta industrial gerasse um lucro mensal de 2 milhões de cruzeiros. Baseava-se em estudos de técnicos alemães. Nos primeiros anos produziria por mês 4.500 toneladas de sal grosso, 300 de sal semi-refinado e 120 de sal refinado.
As últimas informações sobre o salgema de Palmeira dos Índios são de 1966, quando ainda não tinha sido extraído nada. Como o minério continua por lá, pode-se concluir que a concessão foi anulada por não cumprimento dos prazos ou a quantidade do minério era insuficiente para viabilizar economicamente a sua exploração.
Enquanto José Maria Mendes tentava recursos para viabilizar a extração do sal-gema em suas terras, Euvaldo Luz acompanhava pacientemente os movimentos do outro beneficiário, o de Maceió. Torcia para que também não conseguisse viabilizar-se. Assim aconteceu em 1964, quando a concessão caducou. Isso lhe permitiu obter o direito de pesquisa, oficializado pelo Decreto nº 59.356, de 4 de outubro de 1966.
Autorizado, Euvaldo Luz, que já realizava alguns estudos geológicos, iniciou os trabalhos para melhor localização da sal-gema “em terrenos de sua propriedade e do Domínio da União, da Lagoa do Norte no distrito e município de Maceió, no Estado de Alagoas, numa área de quinhentos hectares (500 ha)”.
Os jornais da época destacavam que o grande incentivador do grupo baiano para que explorasse a sal-gema em Maceió foi o professor Afrânio Lages, então presidente da Companhia de Desenvolvimento de Alagoas, CODEAL. A apoio surgiu ainda durante o governo do major Luiz Cavalcante.
No início de 1966, a empresa tentou comprar do Estado o casarão conhecido como Vila Amália, que havia sido adquirido e cedido para a Associação dos Professores Primários de Alagoas (APPA). Pretendia estabelecer ali a sede da Salgema. Houve reação dos professores e o General Batista Tubino, interventor militar em Alagoas, garantiu que isso não ocorreria.
Mas o empenho do governo do Estado em garantir a exploração da sal-gema em Maceió era total. Lamenha Filho, que assumiu o governo em 15 de agosto de 1966, viajou de automóvel até Garanhuns, em Pernambuco, no dia 17 de janeiro de 1967, para participar da reunião do Conselho Deliberativo da Sudene. Queria garantir os investimentos no empreendimento. Antes de viajar, declarou ao jornalista Nilton Oliveira que seria “um homem realizado se antes de deixar o governo do meu Estado, assistir ao início do funcionamento da indústria de exploração do salgema” (Diário de Pernambuco de 18 de janeiro de 1967). Esperava-se um investimento de 115 bilhões de cruzeiros, destes, 36 bilhões vinham da Sudene. Foi o projeto de mais alto valor apreciado pela Sudene até aquela data.
A aprovação 0correu somente em 22 de julho de 1970 (Resolução nº 5.211), classificado na faixa A, onde ficavam os projetos prioritários para o desenvolvimento do Nordeste.
No dia 28 de outubro de 1967, a Companhia Perfuradora Servipetrol iniciou a instalação da primeira sonda para detectar sal-gema no Mutange. No trabalho foram utilizados 1.300 sacos de cimento para solidificar o local. A coordenação foi do técnico norte-americano Jim Norris, especialista em sondagem. Ele informou que estavam sendo gastos 2 mil dólares por dia.
No dia 12 de novembro, o empresário Euvaldo Luz enviou o seguinte telegrama ao superintendente da Sudene: Apraz-me comunicar a v. s. que esta madrugada nossas sondas atingiram a profundidade de mil metros, constatando a existência de 23 metros de sal, estando, assim, garantido o êxito do suprimento de matéria prima ao projeto que libertará o Brasil da importação, produzindo soda cáustica e cloro dentro dos custos internacionais. Prosseguem as perfurações”.
A segunda mina, na Vila Lilota, foi alcançada no dia 9 de janeiro de 1968. Essa jazida tinha 162 metros de espessura. A terceira em 8 de junho.
Segundo o professor Abel Tenório Cavalcante, pesquisas realizadas em 1968 pelos técnicos da Petrobras, Álvaro A. Teixeira e Luiz A. R. Saldanha, “comprovaram para a área de Maceió, uma reserva de 0,5 bilhão de toneladas de sal e para a área do Aeroporto dos Palmares-Barra de Santo Antônio, uma reserva de 20 bilhões de toneladas“.
Os sócios
Ainda em 1966, o empresário, percebendo a grandeza do projeto e o interesse das grandes empresas do ramo, procurou os grupos Dow Química e Solvay (belga) tentando atraí-los para o empreendimento.
A Dow Química, depois de conhecer detalhes da proposta e de sua viabilidade econômica, montou seu próprio projeto e tentou chegar primeiro que a Euluz S/A na Sudene para conseguir a autorização e investimentos. A Sudene ainda discutia com o Governo Federal a melhor forma de se explorar a sal-gema.
Segundo o jornalista Calazans Fernandes, em sua coluna Polígono no Diário de Pernambuco de 4 de novembro de 1966, “não fosse estar a equipe do Departamento de Industrialização da Sudene alerta, no momento da entrada da proposição da Dow Chemical e ela teria chegado primeiro que o grupo Euluz, merecendo, assim, uma resposta anterior a do outro”.
A firma Salgema Indústrias Químicas Ltda foi constituída em 29 de fevereiro de 1966 com a participação da Euluz S/A e Euvaldo Luz. Tinha como subsidiária e titular da concessão da lavra a Salgema Mineração Ltda.
A Union Carbide também declarou o interesse em participar do projeto e ainda em fevereiro de 1966 associou-se ao grupo Euvaldo Cruz O novo projeto estimava investir NCr$ 110 bilhões. Entretanto, em 1969, logo após a Sudene autorizar a sua participação, que era de 50%, esta empresa se retirou e, em 1971, entrou em seu lugar a E. I. DU PONT DE NEMOURS & CO, também com autorização da Sudene.
Na época, os jornais especularam que estava havendo desentendimentos entre os sócios e que a Union Carbide vinha fazendo pressões contra a Salgema Indústrias Químicas, “através do jogo de preços no mercado Internacional do cloro e da soda cáustica, com a finalidade de retirar as previsões de rentabilidade do projeto para, posteriormente, adquiri-lo” (Jornal do Brasil de 5 de janeiro de 1969, pág. 13).
As dificuldades na implantação da indústria Salgema em Maceió pela Euvaldo Luz continuaram e no início de 1969 o superintendente da Sudene foi comunicado pelo governo de Alagoas, representado pelo secretário Ib Gatto, que as obras estavam quase paralisadas. Para administrar a situação, Euvaldo Cruz procurou o BNDE e ofereceu empenhar seu patrimônio como garantia para empréstimos.
Outra decisão do governo também contribuiu para destravar o andamento das obras. Em setembro de 1969, o Departamento Nacional de Produção Mineral concedeu finalmente a licença de lavra ao grupo Euvaldo Cruz, permitindo então que a Sudene passasse a liberar recursos.
Foi com essa liberação que o empresário baiano conseguiu atrair a Du Pont. A partir de então os militares nacionalistas passaram a ter outros olhares sobre a Salgema.
Em 1971, o BNDE também aderiu ao projeto e emprestou Cr$ 15 milhões. Euvaldo Luz detinha 45% das ações, o BNDE controlava 10% e a Du Pont possuía 45%. Preparando a estatização da empresa, o governo, por meio do BNDE, duplicou o capital — era de 70 — para 140 milhões de dólares. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico fez novo financiamento em 1972. Cr$ 146 milhões foram destinados à implantação da unidade produtora no Trapiche da Barra.
O Grupo Euvaldo Luz não teve como acompanhar esse nível de investimento e se retirou da sociedade em 26 de abril de 1975, vendendo suas participação para o próprio BNDE. Estas ações depois, em 18 de junho de 1975, foram repassadas para a PETROQUISA (PETROBRAS QUÍMICA S/A), que passou a dividir com a Du Pont e com o BNDE o controle da estatal Salgema Indústrias Químicas S/A.
A construção da fábrica de cloro-soda, o campo de salmoura e o terminal marítimo, em Maceió, tiveram início em 1974. A produção comercial só começou em 23 de fevereiro de 1977 e a unidade de dicloretano, em 1979.
Entre o final de 1975 e junho de 1977, foi construído o Terminal Marítimo da Salgema, instalado a poucos metros da planta industrial.
A unidade produtora de eteno a partir do álcool passou a funcionar em dezembro de 1981, eliminando a necessidade de importação da nafta para a produção de dicloretano.
Em 1981 a empresa teve lucro pela primeira vez. O ganho de Cr$ 10 milhões foi atribuído por seu presidente Ronaldo Miragaya ao crescimento das exportações, que tinham aumentado em 30 vezes.
Nesse período teve início a participação da Norquisa e Copene. Em seguida a Odebrecht adquiriu participação no capital da empresa em Alagoas e em outras unidades, nascendo a Odebrecht Química S.A., que nos anos 90, com o processo de privatização do setor petroquímico, ampliou o seu controle sobre outras empresas criando a OPP Petroquímica S.A e a Trikem S.A. Em 1996, a empresa foi rebatizada como Trikem.
A partir de 2002, a exploração da sal-gema em Alagoas passou a ser realizada pela Braskem, empresa que continuava sob o controle da Odebrecht Química S.A., atual Novonor, denominação adotada após os problemas que empresa teve com a Operação Lava Jato. A Novonor detém 50,01% das ações, a Petrobras é a segunda maior acionista, com 47,0%. As outras ações (2,9%) estão nas mãos de vários outros investidores.
O local da planta industrial
Quando da escolha do local para a construção da fábrica de cloro-soda por eletrólise durante o governo de Divaldo Suruagy, o coordenador do projeto de implantação era o economista Beroaldo Maia Gomes.
Em entrevista ao deputado Mendonça Neto em 1982, Beroaldo esclareceu que a escolha foi feita por um grupo de técnicos que veio dos Estados Unidos e que dele participava o vice-presidente da Du Pont: “Eles acharam que o único lugar adequado, possível na época, seria onde hoje a Salgema está instalada. Era lá ou em nenhum outro local. Eu ainda sugeri outras áreas; mas não foi possível dissuadi-los. Eles garantiram que não haveria riscos para a população“.
Essa localização permitia que a salmoura extraída no Mutange fosse levada até o Trapiche da Barra por uma tubulação de aço de 14 polegadas de diâmetro num percurso de 8 km de extensão, permitindo ganhos expressivos com a economia no transporte da matéria prima.
O momento mais crítico provocado pela localização da empresa no Trapiche da Barra ocorreu no início da manhã de 31 de março de 1982, quando uma “violenta explosão, seguida de chamas que alcançaram cerca de 15 metros” (Gazeta de Alagoas, 1º/04/1982) atingiu a unidade de Diocloretano.
“Houve pânico, com correrias, desmaios e choros por parte dos moradores e familiares dos funcionários da empresa. As ruas próximas a Salgema, embora chovesse muito em Maceió, ficaram movimentadas, com o povo procurando abandonar suas casas”, noticiou a Gazeta de Alagoas.
Pelo menos cinco pessoas foram atendidas na Unidade de Emergência Dr. Armando Lages. Vinte e cinco dias após a explosão faleceu no Hospital dos Usineiros o trabalhador Genival Ribeiro dos Santos, 44 anos, vinculado a uma empresa terceirizada. Morreu em consequência de queimaduras de 1º, 2º e 3º graus.
Antes, em setembro de 1976, ocorreu a explosão de um reservatório de salmoura, provocando a morte de um operário. Em outubro do anos seguinte ocorreu vazamento de cloro em uma das unidades de armazenamento, causando problemas respiratórios em alguns moradores do Pontal da Barra.
Pelo menos mais três casos de vazamentos de gás cloro foram registrados pela imprensa nos anos seguintes, todos provocando irritação nos olhos e garganta, além da sensação de asfixia nos atingidos. Explosões com rompimento de tubulações também voltaram a acontecer em 21 e 23 de maio de 2011. Desta feita 152 pessoas do Pontal da Barra foram atendidas nas unidades de saúde de Maceió.
O Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias Químicas de Alagoas estima que pelo menos 23 acidentes ocorreram na Salgema ou em suas instalações fora da planta industrial.
Fim das explorações minas
Em fevereiro de 2018 surgiram algumas rachaduras no bairro do Pinheiro, mas como havia chovido muito em Maceió, inicialmente se atribuiu o fenômeno à acomodação do solo. Dias depois, em 3 de março de 2018, um tremor de 2,5 graus na escala Richter atingiu toda a área no entorno desse bairro.
A partir de então as rachaduras foram se espalhando pelos bairros vizinhos (Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Farol), ficando evidente que algo de muito grave estava acontecendo no subsolo dessa parte de Maceió.
Os primeiros estudos para identificar o que estava ocorrendo ficaram ao encargo o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), que passou a descartar a possibilidade de um fenômeno naturalmente geológico.
No início de 2019, o resultado das pesquisas foi apresentado em audiência pública. Indicava como causa da subsidência a extração mineral de sal-gema e a Braskem como a responsável pelos danos.
Diante da gravidade da situação, o Ministério Público Federal recomendou a urgente desocupação da área. Assim, além do plano de evacuação dos moradores, em março de 2019 foi decretado o estado de calamidade nas áreas de risco. Nos anos seguintes, 60 mil pessoas deixaram os bairros atingidos. As baixas indenizações provocaram inúmeros protestos. A retirada imediata dos moradores diminuiu drasticamente o risco de se ter vítimas em caso de uma catástrofe.
Novos tremores de terra aconteceram no final de novembro de 2023 e a população de Maceió foi alertada para o risco de colapso da mina 18, no Mutange. O município entrou em Estado de Emergência no dia 29 de novembro.
Boa tarde, prezados senhores, o nome correto do Sr. Euvaldo é FREIRE e não Freitas.
O Decreto que concedeu à ele o direito de exploração foi o de nº 59.356 de 04/10/1966.
Olá meus queridos ,busco informações sobre meu pai um português que trabalhou nessa empresa no início dos anos 80.
Minha mãe não falava muito sobre ele por isso não tenho certeza sobre o nome dele
O chamavam de Portuga
Sou alagoano com prazer gostei da história da empresa do meu estado
A Salgema jamais produziu eteno a partir da nafta. O dicloroetano era.produzido pelo eteno produzido em Camacari a partir da nafta. Em 1981 a Salgema passoo a produzir eteno a partir do alcool, porém continuou importando de Camacari . Fui chefe do setor de eteno a partit da montagem, pre operação e partida função que exerci até 1986.
Vcs saberiam me informar se por um acaso na decada de 80 criaram algum time de futebol de botão em homenagem a empresa?
Em relação ao futebol de botão, a resposta é positiva. Meu pai trabalhou na Salgema e eu tinha o futebol de botão
A exploração q já dura décadas está destruindo diversos bairros em Maceió, lamentavelmente nossas vidas nao tem a menor importância pra essas pessoas q até hoje fazem essa extração, daí eu pergunto : como vai ficar a cidade , como esse quadro pode ser revertido, onde essas pessoas ficarão!? …nós bem
Sabemos q isso não vai dar em nada .
Ganancia, poder , distribuir dividendos and so on…
Quem vai pagar a conta? O Estado que recebeu a benfeitoria dos impostos ou a Braskem, que ficou com a maior parte do bolo?
Pergunta sem resposta !!!! provavelmente já sabemos …. o povo
gostaria muito de ouvir a opinião de um bom geólogo. Está saindo muitos comentários de pessoas que confundem uma mina de sal com um poço artesiano. Um abraço fraterno em todos.
Hoje, 15/05/19, vale enfatizar a geração de empregos e impostos da Brasken na região de Maceió, mas deve resolver o mais breve possível os casos de afundamentos de solos urbanos.
O aterro da laguna Mundaú concluído no início dos anos 80, sem nenhum planejamento, com o intuito de encobrir as tubulações da Salgema que vinham do Mutange… área de grande beleza e potencial turístico devastado, abandonada, empobrecida. O legado dessa indústria foi a degradação do maior complexo lagunar do mundo. Os bairros do Pinheiro, Sanatório e Bebedouro pagam o preço, tendo suas casas engolias pelo solo saqueado.
Hoje, dia 09 de Dezembro de 2019, li uma matéria preocupante; a de que Maceió terá que esvaziar uma área equivalente a 78 campos de futebol, pois em função da exploração de sal gema, essas áreas estão afundando. Achei extremamente grave, uma vez que o problema não é novo. Pela reportagem, vários bairros já estão em processo de desocupação, mas o governo está pagando “aluguel social”, o que não dá para as família sequer pagarem aluguel de imóveis como os seus. Terrível!
Certamente não avaliaram os riscos da implantação d Salgema em Maceió. Embora reconheçamos a imporatancia da Empresa para a economia da Regiao
a ganancia e o poder começou em 1941 e se concretizou em 1974 e 1976 com o governador de alagoas , e seu cumprisse o senhor presidente da republica o general Emílio garrastazu Médici quando decretaram o fim do bairro , do pinheiro hoje condenando , seu povo a degradação moral estão sem teto e sem futuro por que seus passado assassinarão. hoje o problema. cai na mão de seus Descendentes. coisas do destino .
Hoje dia 05/04/2020
O que estamos vendo é o poder sempre dando valor a quem tem dinheiro e expulsando os pobres de suas casas, absurdo isso.
Esse é um dos maiores crimes ambientais da História de Maceió . Para muitos dinheiro significa progresso , mas a natureza não tem preço. A cidade hoje colhe os frutos do desprezo pela grandiosidade da sua paisagem e da sua natureza . Eu moro fora de Maceió desde 1977 e é sempre com muita tristeza que atravesso a orla central em direção à Massagueira onde tenho casa e nos meus olhos as imagens do que era belo transformado em caos ,destruição e favelas . É sempre uma dor voltar para Maceió e não reconhecer a cidade, destruída pela ignorância e estupidez . Essa estupidez fica mais delineada quando encontro pessoas da cidade atravessando as ruas das cidades europeias ou mesmo dos nossos vizinhos argentinos , deslumbradas com a beleza da arquitetura preservada
Fico imaginando quantas próprias foram “dadas” a tantos para obter durantes mais de quatro décadas, as permissões para extração mineral numa área residencial. O resultado está aí, quase 30 mil moradores jogados na rua. Tudo resultado da ambição e corrupção reinante neste país.
Digo: propinas*
Entre 1979/1985 estive embarcado em navios petroquímicos que faziam transporte de Soda Cáustica e Dicloretano da Salgema para vários portos nacionais e internacionais. Inclusive toda soda cáustica que deu partida na fábrica de alumínio em São Luís MA, a Alumar. Era sabido que Maceió estava sobre um banco de Sal-gema.
Gostaria gostaria de contatar dois grandes amigos que fiz por lá, um foi João Cavalcante Bosco que trabalhava na empresa de sorvey e o outro o prático do Porto o Marcelo.
Essa empresa se hj trás algum transtorno, no passado trouxe muito desenvolvimento a Maceió AL, transformando-a em um polo turístico, até então, totalmente inexistente.
A nafta era fornecida pela RLAM – Refinaria Landulpho Alves, município de S. Francisco do Conde, recôncavo baiano, ao Pólo Petroquímico , via tubo-via a Camaçari, também na Bahia.
Hoje 24/02/2021, analiso a matéria acima e o cenário de privatização do país, será que vale a pena?
Bom, na realidade, verdadeira culpa dos efeitos das minas de sal-gema da Braskem é das administrações públicas da prefeitura de Maceió, que desde o inicio das atividades da Braskem não impediu que o avanço da urbanização invadisse as areas de prospecção seja do sal-gema, seja de petróleo em terra.
A urbanização resultou na construção inicial de residencias mas logo aconteceram edificações de edificios residenciais e o trafego de veiculos se intensificou, tanto que o mutange era uma das vias tronco de acesso ao centro de Maceió com os bairros da parte alta.
Se o solo tivesse permanecido como mata virgem, talvez somente a estrada de ferro seria penalizada, por causa das vibrações de seus trens nas linhas sobre as minas.
Será que a Braskem não que abrir uma planta em Brasília para Sal-gema?
Nao se deve brincar com a Natureza!
Tudo tem seu tempo!
Hoje, 01/12/2023 um desastre está iminente de acontecer aqui em Maceió graças a essa história aí.
Por que a Du Pont saiu da empresa ?
Simplismente a maior catástrofe urbana do MUNDO!
Esse buraco simboliza tamanho o buraco que Alagoas se encontra devido as corrupções exercidas pelos governos de Alagoas juntamente com esses exploradores de almas!
Autorização de loteamentos e construções no entorno de áreas de mineração. Onde poder público se responsabiliza? Cobra taxas e impostos de empresas e população e não se responsabiliza por coisa alguma…
Por favor, façam um post sobre o patrimônio histórico em risco iminente por causa do afundamento da mina de sal gema. Não sou de Alagoas, mas olhando pelo Google Street View pude perceber algumas construções bem antigas na região afetada. Obrigado.
Caro Paulista, veja aqui: https://www.historiadealagoas.com.br/estrada-de-bebedouro-um-dos-primeiros-caminhos-para-maceio.html
Onde entra a renomada empresa dos anos 70, a CIE-COMPANHIA INTERNACIONAL DE ENGENHARIA do Rio de Janeiro, que segundo consta, participou do projeto Salgema de Maceió, naquele mesmo ANOS 70?
Nas redes sociais se pode encontrar que a BRASKEM está sendo investigada pelo #FBI FEDERAL BUREAU OF INVESTIGATION, juntamente com uma parceira, havendo inclusive recompensa por informações valiosas àquela agencia federal de investigação. Uma empresa dessa não deveria continuar trabalhando nessa área.
Não tenho dúvidas, os exploradores sabiam que um dia tudo isso ia acontecer, com certeza a propina e também a vaidade dos políticos perante a sociedade no início da implantação ocorreu e se estendeu até antes dos primeiros tremores de terra.
Não acredito que homens de bem como Beroaldo Maia Gomes , o próprio General Tubino, governadores Afrânio Lages e Lamenha Filho , tinham recebidos propinas, agora depois desses governadores e prefeitos????????????
Já ouvi comentários que todo o centro da cidade, o Farol em direção a orla e a própria Pajussara, nas profundezas, o tem o sal Moura, etc.