Arapiraca, o folclore através do tempo
Zezito Guedes
*Publicado originalmente no Boletim Alagoano do Folclore, nº 11, 1987.
O município de Arapiraca, mesmo constituindo uma comunidade relativamente nova, já teve em épocas passadas um bom celeiro de manifestações populares.
Ainda na década de 20, pontificaram na zona rural e nas feiras, os emboladores de coco Né da Tumba, João Rosa, Mané Brigídio, Mané Preto, Tinho Deodato, Mané Fulô e mais adiante Alfredo Maria, Enoque e Etelvino. Vicente Cazuza acompanhava o seu Guerreiro tocando rabeca.
Nos anos 30 Mestre Tota ensaiou seu famoso reisado que marcou época e ainda hoje é lembrado; Domingos Mota introduziu as suas famosas cavalhadas na Av. Rio Branco, afastando-se quando a idade não mais permitiu.
Do Alto da Rodagem (atual Rua Marechal Deodoro) descia periodicamente o Quilombo do Lídio, que percorria as ruas centrais fazendo evoluções com uma rainha no trono. O veterano Calila apresentava o seu tradicional “Batalhão de João Horácio” na Sexta-feira da Paixão com a participação dos rapazes da época; essa manifestação foi extinta no início dos anos 60.
O coco dos Matias, uma família de oleiros que chegou da zona da Mata em 1925, se apresentou em Arapiraca por mais de 40 anos e parou a função com a morte de Amâncio Matias, principal embolador; na Baixa Grande, bairro de Arapiraca, militou por muitos anos o famoso “Pagode do Gervásio” onde dançava toda família fazendo tapagens de casa ou no derradeiro dia de fumo. O Zabumba de Mané Gordo onde tocavam Seu Tatú, Seu Severo e outros daquela época, nas festas de santo e outros eventos regionais do passado.
As “Cantigas das Destaladeiras de Fumo” já tiveram sua época de ouro e hoje são cantadas somente em alguns pontos da zona rural, geralmente nos meses de agosto e setembro; As Glosas outrora muito frequentes, tanto na zona rural como no centro urbano, contavam com a participação de Ernesto Francolino, Terto Guarda, Toinho Cavalcante, João Alexandre, Luizinho Cândido, Josafá Nunes que bebiam nas bodegas, buchadas, batizados, casamentos e cachimbos, arrancavam aplausos das pessoas presentes, mas, hoje já são raras.
Mesmo assim, apesar das transformações, ainda restam o Terno de Zabumba dos Ambrósios que trouxeram Nossa Senhora do Bom Conselho no século passado (já estão na 4ª geração os tocadores) ainda hoje tocam nas festas da padroeira e de São Sebastião.
As Vaquejadas ainda são muito frequentes em Arapiraca e contam com Chico do Leite, um grande incentivador das chamadas festas de gado; os tocadores de forró continuam em atividade, apesar da grande concorrência dos discos, gravadores e a própria televisão; os Ditos Populares constituem um fato folclórico dos mais importantes e sempre em voga na região; Somente as sentinelas e os cachimbos é que estão ficando raros aqui na região.
Um capítulo à parte, que o povo ainda conta é o Coco de Nelson Rosa, um grupo que permanece em atividade no povoado Fernandes e já se apresentou em vários pontos do Estado, sempre com o mesmo sucesso. É um dos grupos folclóricos autênticos que ainda resta no interior de Alagoas.
Na feira livre de Arapiraca encontramos embolador de Coco, violeiro, aboiador, raizeiro, cartomante, o homem da cobra, literatura de Cordel, tocador de realejo, o homem do macaco, mágico, tocador de rabeca, rezador, meizinheiro, mangaeiro, tocador de forró, tocador de berimbau, cantiga de cego, astrólogo e as comidas típicas regionais: pé de moleque, quebra-queixo, tapioca, macasada, buchada, sarapatel, caldo de mocotó, mão de vaca, munguzá, pamonha, milho cozido, rabada de porco, etc.
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José Gomes Pereira foi rebatizado por Ariano Suassuna como Zezito Guedes em 1974, durante uma solenidade no Recife. Autodidata, iniciou suas atividades artísticas como escultor em 1958.
Também poeta, folclorista, historiador e mestre da Cultura Popular é, desde de 2013, Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana. Tem Licenciatura Plena em Letras, sendo professor deste curso na FUNESA (Fundação Estadual de Alagoas).
É autor dos livros “Arapiraca Através do Tempo” e “Cantigas das Destaladeiras de Fumo” e de inúmeros estudos sobre o folclore e a história de Arapiraca.
Nasceu no dia 21 de abril de 1936 no sítio Riacho dos Porcos em Juru, antiga Princesa Isabel, interior da Paraíba. Foi morar em Arapiraca quando tinha apenas seis anos de idade, levado por sua avó materna Severina Guedes.
A foto do Reisado é de autoria do fotógrafo francês Marcel Gautherot . Depois de sua morte suas fotos foram adquiridas pelo Instituto Moreira Sales.
Muito grato, prezado Ticianeli.
Sou uma ou um Cavalcanti Tenório preciso de ajuda.
Ganhei aqui em São Paulo o direito de ter agregado ao meu nome mesmo sendo Transexual os tantos sobrenomes dos meus avós e pais: Cavalcante ( I ) que é italiano e o governo através da Defensoria não né dando o direito a passaporte Italiano ou português por já ter no meu nome também Bezerra exigiu pasmem certidão que eu tivesse nascido ou na Itália ou em Portugal aí exigiram de lá e não que estes sobrenomes e minha História e cartório 1 Serventoral de Águas Belas PE e o carimbo de Dom João III casa Dinastia num valeu foi de porra nenhuma e eu fui quase e estou sendo TD dia morta até que saiu dia 30.09.2024 em 2 Instância a decisão eu usar todos sobrenomes e ainda retirei já certidão de nascimento só da minha mãe que soube tem processos dela lá no RN como Nair Tenório Ferreira onde alguém está tentando pegar terras e em SE ela tem a avó com nome de Maria Pastora de Jesus que fiz 🔎 pesquisa é uma Santa ou devoção trazida por freiras menores de São Francisco chamadas Carmelitas e eu tive 2 tias em Garanhuns e Saloá chamada atualmente morta uma protestante Abelina Cavalcante e Carmelita que disse minha mãe o filho dela do Recife e nora estão podre de Ricos com Terraplanagem e eu fui pro seminário abandonei fui servidor público e hj me puseram pra fora preconceito aceitei ia estudar doutorado mas o atual governo não deixo hj sei os pqs e creio até muitos nobres no avião pra Cascavel derrubaram uma laje na Igreja de nossa Senhora de idosos (nobres ou não) caiu meio dia e eu posso sumir com 2 casamentos TB nobres um com Carvalho e Pereira já falecido fiz documentos e tenho aqui cartório da Freguesia do O em SP com Ivo José da Silva do Povoado Bonfim da Cachoeira de São Félix BA e hj também união estável com meu nome já alterado de Suzy Tenório Bezerra como Suzy Tenório Bezerra Fagundes e Rosa com o Lúcio Fagundes Tenório Bezerra e Rosa e creio que toda está História deu que fala e da muito direito a todas as cortes só que a nós 2 só muitas gente quer meatar e preciso de advogado lá em Brasília pq TD meus processos e humilhação e hj mesmo só sair quase fui morta mais uma vez por guarda patrimonial no centro da cidade e se não tiver armada com faça ele vem pra cima velhos ex ditadores e novos guardas Pereiras não fazem nada pois são parentes republicanos que como eu achava ser só república mas no meu sangue corre tudo negro branco e índio e até no sobrenome e de vier uma coroa e império que impere o Regime Imperial Republicano.