Douglas Apratto e sua cruzada pela Educação alagoana
Quando proferiu o discurso de saudação de posse do professor Douglas Apratto na cadeira nº 16 da Academia Alagoana de Letras, em abril de 1985, o padre Pedro Teixeira sugeriu que se algum dia se escrevesse sobre a sua vida, que o título da obra fosse: “A história de um menino pobre e corajoso, filho da terra dos Campos, que veio um dia para Maceió, cheio de esperança, de sonhos e de ideal, e, então, lutou, chorou, sangrou e, por fim, venceu”.
A proposta de título resume bem a trajetória do escritor, doutor e professor Douglas Apratto Tenório, atual vice-reitor do Centro Educacional Cesmac, um consagrado intelectual e reconhecido como um dos principais historiadores de Alagoas.
Entretanto, Douglas Apratto tem também uma longa e importante trajetória na Educação alagoana, iniciada quando tinha somente 15 anos e ainda morava com os pais em São Miguel dos Campos.
Foi com o objetivo de jogar luz sobre esta face, não muito exposta, que o História de Alagoas entrevistou o ilustre miguelense.
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Filho do comerciante Danton Tenório de Albuquerque e da professora Dionísia Apratto Tenório, Douglas Apratto Tenório nasceu no dia 4 de janeiro de 1945 em São Miguel dos Campos, onde estudou o curso primário no Grupo Escolar Visconde de Sinimbu e no Instituto Imaculada Conceição. Concluiu esta fase do aprendizado no Ginásio São Miguel.
Como seu pai tinha uma banca volante nas feiras da região, o menino Douglas queria mesmo era também ser feirante, mas foi obrigado a se dedicar aos estudos. Danton queria que seus filhos chegassem ao ensino superior.
Ainda em São Miguel, como não pôde seguir a profissão do pai, foi, aos poucos, adotando a da mãe e passou a dar aulas particulares para outros alunos.
Primeiros passos
História de Alagoas – Como nasceu o seu desejo de ser professor?
Douglas Apratto – Minha mãe era professora primária e me levava com meus irmãos para a escola municipal onde ela ensinava e eu ficava lá atrás, sentado, assistindo as aulas. Nós éramos muito criança e ela não tinha onde deixar a gente.
Minha mãe foi uma grande educadora, uma mestra que formou gerações, tanto na escola do município, quanto na escola de alfabetização de adultos na Paróquia.
Meu pai queria que eu fosse advogado e eu ainda cheguei a fazer Economia como muitos dos meus colegas da Casa do Estudante, mas, influenciado por minha mãe, optei pela Pedagogia. Consegui o bacharelato em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFAL em 1968 e licenciatura em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, também da UFAL
HA – Você começou a trabalhar com quantos anos?
DA – Eu sou do eito desde criança (risos). Lembro que eu, meu irmão e minhas duas irmãs acordávamos cedo lá em São Miguel para cuidar da pequena horta que meu pai cultivava no quintal da casa.
Também arranjava um dinheirinho fazendo a feira para alguns vizinhos. Até hoje adoro trabalhar e respeito quem trabalha. Aprendi com meu pai.
Um determinado dia eu briguei com um rapaz que o ajudava na feira e ele me chamou e disse: “ele é mais importante que você. Ele está aqui comigo me ajudando o tempo todo e por isso merece ser tratado com todo carinho. É ele quem nos ajuda no sustento”.
Foi com essa valorização do trabalho, que, ainda estudante do Ginásio São Miguel, comecei a dar aulas particulares para os filhos das famílias mais abastadas. Ensinava Português, História e Geografia.
Em Maceió
HA – Você veio morar em Maceió em 1962, com 17 anos de idade, para estudar no colégio Guido de Fontgalland. Como conseguiu condições para isso?
DA – Eu cheguei em Maceió graças a uma bolsa concedida pelo Padre Teófanes. Ele distribuía duas bolsas para cada município e eu fui beneficiado por uma das destinadas a São Miguel dos Campos.
Fui morar na Casa do Estudante, mas antes tive que passar um período na Pensão Mona Lisa, que foi alugada pelo governo para nos hospedar enquanto aumentavam as vagas na residência estudantil da UESA.
Ali foi a grande escola da minha vida. A história da UESA e da Casa do Estudante ainda está para ser contada, mas estas instituições tiveram um papel importante na minha formação.
Em Maceió, continuei a dar aulas particulares para me manter. Era uma vida difícil. Dei aulas para muita gente.
Só começou a melhorar quando já era estudante universitário a partir de 1965. Comecei a dar aulas no Colégio em São Miguel, no Élio Lemos, no Guido e no Moreira e Silva, como “recibado”, sem concurso.
Foi quando, em meados de 1967, a professora Tereza Braga, do Ginásio Municipal Afonso da Rocha Lira (ficava na Santa Rita, Farol), teve que acompanhar o seu marido, dr. Ulysses Braga, em um tratamento no Rio de Janeiro.
Ela me chamou e disse que teria que ficar pelo menos dois meses fora e como erámos colegas do curso de História na Ufal, desejava que a substituísse provisoriamente e que já tinha acertado tudo com a Secretaria Municipal de Educação.
Após três meses de aula, com o ano de 1967 se encerrando, Tereza Braga me ligou para saber se tudo estava acontecendo como combinado e me perguntou se tinha recebido os salários. Quando soube que eu ainda não tinha recebido nada, ficou preocupada e me disse que já tinha falado com o prefeito Divaldo Suruagy, que eu não conhecia, para que me pagassem.
Quando cheguei à Prefeitura, o Dórea me reconheceu por minhas atividades no Moreira e Silva, onde auxiliava o diretor-geral, prof. Edmilson Pontes.
Falou que também tinha um filho com o nome de Douglas e que ele me elogiava pelo trabalho que fazia no Moreira e Silva. Falou ainda que o prefeito queria me conhecer. Fui levado até o gabinete e lá ele me anunciou como a pessoa de quem já tinha falado.
Suruagy disse saber da minha situação de substituto da professora Tereza Braga e me perguntou o que estava fazendo na Prefeitura. Expliquei que tinha ido receber o dinheiro das minhas aulas e então soube que já havia sido autorizado o pagamento.
Em seguida, pediu para que sentasse e me disse que tinha conhecimento do trabalho que eu vinha realizando no Colégio e de repente me perguntou se eu conhecia o Padre Pedro. Falei que sim, que era meu professor na Faculdade.
Foi quando me informou que estava fazendo algumas alterações na recém-criada Fundação Educacional do Município de Maceió, Femac, e me convidou para assumir o cargo de Diretor-Técnico Pedagógico. Tomei um susto e fiquei tão pálido que o prefeito perguntou se eu estava me sentindo bem.
A Femac foi autorizada a funcionar pela Lei nº 1.290, de 16 de maio de 1966, quando foi extinta a Seção de Educação, Turismo e Instituições Subvencionadas da Prefeitura.
Disse que o Padre Pedro ia ser o diretor-superintendente da nova instituição e que eu seria o braço direito dele. Pediu que eu não respondesse naquele momento e que fosse para casa pensar e somente lhe respondesse dois dias depois.
Nesse período eu já estava casado e morando em Cruz das Almas. Consultei minha esposa e ouvi dela o incentivo para aceitar. Recebi também o telefonema do Padre Pedro, que reforçou o convite do prefeito e me convidou para tomar café com ele no dia seguinte, na Casa do Pobre.
No dia combinado, voltei à Prefeitura e aceitei o cargo. Comuniquei também que estava me afastando do Colégio Moreira e Silva, que foi onde tive a primeira experiência como auxiliar na administração de uma unidade educacional.
O superintendente da Femac, Darnis Fireman, pediu exoneração no dia 9 de janeiro de 1968 e no dia seguinte o padre Pedro Teixeira e sua equipe tomaram posse. Assumi como diretor do Departamento Técnico Pedagógico e oito dias depois já estava em Recife conversando com os representantes da USAID e da USIS para tentar impedir o anunciado corte das ajudas financeiras que estas instituições ofereciam para Alagoas.
Realizações
HA – Quais foram as suas principais realizações na Femac?
DA – A primeira delas foi a conclusão da construção do Colégio Municipal de Maceió, no Vergel do Lago, um projeto que nasceu ainda em 1966 e que começou a ser executado em fevereiro de 1967.
O município tinha até então o Ginásio Municipal Afonso da Rocha Lira, que logo após a inauguração das primeiras salas do Colégio Municipal, em 27 de agosto de 1967, foi desativado.
No início de 1968 nos dedicávamos intensamente a conseguir recursos federais para concluirmos a obra a tempo de ofertar mais vagas ainda naquele ano. O Ministério da Educação enviou um técnico para inspecionar o prédio e confirmar o que era necessário para liberá-lo completamente para as aulas. Somente em 16 de outubro de 1969 foi que inauguramos as últimas salas.
O Colégio Municipal de Maceió passou a ser denominado Colégio Municipal Rui Palmeira no início de 1969, após o falecimento do senador Rui Soares Palmeira.
Outra iniciativa — essa contou com a participação da D. Gilda Santana, a primeira orientadora educacional de Alagoas — foi a implantação da Orientação Educacional e da Supervisão Educacional nas unidades municipais no início de 1967. Era o Serviço Social Escolar.
Entretanto, a iniciativa mais polêmica foi a implantação das Escolas Parques. Pretendíamos construir estas unidades nas praças como uma forma de também educar as crianças do jardim infantil no cuidado com estes locais, que sempre foram muito abandonados.
Eu tinha visto em algum jornal que na Europa, em algumas cidades, essas escolas funcionavam para envolver as crianças e seus pais com as praças, zelando por elas.
Construímos cinco Escolas Parques: uma no Parque Gonçalves Ledo [Escola Parque Lions Club, inaugurada em 23 de novembro de 1968], outra na Praça Afrânio Jorge, uma no Vergel do Lago, outra no Tabuleiro do Martins. A Escola Parque Marechal Mascarenhas de Morais, na Pitanguinha, foi inaugurada nos últimos dias de outubro de 1969.
O governador Afrânio Lages não gostou das ocupações das praças e teve uma conversa com o prefeito Divaldo Suruagy sobre o assunto. Fui chamado e expliquei que a presença das Escolas Parques nas praças atrairia a comunidade para cuidar e valorizar aqueles espaços públicos. Sempre tinha passeios com os alunos pelos jardins das praças, onde observavam as flores e os passarinhos.
A partir de março de 1968, iniciei os trabalhos para implantar a primeira Galeria de Arte pública em Alagoas, na Praça dos Martírios. Ocupamos uma estrutura que estava sendo utilizada como depósito e a transformamos na Galeria Rosalvo Ribeiro.
A primeira exposição, em maio de 1968, foi com as obras do Fernando Bismarck Lopes, que foi meu professor em São Miguel dos Campos. Como eu sabia que haveria dificuldades para ele vender suas obras, procurei o gerente do Banco da Província do Rio Grande do Sul e consegui com ele uma linha de crédito para esse fim.
HA – Você permaneceu como diretor da Femac até o início da gestão do prefeito João Sampaio e depois foi ser diretor técnico da Secretaria Estadual de Educação e Cultura. Como se deu essa passagem?
DA – Após concluir minha graduação na Ufal em 1969, fui admitido por concurso, em 1972, na Secretaria de Educação e Cultura de Alagoas, onde fui Diretor de Ensino Médio, Diretor Técnico, Diretor do Departamento Estadual de Educação, Chefe de Gabinete por três vezes. Tomei posse como secretário em 15 de março de 1983 e lá permaneci até 1986. Nesse período. também comecei a dar aulas na Universidade Federal de Alagoas. Não tinha mais condições de continuar no município.
Vale registrar que eu fui o último secretário de Educação e Cultura e responsável por criar uma crise com o setor cultural, liderado pelo professor Ismar Gatto.
Como eu era presidente do Fórum Nacional da Educação, via a necessidade de criar uma Secretaria Estadual de Cultura, mas o Conselho Estadual de Educação e Cultura era contra, argumentando que seria o fim do setor, que ficaria sem recursos.
Alguns argumentaram também que eu iria perder poder. Fiz ver a eles que não queria poder e que esse era o caminho natural com a criação do Ministério da Cultura. Disse a eles que teríamos que nos adaptar à roda da história.
Fui incentivado também por José Aparecido de Oliveira, que lutava pela criação do Ministério da Cultura e sempre me cobrava a instalação da secretaria correspondente em Alagoas.
O Conselho Estadual se rebelou e com isso se instalou uma crise séria. Mas insisti, fui ao governador e defendi a criação da Secult. Divaldo Suruagy comprou a briga e me colocou com o Clayton Sampaio para montar a Secretaria. Os primeiros secretários foram Luiz Renato de Paiva Lima e Noaldo Dantas.
Na Secretaria de Educação e Cultura também consegui inaugurar várias escolas pelo interior e implantar em 1984 o Plano de Equivalência Salarial para os professores e o Centro de Treinamento para o Magistério.
Convidei a Carmen Lucia Dantas e o Rogério Gomes para que montassem o Museu de Arte Sacra de Alagoas no Convento de Santa Maria Madalena em Marechal Deodoro, que foi inaugurado em 30 de junho de 1984. Lá também em Marechal Deodoro, reerguemos a casa onde nasceu o proclamador da República e conseguimos um bom acervo para ela.
A TV Educativa, que inauguramos em 12 de outubro de 1984, e a Rádio Educativa também foram criadas a partir do nosso trabalho na Secretaria de Educação e Cultura. O projeto da TV vinha do governo de Lamenha Filho e havia contado com o empenho de José de Melo Gomes, Pedro Torres Neto, José Damasceno Lima, Carlos Mendonça e Rubens Vilar, que por vários motivos não conseguiram implantá-la.
HA – Na Universidade Federal de Alagoas, além de lecionar, deu alguma contribuição administrativa?
DA – Na Ufal fui vice-diretor do Centro de História, Letras e Artes (CHLA) e estava cotado para assumir um cargo na administração quando o professor José Medeiros foi empossado na Secretaria Estadual de Educação e me intimou a acompanhá-lo como Chefe de Gabinete.
HA – E no Centro Universitário Cesmac, onde é o vice-reitor, como se deu o seu envolvimento?
DA – Eu tinha me prometido a viver o “dolce far niente” na aposentadoria, mas o Jaiminho (Jaime de Altavila Filho) e o João Sampaio insistiram na minha participação na instituição, mesmo assim fiquei quase um ano sem aceitar por estar envolvido em um projeto de instalação do Ponto Central em uma Galeria na Ponta Verde.
Terminei largando o meu projeto e aceitei participar do Cesmac e acredito que venho contribuindo para fortalecer essa instituição de ensino que nasceu de um sonho do Padre Teófanes, que reputo como um dos maiores educadores deste Estado. Foi ele quem deu condições de estudo a muita gente, inclusive a mim, com a Campanha Nacional de Educandários Gratuitos.
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Douglas Apratto Tenório é membro da Academia Brasileira de História, da Academia Alagoana de Letras (cadeira 16), do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (cadeira 45), empossado em 2 de dezembro de 1983.
É autor das seguintes obras:
Capítulos da História Contemporânea, Maceió: Imprensa Oficial, 1967;
Capítulos de História do Brasil, Maceió: IGASA, 1976 (prêmio Cidade de Maceió: 1976, da Fundação Educacional de Maceió e da AAL);
Templos e Monumentos das Primeiras Cidades de Alagoas;
As Ferrovias em Alagoas. Estudo da Implantação do Transporte Ferroviário nas Alagoas Durante o Período Imperial Até o Alvorecer do Período Republicano, Recife: Ed. Grafbom, 1977;
A Imprensa Alagoana no Ocaso do Império, (A Imprensa Alagoana no Arquivo de Pernambuco) Recife, 1977, tese para o Curso de Mestrado em História da Universidade de Pernambuco, (mimeo. menção honrosa da AAL);
Transporte Ferroviário e as Grandes Transformações Verificadas no Nordeste no Século XIX (comunicação apresentada no Encontro Regional da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência;
Os Caminhos Ferroviários no Nordeste (comunicação apresentada no Encontro Internacional de História Ferroviária, Instituto Nacional de Estudos Ferroviários);
Evolução Urbana da Cidade de Marechal Deodoro, Convênio SERVEAL e Secretaria de Planejamento da Presidência da República, 1982 (prêmio Costa Rego, do Governo do Estado/AAL);
A Sociedade e a Política Alagoana nas Décadas de 20 e 30, Maceió: Imprensa Universitária, UFAL, 1977;
Capitalismo e Ferrovias no Brasil (As Ferrovias em Alagoas), Maceió: EDUFAL, 1979, Coleção Alagoas v. 2, sua tese do doutorado (prêmio Costa Rego/1977, da Assembleia Legislativa Estadual/AAL e prêmio Jayme de Altavila do Governo do Estado/IHGAL);
Tempo Cultura e História (Coletânea de Discursos da Sessão Solene do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, por Ocasião da Posse do Prof. Douglas A. Tenório, em 2/12/83), Maceió: SERGASA, 1984;
A Tragédia do Populismo: O Impeachment de Muniz Falcão, EDUFAL, Maceió: 1995, prêmio Romeu de Avelar, da AAL;
Cultura & Educação: O Desafio de Fazer, apresentação de Carlos Moliterno, Maceió: SERGASA, 1985; Discurso de Posse na Cadeira n°. 16 da Academia Alagoana de Letras, Maceió: SERGASA, 1986;
Metamorfose das Oligarquias, Curitiba: H D Livros, 1997, prêmio Costa Rego, da Assembleia Legislativa de Alagoas/AAL, houve uma 2ª. edição, pela EDUFAL, 2009, com a apresentação de Vera Romariz;
Penedo como Paixão: Raimundo Marinho, a Vida de um Líder, Penedo, FEBSFRM, 2005;
A História do País dos Alagoanos, Maceió: Editora CESMAC, 2019; Maceió-k, Maçayó, Maceió, Maceió: Editora CESMAC, 2019;
A Sociedade e a Política Alagoana nas Décadas de 20 e 30, in Documentário das Comemorações do Cinquentenário do Grêmio Literário Guimarães Passos, Maceió: UFAL, 1979; p. 34-43;
Alagoas: Da Belle Époque à Revolução, Maceió: 1998;
Com A Fé, A Capela e os Santos participou de Arte Sacra de Alagoas – Um Tesouro da Memória, Brasília: Senado Federal, 2006, p. 9-38, obra da qual foi o organizador;
Caminhos do Açúcar. Engenhos e Casas-Grandes das Alagoas, Brasília: Senado Federal, 2008, juntamente com Carmen Lúcia Dantas;
Redescobrindo o Passado: Cartofilia Alagoana, juntamente com Carmen Lúcia Dantas, Recife: Fundação Joaquim Nabuco: Editora Massangana, 2008, com ensaio de Elysio de Oliveira Belchior;
A Presença Holandesa A História da Guerra do Açúcar Visto por Alagoas, Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, posfácio O Tema Histórico na Concepção Plástica de Carmen Lúcia Dantas;
O Ciclo do Algodão e as Vilas Operárias, juntamente com Golbery Luiz Lessa, Maceió: SEBRAE, 2013;
A Presença Negra em Alagoas, juntamente com Jairo José Campos da Costa (orgs.), Maceió: Viva Editora, 2014, onde escreve: A Presença Negra e a Identidade Alagoana, p. 9 – 35;
Alagoas Popular – Folguedos de Nossa Gente, juntamente com Josefina Ricardo Lêdo;
Imago Controversa: A Emancipação de Alagoas, Maceió: Editora CESMAC, 2016;
O que é Maceió? – A História em Quadrinhos da Capital Alagoana, juntamente com Enio Lins de Oliveira e Leda Almeida, Maceió: Edições Catavento, 2002;
Flora Alagoana, Maceió, Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2016;
Fauna Alagoana, Maceió, Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2016;
Patrimônio Histórico Alagoano, Maceió, Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2016;
A História do País dos Alagoanos, Maceió: Editora CESMAC, 2019;
Maceió-k, Maçayó, Maceió, Maceió: Editora CESMAC, 2019. Capítulos de livros: Valorosa Guerreira Sertaneja, in Luitgarde, Uma Voz dos Silenciados, José Marques de Melo e Sônia Maria Ribeiro Jaconi (orgs.), São Paulo: Intercom, 2011, p. 23-26;
O Tempo e o Viver de Aloisio Costa Melo, in Memória e Ficção: A Narrativa de Aloisio Costa Melo, Maria Helena Melo de Morais (org.), Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2014, p. 27-34;
200 Anos: Emancipação de Alagoas, in Bicentenário Em Prosa 200 Anos de Alagoas, Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2017, p.125-136. Província de Alagoas no II Império (comunicação apresentada no XIV Encontro Nacional dos Professores Universitários de História, Brasília);
A Companhia de Navegação Pernambucana, um Estudo do Século XIX (comunicação apresentada no XV Encontro Nacional da Associação de Professores de História, Belém);
A Social Democracia no Brasil, Contrastes e Confrontos (TC, Escola Superior de Guerra, 1980);
Alagoas: O 15 de Novembro, um Balanço Republicano, in Revista Debates de História Regional, Departamento de História, UFAL, Maceió: 1992;
Visconde de Sinimbu, Emérito Estadista do Império;
Jorge de Lima, o Poeta que Namorava a Política;
Pe. Afonso de Albuquerque Melo, Primeiro Jornalista Alagoano;
Mello Motta, Símbolo da Ética na Política;
Freitas Cavalcanti, Presença dos Grandes Momentos da República;
Fernandes Lima, O Caboclo Indômito;
Povina Cavalcanti, Político Bissexto e Intelectual Atuante;
Ezechias da Rocha, O Parlamentar do Petróleo;
Rubens Canuto, Líder do MDB da Resistência e
Rodrigues de Melo, Político e Intelectual – Negro Triunfante Num Mundo de Hegemonia Branca,
em Memórias Legislativas, Documentos nos. 4, 5, 8, 15, 16, 23, 26 27, 32, 33 respectivamente;
Heckel Tavares, Um Menestrel da Alma Alagoana, em Memória Cultural de Alagoas, in Gazeta de Alagoas, 31/3/2000;
Manuel Diégues Júnior, em Memória Cultural de Alagoas, in Gazeta de Alagoas, 16/6/2000;
Discurso de Posse, in Revista do IHGAL, v. 39, 1984, Maceió: 1985, p. 153-158;
Discurso de Saudação ao Novo Sócio Lincoln de Souza Cavalcante em 02/12/1994, in Revista do IHGAL, Maceió: 2001, v. 45, ano 1995-2000, p. 47-54;
Alagoas e os Momentos Fundadores da Formação Nacional, in Revista do IHGAL, Maceió: 2001, v. 45, ano 1995-2000, p.191-202;
Saudação a Luis Carlos Correia Maranhão, in Revista do IHGAL, Maceió: 2004, v. 46, p. 248-252;
Discurso de Posse, in Revista da AAL, nº.11, p. 167-178;
500 Anos do Descobrimento do Rio São Francisco, in Revista da AAL, Maceió: p. 92-125, 2001;
Valorizando o Mês do Folclore in Boletim Alagoano de Folclore, Comissão Alagoana de Folclore, Século XXI, nº. 01, 2001, Imprensa Oficial, Maceió: p. 51-52;
A Revolução Francesa na Atualidade, in Revista da AAL, nº 17, pgs. 91-96;
Discurso de Recepção a Luiz Nogueira Barros na Academia Alagoana de Letras, in Revista da AAL, nº 18, p. 149-156, Maceió: 2001;
Fundadores da Formação Nacional, in Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro: p.179-191, 2001; Jorge de Lima, em Memória Cultural de Alagoas, in Gazeta de Alagoas, Maceió: 05/05/2000;
História da Agricultura em Alagoas, Projeto PROFAN, Ministério da Agricultura, CEPA/AL/Fundação Getúlio Vargas, 1977 (participação).
Trabalhos em colaboração
Reestruturação Técnica e Administrativa da Secretaria de Educação do Estado de Alagoas, Maceió: SENEC/MEC/Governo de Alagoas, Ed. IGASA, 1972 (coordenação);
Plano Operacional do Ensino Médio Para o Estado de Alagoas, Maceió: SENEC/DEM/MEC, 1973 (mimeo.);
Projeto MEC/BIRD Para o Estado de Alagoas, Maceió: PRODEN/MEC/SENEC, 1972/73 (coordenação);
A Formação de Técnicas de Nível Médio Para o Setor Primário de Alagoas, Maceió: ADESG, Delegacia de Alagoas, (coordenação);
Alagoas; uma Experiência de Integração Estado/Município no Campo Educacional, Maceió: IGASA, 1974 (Tese apresentada em Encontro Nacional de Secretários de Educação do Brasil, Rio de Janeiro, em 21/10/1974, coordenação).
Coordenou os seguintes trabalhos:
Memória Cultural de Alagoas. Biografia de 25 Alagoanos Ligados à Cultura Brasileira, Maceió: Ed. Gazeta de Alagoas, 2001 e Memórias Legislativas.
Bibliografia de 36 Parlamentares Alagoanos da Época do Império Até os Dias Atuais, Maceió: Ed. Gazeta de Alagoas, 1999;
Religião e Poder: A Crise de um Impeachment e a Morte do Franciscano, in Revista do Arquivo Público de Alagoas, Maceió: Arquivo Público de Alagoas, ano 2, n. 2, 2012, p. 99-118;
A Poluição dos Nossos Rios, Lagoas e Praias, in Revista Secult em Cena, Maceió: Grafmarques, Ano 1, n° 1, 2016, p. 22 e 23.
Fez a apresentação de Mestres Artesãos das Alagoas: Fazer Popular de Carmen Lúcia Dantas, Maceió: Instituto Arnon de Mello, 2009.
Escreveu o Prefácio I, in Crônicas de Limoeiro: Tomo I: O Diálogo dos Povos Índios, Brancos e Negros no Processo de Construção da Identidade Socioeconômica e Política de Limoeiro de Anadia, Gilberto Barbosa, Maceió: Editora CESMAC, 2019, p. 11-13.
Colaboração em periódicos: Revista Mocidade, Jornal de Alagoas, Diário de Alagoas, Jornal de Hoje e Correio de Maceió.
Tive a honra de ter sido aluno do professor Douglas no Curso de História na UFAL.
Inegável histórico de serviços prestados á população Alagoana, não obstante a isso, um imenso legado de obras sobre história e cultura que já estão registradas para os pesquisadores e para manter a história viva. Que venham outras (e certamente virão). Parabéns ao mestre.
Fomos contemporâneos no Guido mas não conhecidos.
Admiro tudo que fez pela educação do nosso Estado.
Sou primo do Clayton.
No momento vivo na Argentina.
Mando minhas saudações de admirador e conterrâneo.
Lá pelos idos dos anos 70 eu estudei no Rosal Infantil e no Ana Lins. Tive um professora que creio chamar-se Gislene e era irmã do prof. Douglas mas não me lembro exatamente em qual dessas duas escolas ela era docente. Acho que foi no Ana Lins apesar de lembra-me perfeitamente bem da profª Marlene Sampaio na mesma escola.
O tempo passa e a memória vai se esvaindo mas fica para sempre a saudades desses professores que marcaram a nossa trajetória. Como seria bom poder rever essas minhas queridas professoras .